1) Se o voto não fosse secreto, o católico que votasse em comunista teria seu voto tornado público, a ponto de ser um escândalo na paróquia. Se ele tentasse comungar, o padre se recusaria a dar a comunhão a ele antes de se confessar; se o padre fosse frouxo, a própria comunidade paroquial faria o que fez quando Haddad e Manuela, comunistas declarados, comungaram de maneira sacrílega.
2.1) O fundamento do voto ser secreto está na dignidade da pessoa humana: que ninguém tem o direito de usar de intimidação e violência na hora de votar, muito menos de sofrer pressão dos pares (peer pressure).
2.2) O problema é que se não houver pressão dos pares, dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento de modo a desestimular o conservantismo, o católico rico em má consciência e que é influenciado pelos comunistas infiltrados na Igreja acabará votando em comunismo. Da mesma forma a gente piedosa e humilde do Nordeste, que é alvo desses padres e bispos ligados à Teologia da Libertação, acaba pecando por força disso.
3.1) Enfim, o sigilo do voto e a desnecessidade de fundamentar os motivos determinantes da escolha cria uma zona escura onde Deus não existe e a pessoa pode conservar, sem coação, o que é conveniente e dissociado da verdade, pois o mau voto distribui a opressão de um mau governo a todos e isso é pecado público.
3.2) Alguns bons cristãos aparentes, após a meia-noite e sem que ninguém perceba, acabam criando uma espécie de zona escura onde, por conveniência, imaginam que Deus não existe e acabam fazendo todo tipo de imoralidade, coisa que só dura até o sol raiar. Se isso acontece no tempo comum, imagina isso na hora das eleições nacionais, estaduais e municipais?
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 17 de outubro de 2018 (data da postagem original).
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