1) Como meu colega Edmundo Noir disse, se Bolsonaro for eleito, isso não quer dizer necessariamente que estarei submisso ao positivismo, à maçonaria e ao liberalismo, uma vez que abomino essas coisas tanto quanto a ética protestante e o espírito do capitalismo inerente dessa ética.
2.1) Votarei em Bolsonaro porque eu quero ao menos um benefício prático: segurança.
2.2) Quero que meu ir-e-vir seja respeitado, sem mencionar que quero liberdade para publicar meus trabalhos de modo que possa ganhar um público maior.
3) O professor Carlos Nougué disse que a eleição de Bolsonaro representará um avanço para que haja mais escolas católicas no país, uma vez que a esquerda estará sendo combatida. Não vemos em Bolsonaro a figura de D. Sebastião ou de D. Afonso Henriques, mas eles nos fornecerá a liberdade necessária para fazermos nosso apostolado.
4.1) Concordo com Loryel quando ele diz que o Bolsonaro, por conta de ser militar, traz de volta o positivismo ao poder, uma vez que o bolsonarismo, enquanto fenômeno social, leva à militarização da política - e neste sentido ele está certo, pois os positivistas tomam o país como se fosse religião, tal como os esquerdistas fazem. Mas, perto dos comunistas, isto é um mal menor.
4.2.1) É por essa razão que optei por colaborar com o país votando em Bolsonaro.
4.2.2) Fiz isso por razões práticas - para eu poder me deslocar até a Biblioteca Nacional e poder executar minhas pesquisas, eu necessito que meu ir-e-vir seja respeitado. Sem isso, não posso desenvolver um trabalho sério, em meio a esta circunstância.
4.3) Não obstante o positivismo e a cultura de país tomado como se fosse religião, eu vou desenvolvendo meu trabalho de tomar o Brasil como um lar em Cristo, por força de Ourique.
4.4) Esta é a contracultura de que o Brasil necessita. É isto que pretendo desenvolver, se tiver liberdade para poder trabalhar nessa direção.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 3 de outubro de 2018.
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