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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Sobre a necessidade de fazer engenharia reversa na escola austríaca, de modo a retirar os nefastos elementos kantianos da doutrina

1) Quando aprendi a diferença entre nacionidade e nacionalidade em Borneman, eu tive todo o cuidado de cristianizar o conceito de modo a eliminar todas as influências marxistas que gravitavam em torno dessa distinção.

2.1) Se fiz um trabalho de qualidade nessa direção, esse trabalho pode ser feito também na escola austríaca.

2.2.1) O que torna a doutrina dos austríacos nefasta é a sua carga neokantiana.

2.2.2) Se o kantismo e o neokantismo forem sucessivamente eliminados, por serem revolucionários - e temperados com elementos do distributivismo, da encíclica Rerum Novarum -, uma nova doutrina econômica pode surgir, por força desse diálogo.

2.2.3) Até porque ele pede um conceito de liberalismo que se conjugue com a verdade, com aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, o que mata o projeto kantiano, que afirma que o homem é o animal que mente.

3.1) Alguns insensatos, por não terem domínio da linguagem, ainda confundem tomar o país como um lar com país tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3.2) É por conta de não serem pessoas cultivadas, é por não terem a menor sensibilidade para com a realidade, que ficam a defender doutrinas nefastas como o keynesianismo.

3.3) O melhor instrumento para se combater a doutrina de Keynes é a doutrina de Hayek. Suas observações a respeito do uso do conhecimento na sociedade devem ser temperadas com a doutrina da Igreja, pois tudo o que há nos austríacos tem marca kantiana - que deve ser podada, tal qual se faz com um bonsai.

4) Se as pessoas se preocupassem em fazer o que faço - que é estudar a realidade - e evitassem o doutrinarismo e a discussão puramente abstrata, um caminho do meio poderia ser estabelecido, de modo a haver justiça na sociedade e a propagação dos valores que se fundam na verdade, coisa que leva o país a ser tomado como se fosse um lar em Cristo, por ser Ele a verdade.

5.1) O distributivismo não é apenas um desses caminhos do meio.

5.2) Há também um outro chamado solidarismo (doutrina essa que levou à fundação da economia da comunhão, um distributivismo à brasileira).

5.3) O nacionismo, da forma como estou tentando descrever da melhor maneira possível, é também um desses caminhos.

5.4) Até onde pude saber da Rerum Novarum, o caminho do meio, a terceira via, é o caminho da virtude. E esse caminho não é único - há vários caminhos que devem ser estudados e examinados com cuidado. O sensato deve estudar tudo com cuidado - e deve se reunir com todos aqueles que agem da mesma forma, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2017.

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