1) Uma coisa me passou pela cabeça: se Deus veio trazer vida em abundância, então por que a riqueza é medida pelo paradigma da escassez, já que o metal não se reproduz e não observa o princípio da organicidade, coisa que é própria da vida? Um bom príncipe e um bom rei fariam esse tipo de pergunta a todo economista liberal - e certamente eles fugiriam do problema porque não são treinados em questões metafísicas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2018.
2) O que os liberais vão responder, no máximo, é que o ouro é padrão universal de valor por conta de convenção humana. Mas, como isso pode ser convenção humana se cada um tem direito à sua verdade? Afinal, não é isso o que os liberais falam?
3.1) A verdadeira convenção se mede pelo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que é a verdadeira medida de todas as coisas.
3.2) Como Ele veio trazer vida em abundância, então o paradigma da escassez não é critério econômico, mas plutológico, coisa que leva a uma plutocracia, a um projeto de poder que leva a concentrar os poderes de usar, gozar e dispor dos bens da vida de modo que os piores membros da sociedade exerçam o papel de liderança, a ponto de se tornarem um modelo de mau comportamento sistemático para toda a sociedade, o que faz com que a terra acabe se desligando do Céu.
3.3) o verdadeiro critério econômico preza a vida eterna, pois o país deve ser tomado como um lar em Cristo a ponto de o maior número de pessoas possível ir para a pátria definitiva, que se dá no Céu.
4.1) Gente como o Guedes não me engana, mas engana os que sustentam este regime fundado na tirania da maioria, pois a maioria está a conservar isto de maneira conveniente e dissociada da verdade, fazendo com que muitos estejam à esquerda do Pai neste aspecto.
4.2) A economia para essa gente não passa de uma técnica que é ensinada a alguns iniciados de tal modo que a riqueza se multiplique, observando algumas medidas pautadas no homem como a medida de todas as coisas, o que leva ao utilitarismo. E isso é plutologia e plutocracia, coisa que é pautada na gnose.
4.3) A organização de toda uma disciplina de estudos em verdadeira ciência depende de uma base metafísica, uma vez que a verdade não é minha, nem sua para ser chamada de nossa. E a produção de riquezas também observa esse mesmo princípio.
4.4.1) O racionalismo social leva a um a racionalismo sociológico, o que remete ao positivismo de Comte, que não admite a metafísica.
4.4.2) E neste ponto, a riqueza é vista como sinal de sinal de salvação, dividindo o mundo entre eleitos e condenados, de tal sorte que quem é condenado à pobreza de antemão está sujeito à danação eterna, uma vez que o homem, querendo ser Deus, tenta ser a medida de todas as coisas, a ponto de criar uma ordem pública onde a liberdade é servida com fins vazios, a ponto de relativizar a verdade, o verbo que se fez carne - e isso leva ao fascismo, ao nazismo e ao comunismo.
4.4.3) A metafísica não nega a ciência, uma vez que a verdadeira fé leva a investigação de todas as coisas que nos apontam para a conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de conservarmos aquilo que é conveniente e sensato.
4.5.1) Por isso que não discuto com liberal - e os liberais só por isso já perdem o debate.
4.5.2) Desqualificar o debatedor por ser metafísico é no mínimo conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estar à esquerda do Pai, sistematicamente falando. Por isso que eles são revolucionários e nós não. Eles são capazes de apelar para a falácia ad hominem, uma vez que medem todos os homens com base no princípio de que o homem é a medida de todas as coisas - como eles são ricos no amor de si até o desprezo de Deus, eles nos acusam de estúpidos, quando na verdade tal insulto só revela a idiotia deles.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário