1) Vamos supor que você é de uma família de médicos e resolva ser escritor.
2) Mesmo que você não tenha vocação para ser médico, é conveniente e sensato que você documente a experiência profissional dos seus pais num livro de modo que essa experiência seja passada para as futuras gerações.
3.1) Narrar a história da vocação de seus genitores, mesmo que você não siga o caminho deles, é a melhor forma de honrar pai e mãe, ao mesmo tempo em que você santifica sua profissão de escritor.
3.2) Além disso, por meio dos escritos, esta história pode ser distribuída a toda e qualquer pessoa que esteja na comunidade. Se uma pessoa de fora da família tiver o dom para ser médico e amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então essa pessoa acabará se tornando filho espiritual de seus pais a ponto de seguir o exemplo deles e continuar o legado na medicina no seu lugar, enquanto você continua seguindo o caminho do jornalismo.
4.1) Descobrir pessoas, ainda que de fora da família, para continuar a tradição de seus ancestrais, mesmo que você não tenha o mesmo dom que eles para isso, é dar uma destinação útil a uma tradição nobre - assim essa tradição não será perdida, por conta da falta de herdeiros na família para continuar esse caminho.
4.2.1) Afinal, compartilhar tradições com aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento é um tipo de comunitarismo, sem mencionar que isso ajuda a combater a crescente atomicidade social decorrente do fato de os filhos não seguirem a carreira dos pais, fazendo todo esse legado, em termos de histórias e experiência profissional, ser jogado na lata do lixo.
4.2.2) Se houver uma pessoa de fora que continue a tradição da família na medicina, então essa pessoa de fora é filha espiritual dos ancestrais que foram médicos e continuará o culto doméstico decorrente de fazer da medicina uma profissão santa, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus - e isso, em certo sentido, é um tipo de adoção, pois isso é fazer do seguidor da tradição da família uma espécie de irmão.
4.3.1) É da atomicidade social decorrente de cada um perseguir seus próprios objetivos fundados no amor de si até o desprezo de Deus que a herança ancestral em uma profissão diversa que a sua vai sendo jogada na lata do lixo - e essa experiência poderia ser melhor servida a outra pessoa que atende ao mesmo chamado que seus pais.
4.3.2) Não passar essa experiência na forma de livro é desonrar pai e mãe, cujo pecado, por conta da omissão, clama aos céus. E mesmo que você não seja escritor, você precisa contratar gente que faça esse trabalho, nem que seja entrevistando seus pais em idade provecta de modo a se fazer uma biografia sobre eles. É preciso evitar a cultura da perda de uma chance por conta disso.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 9 de outubro de 2018.
2) Mesmo que você não tenha vocação para ser médico, é conveniente e sensato que você documente a experiência profissional dos seus pais num livro de modo que essa experiência seja passada para as futuras gerações.
3.1) Narrar a história da vocação de seus genitores, mesmo que você não siga o caminho deles, é a melhor forma de honrar pai e mãe, ao mesmo tempo em que você santifica sua profissão de escritor.
3.2) Além disso, por meio dos escritos, esta história pode ser distribuída a toda e qualquer pessoa que esteja na comunidade. Se uma pessoa de fora da família tiver o dom para ser médico e amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então essa pessoa acabará se tornando filho espiritual de seus pais a ponto de seguir o exemplo deles e continuar o legado na medicina no seu lugar, enquanto você continua seguindo o caminho do jornalismo.
4.1) Descobrir pessoas, ainda que de fora da família, para continuar a tradição de seus ancestrais, mesmo que você não tenha o mesmo dom que eles para isso, é dar uma destinação útil a uma tradição nobre - assim essa tradição não será perdida, por conta da falta de herdeiros na família para continuar esse caminho.
4.2.1) Afinal, compartilhar tradições com aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento é um tipo de comunitarismo, sem mencionar que isso ajuda a combater a crescente atomicidade social decorrente do fato de os filhos não seguirem a carreira dos pais, fazendo todo esse legado, em termos de histórias e experiência profissional, ser jogado na lata do lixo.
4.2.2) Se houver uma pessoa de fora que continue a tradição da família na medicina, então essa pessoa de fora é filha espiritual dos ancestrais que foram médicos e continuará o culto doméstico decorrente de fazer da medicina uma profissão santa, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus - e isso, em certo sentido, é um tipo de adoção, pois isso é fazer do seguidor da tradição da família uma espécie de irmão.
4.3.1) É da atomicidade social decorrente de cada um perseguir seus próprios objetivos fundados no amor de si até o desprezo de Deus que a herança ancestral em uma profissão diversa que a sua vai sendo jogada na lata do lixo - e essa experiência poderia ser melhor servida a outra pessoa que atende ao mesmo chamado que seus pais.
4.3.2) Não passar essa experiência na forma de livro é desonrar pai e mãe, cujo pecado, por conta da omissão, clama aos céus. E mesmo que você não seja escritor, você precisa contratar gente que faça esse trabalho, nem que seja entrevistando seus pais em idade provecta de modo a se fazer uma biografia sobre eles. É preciso evitar a cultura da perda de uma chance por conta disso.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 9 de outubro de 2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário