1) Do ponto de vista materialista, diálogo é quando envolve duas pessoas, ao passo que monólogo envolve uma só pessoa.
2.1) Trata-se de impressão falsa.
2.2.1) No diálogo, há o encontro de duas pessoas presentes, fazendo intercâmbio de idéias, o que não deixa de ser uma caridade, um serviço feito de modo a se tomar o próximo como um espelho de seu próprio eu, o que nos prepara certamente para a pátria definitiva, que se dá no Céu.
2.2.2) É da participação do outro fazendo perguntas que se tem a demanda por saber. Por isso, é interessante que a pergunta seja revelada de modo a introduzir a pessoa à sabedoria. Trata-se de uma forma de publicidade.
2.3.1) No monólogo, o diálogo se dá entre mim e um ouvinte onisciente, que é Deus. Como Ele sabe todas as coisas, não é necessário que se faça perguntas.
2.3.2) Quanto mais conto as coisas para Ele, mais Ele me conta a meu respeito sem a necessidade de dizer as coisas, pois o que digo, de tempos em tempos, é um espelho do que sou - ao me ver no espelho, eu vejo os meus defeitos e faço os ajustes necessários, uma vez que atingir a maturidade é uma luta diária e ela não termina nunca, enquanto viver neste vale de lágrimas.
2.3.3) No monólogo, temos uma confissão. E na confissão há uma atividade contemplativa, pois diante de um ouvinte onisciente nós estamos diante de nossa própria miséria.
2.3.4) Não conheço outro remédio contra a má consciência do que a atividade filosófica nestes fundamentos - ela dá publicidade à vida interior do filósofo. E um personagem se forma a partir do momento que penetramos na sua consciência, de modo a melhor entendê-lo.
2.3.5) Não existe melhor forma de fazer isso senão escrevendo diários, pois conquistar a maturidade é conquistar o pão nosso de cada dia - afinal, não é só de pão que vive o homem; ele também se alimenta da palavra que sai da boca de Deus, que penetra em sua alma. E esta é uma das formas possíveis.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.
2.1) Trata-se de impressão falsa.
2.2.1) No diálogo, há o encontro de duas pessoas presentes, fazendo intercâmbio de idéias, o que não deixa de ser uma caridade, um serviço feito de modo a se tomar o próximo como um espelho de seu próprio eu, o que nos prepara certamente para a pátria definitiva, que se dá no Céu.
2.2.2) É da participação do outro fazendo perguntas que se tem a demanda por saber. Por isso, é interessante que a pergunta seja revelada de modo a introduzir a pessoa à sabedoria. Trata-se de uma forma de publicidade.
2.3.1) No monólogo, o diálogo se dá entre mim e um ouvinte onisciente, que é Deus. Como Ele sabe todas as coisas, não é necessário que se faça perguntas.
2.3.2) Quanto mais conto as coisas para Ele, mais Ele me conta a meu respeito sem a necessidade de dizer as coisas, pois o que digo, de tempos em tempos, é um espelho do que sou - ao me ver no espelho, eu vejo os meus defeitos e faço os ajustes necessários, uma vez que atingir a maturidade é uma luta diária e ela não termina nunca, enquanto viver neste vale de lágrimas.
2.3.3) No monólogo, temos uma confissão. E na confissão há uma atividade contemplativa, pois diante de um ouvinte onisciente nós estamos diante de nossa própria miséria.
2.3.4) Não conheço outro remédio contra a má consciência do que a atividade filosófica nestes fundamentos - ela dá publicidade à vida interior do filósofo. E um personagem se forma a partir do momento que penetramos na sua consciência, de modo a melhor entendê-lo.
2.3.5) Não existe melhor forma de fazer isso senão escrevendo diários, pois conquistar a maturidade é conquistar o pão nosso de cada dia - afinal, não é só de pão que vive o homem; ele também se alimenta da palavra que sai da boca de Deus, que penetra em sua alma. E esta é uma das formas possíveis.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.
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