1) É muito comum ver nos debates dos liberais a questão do federalismo x centralismo.
2) A condenação ao centralismo monárquico é quase sempre abstrata - e se a condenação é abstrata, então ela edifica liberdade com fins vazios, o que se torna falácia, pois ela não está amparada na realidade que é tomar o país como se fosse um lar em Cristo, tendo por fundamento aquilo que se edificou em Ourique
3) Afinal, se o povo é tomado como parte da família do governante, que é eleito por Deus de modo a protegê-lo dos maus governos, então o centralismo é próprio do paternalismo, do governo do pai. E se o país tomado como se fosse um lar, então o país é a casa do Rei e de sua família, seja ela estrita, ampliada ou ampliadíssima - e nesse sentido é bem comum (público) e também real (privado), pois este recebeu a terra por conta do fato de ter se tornado vassalo de Cristo, pela graça de Deus.
4.1) Como o professor Olavo fala, atentem para a realidade.
4.2) Todo debate que se prende à abstração só levará a se retirar Deus do centro das coisas - e no lugar de Deus, o Estado será tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele.
4.3)Afinal, o debate entre os federalistas e os antifederalistas estava justamente relacionado a esse questão, pois o federalismo pode ser tomado como se fosse religião, que é acessório que segue a sorte do principal, o totalitarismo, o fascismo.
5) Eis o que a liberdade voltada para o nada promove.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 8 de abril de 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário