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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Por que ser luso-brasileiro é vantajoso, nas atuais circunstâncias? O caso da atividade intelectual

1.1) A primeira atividade econômica organizada que se deve ter em mente, quando se toma um país como um lar em Cristo, é uma importadora, ainda que para fins pessoais. Podemos dizer que esta é a primeira das indústrias de base, pois ela permitirá, ao longo prazo, a substituição de importações.

1.2) Para se ter uma importadora, você precisa ter membros da família que estejam atuando como diplomatas perfeitos de modo que o seu país e o país onde seus antepassados nasceram sejam tomados como um mesmo lar em Cristo. Com a ajuda da família, você pode abrir uma conta no exterior e receber dinheiro de doação nessa conta, uma vez que o câmbio e a proibição de receber euro no Brasil são uma verdadeira sacanagem - é por isso que repudio nacionalismo monetário. Para alguém como eu, que faz trabalho intelectual dessa maneira, é um excelente negócio.

1.3) Eu não fui abençoado com esta circunstância, embora isso não me impeça de discorrer sobre isso. Eu só tenho parentes por parte de mãe, pois meu pai é filho único, e eles são muito desunidos - se eles fossem unidos, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, eles teriam a consciência reta, a ponto de irem servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique. E neste ponto, muitos deles iriam se estabelecer em Portugal de modo a servirem seus semelhantes, receberem em Euro e assim ajudar a família naquilo que for necessário. Meu trabalho como escritor seria mais divulgado e eu poderia ganhar dinheiro publicando livros, já que na Europa, assim como nos EUA, a cultura de doação existe.

2.1) Se tivesse domicílio tanto em Portugal quanto no Brasil, tudo o que comprasse já estaria nacionalizado em minha pessoa, por serem bens pessoais, uma vez que esses itens estariam me servindo de modo a incrementar as minhas atividades intelectuais organizadas, o que viabilizaria uma atividade econômica futura. Assim, quando passasse meu tempo de domicílio em Portugal para o tempo de domicílio no Brasil, eu levaria o que adquiri em Portugal comigo como se fosse bem pessoal - e bem pessoal não é considerado bem importado, uma vez que bem importado tem natureza comercial, ânimo de lucro porque se pauta na impessoalidade.

2.2) Chegando ao Brasil, esses livros que comprei como se fosse nacional português acabariam gerando muito mais artigos, a ponto de virarem livros, se fossem publicados. Ainda que a legislação portuguesa eventualmente não reconheça isso como vínculo à comunidade, isso é uma forma de tomar o país como um lar em Cristo, dado que estou servindo a Cristo em terras distantes, ao retornar ao ponto de partida. Logo, a legislação portuguesa estaria fora da Lei Natural - portanto, inconstitucional.

2.3.1) Como Portugal é membro da comunidade européia, os livros que comprar na Espanha, França, Itália e Alemanha de modo a a me aprimorar na atividade intelectual, são nacionalizados por força de ser nacional de um país-membro da comunidade.

2.3.2) Isso é meta-nacionalidade, uma vez que esses produtos de diferentes nações acabem sendo nacionalizados na minha pessoa enquanto bem pessoal, pois a livre circulação de pessoas faz com que o senso de tomar o país como um lar tendo por base a cultura produzida acabe se transformando numa nacionidade compartilhada - e esse senso é emprestado de modo a que os países-membros acabem se desenvolvendo, o que caracterizaria distributivismo.

2.4.1) Uma nacionidade européia poderia ser formada se houvesse um consórcio, uma colaboração mútua, se esse senso de tomar o país como se fosse em Cristo fosse distribuído a todos os países do bloco, o que ensejaria o renascimento da Idade Média.

2.4.2) Mas a União Européia está de costas para Deus, o que faz com que haja uma reversão do fluxo: a apatria e a má consciência sistemática acabam sendo distribuídas em massa e isso acaba edificando liberdade para o nada, a ponto de ser presa fácil das invasões islâmicas, mascarada de crise humanitária, por força da Guerra Civil que há lá na Síria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2017.

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