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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Das eras de nacionalismo às eras de nacionismo

1) Gellner, em debate com Borneman dizia que a História de um país é marcada por eras de nacionalismo. Como nacionalismo implica tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, então isso confirma a alegação de que a História se reduz a luta de classes, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.1) No país que é tomado como se fosse um lar em Cristo nós temos concórdia entre as classes - e o poder moderador do monarca é exercido de modo que o conflito de interesses não desagüe numa Guerra Civil.

2.2) O mundo português é dividido em várias classes que tem sua causa derivada daquela que se fundou em Ourique. E essas classes com causa são partidos.

2.3.1) Na América Portuguesa nós temos o partido português e o partido brasileiro.

2.3.2) Em certos momentos, vai ser necessário servir a Cristo em terras distantes, coisa que se dará no mundo inteiro - e neste ponto, o partido português atuará, enquanto forem assim as coisas.

2.3.3) Em outros momentos, o partido brasileiro atuará de modo a que a América não seja só dos americanos, mas também uma extensão da civilização européia que decorre do fato de se conservar a dor de Cristo, o que mata de vez o americanismo distribuído no continente, o pan-americanismo, que edifica liberdade voltada para o nada.

3) Dentro desta circunstância, a história pautada na concórdia das classes - cada uma se alternando no poder de modo a responder à missão de servir a Cristo em terras distantes, em face das circunstâncias - levará a eras de nacionidade, de senso de se tomar o país como um lar em Cristo, o que quebraria o ciclo revolucionário decorrente da Revolução Francesa. E isso só pode ser feito porque somos único império de cultura que houve na História, tal como bem apontou o professor Loryel Rocha.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

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