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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Da necessidade de converter o que escrevi em artigos em romances

1) Pode ser que eu não ganhe muito dinheiro, pode ser que eu acabe passando necessidade, mas jamais venderei minha alma, pois não faço da riqueza sinal de salvação. A verdadeira riqueza é fruto de trabalho.

2) Se o trabalho é fundado em Deus, isso não quer dizer que esse faça sucesso no mundo dos homens, sobretudo em tempos onde a ética protestante e o espírito do capitalismo estão sendo conservados de maneira conveniente e dissociada da verdade e de um modo sistemático.

3) Talvez esteja eu a lançar a semente de algo para novos tempos - tempos esses que só Deus sabe, pois no meu tempo, como já me disseram, as pessoas não estão prontas para ouvir o que falo, ainda mais da forma direita e dura como faço nos meus artigos, uma vez que vivi tempos difíceis, de uma época em que o Brasil foi dominado pelo petismo. Seria mais adequado que falasse por meio de parábolas, mas creio que nem mesmo esse recurso seja possível, por conta da apeirokalia que reina sobre esta terra.

4.1) Se a poesia e a arte de bem dizer as coisas por meio de histórias que nos apontem para a conformidade com o Todo que vem de Deus não funcionam na sociedade do meu tempo, então o jeito que adotei foi exatamente isto que adotei nos meus textos.

4.2) Posso não ganhar dinheiro com isso, posso morrer de fome, mas é a única forma que conheço para abrir os olhos das pessoas, que estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade a ponto de fazerem esta terra ficar desligada do Céu e levar todo um povo ainda não nascido ao fogo eterno, uma vez que não temos alta cultura, pois aquilo que decorre de Ourique foi rejeitado em favor de uma pretensa independência fundada no amor de si até o desprezo de Deus que só nos colocou à beira do precipício.

4.3) Enfim, este novo ensaio sobre a cegueira precisaria ser contado na forma de romance. Não sei se estou à altura desta tarefa, mas vou tentar escrever as coisas da melhor forma possível.

5) Enfim, que Deus me dê forças para esse desafio, pois é isto que precisa ser feito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de outubro de 2018.

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