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segunda-feira, 17 de abril de 2017

O conservantista insensato não passa de um fariseu

1) Se você acha distributivismo fascismo, tal como o Conde Loppeux de Villanueva pensa, então você está confundindo tomar país como um lar em Cristo com tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele. Você confunde nacionidade com nacionalidade, que são coisas completamente diferentes. Você confunde o transcendente com o imanente, a ponto de profanar o sagrado.

2.1) Justamente porque você não domina as nuances da linguagem, você estará edificando liberdade para o nada, dado que está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. Você estará sendo um mau servo de Deus, pois é próprio das palavras vazias não delimitarem bem o limite entre uma nuance e outra.

2.2) O verdadeiro liberalismo decorre da verdade e faz da caridade uma ordem magnificente. E esse liberalismo é movido à base de eucaristia - se Cristo não estiver presente em nós e nós n'Ele, como poderemos conservar a dor de Cristo, dor essa que edificou a verdadeira liberdade em nós? O conservadorismo é próprio da Igreja militante, que atua no bem comum servindo a Cristo nesta terra e em terras distantes, já que Jesus é construtor e destruidor de impérios.

3.1) O problema dessa gente é falta de leitura - falta de cultura literária. Ficam presos a um doutrinarismo estéril que faz da santa tradição uma tábula rasa, a ponto de condenarem por herético aquilo que não é ofensivo a Deus. 

3.2) Por conta da falta de sensibilidade, cuja causa se dá na falta de imaginação, essa gente acabou se tornando farisaica, hipócrita - e é bom que arranquem a trave de seus olhos, sob pena de irem para o fogo eterno por força de seu conservantismo insensato.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2017.

Maurício Silva: José. poderia por gentileza dizer-nos onde o Conde critica o distributismo, se em algum vídeo ou em publicação do Facebook?

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 http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2013/12/distributivism-nao-e-fascismo-e-nem.html

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2013/12/critica-de-leonardo-faccioni-ao-conde.html


Maurício Silva: 

1) Acho mesmo que as diferenças semânticas a que você alude entre nacionidade e nacionalidade, ou entre conservantismo e conservadorismo, precisam ser declaradas previamente. O mesmo para liberalismo, que é palavra que a própria Igreja utiliza para condenar a dissociação entre liberdade e verdade em prol de um certo voluntarismo.

2) Dito tudo isso, é forçoso concordar que o meio chamado de tradicionalista exagerou a coisa toda para lá. Numa sanha de se opor ao comunismo, assumiu com unhas e dentes o lado do liberalismo econômico, não raro o de Mises. A esses, a DSI lhes cheira a socialismo, e só por pudor não a condenam publicamente.
 


José Octavio Dettmann:

1) Sobre essas diferenças semânticas que traço, eu parto do pressuposto de que lêem o que escrevo.

2) Além disso, escrevo para um ouvinte onisciente. É o próprio Deus que ouve tudo o que falo. E quanto mais eu falo, mais ele me conta, a ponto de escrever mais, visto que não tenho ouvintes ou leitores reais que realmente se interessam em ir mais a fundo no que escrevo. Estou longe de esgotar a matéria e nem tenho pretensão de fazê-lo.

3) Infelizmente, eu não tenho esses 3 ou 4 alunos que o Olavo têm que leram tudo o que ele produziu. Vamos fazer o seguinte? Se estiver em dúvida, vai lá no meu blog e faz uma busca. Em geral, eu estou retomando uma postagem anterior, ou repetindo as coisas sob um novo ângulo. Tem sido cada vez mais raro trazer algo novo.

4) Usei tudo o que realmente sei. Tirar algo novo daí anda realmente difícil. É como tirar leite de pedra.

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