Pesquisar este blog

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Mesmo tendo cultura, o apátrida surge num mundo descristianizado

1) Ainda que se tenha cultura, o cidadão europeu que veio pra cá já veio contaminado pelas influências do modernismo e das revoluções liberais que fizeram efeito na Itália e na Alemanha, marcadamente anticristãs. Como muitos já eram casados no regime do Código Civil, já eram considerados apátridas, pois casamento civil não é casamento.

2) Como esses países separaram o altar com o trono, então a nacionalidade que eles tinham dos seus países de origem não passava de uma ficção jurídica, de um formalismo vazio que vai contra a Lei Natural. Olhando por esse prisma, os imigrantes eram considerados apátridas, pois não tinham vínculo algum com a pátria do Céu, aquela que edificou o Brasil em Ourique. E sem Cristo nenhum país é livre.

3) Da mesma forma que os refugiados atuais, esses apátridas, enquanto não forem integrados no projeto de civilização edificado desde Ourique, são o que são: uma ralé. E pensar em separatismo no Sul é coisa de mente pequena, de gente inferior, de ralé.

Diálogo complementar:

Carlos Cipriano de Aquino:

1) O governo Brasileiro, sobretudo os da época da república, foram convidando os imigrantes para cá, prometendo-lhes mundos e fundos. Tempos depois, eles finalmente compreenderam porque o nosso "honestíssimo" governo os chamou: foi para que produzissem para as riquezas de modo a que eles, os governantes, pudessem viver de impostos - ou seja, foram tratados como se fossem escravos. E quando eles perceberam isso já era tarde - o separatismo é proibido por lei. Enfim, a monarquia aboliu a escravidão; a república, sem uma lei escrita, restaurou-a e ainda aperfeiçoou.

2) Tudo isso poderia ter sido evitado, se o governo brasileiro assegurasse a cultura europeia como referência civilizacional. Assim, eles não sentiriam repulsa pelo país.

3) Eu já convivi bastante com eles, e percebi porque eles não gostam do Brasil. Histórico familiar distinto, cor de pele diferente do resto do país. Eles não vêem no Brasil um reflexo deles mesmos.

José Octavio Dettmann:

1) A verdade é que eles foram enganados pelo modernismo de seus países de origem e dessa republiqueta que tanto apóiam. Foram duplamente enganados.

Carlos Cipriano de Aquino: O problema do Brasil é a sua heterogeneidade - se fosse um país mais homogêneo, não haveria tantos conflitos.

José Octavio Dettmann: A heterogeneidade do país só se resolve com a monarquia, com a noção de Império. Sem isso, o Brasil não tem sentido. No final, essa desgraça, chamada regionalismo, é o que sobra.

Carlos Cipriano da Costa:

1) Essa cultura "brasileira" que mistura baiano com carioca da capital dá nojo nas pessoas de ascendência europeia, a não ser nas mais degeneradas. Eles pensam: "Ah, se isso que é ser brasileiro, então, eu não sou brasileiro".

2) O governo esquerdista, quer que o Brasil busque sua identidade na influência afro-indígena, aumentando ainda mais a repulsa dos descendentes de imigrantes pelo país. Tudo isso está sendo promovido pela esquerda e pelo mainstream. Que ao invés de aplacar esses sentimentos de divisão territorial, faz é intensificá-los.

3) Essa esquerda brasileira só fez cagada. Estão destruindo o país - só esse proselitismo pró-minorias já fez com que vários males surgissem.

José Octavio Dettmann:

1) É o que dá não estudar História do Brasil. Aí julgam as coisas com a sua sabedoria humana dissociada da divina - não é à toa que essa turma está à esquerda do Pai, no seu grau mais básico - não passam de conservantistas, de insensatos. Se amassem o Brasil de verdade, deveriam saber que o Brasil foi fundado em Ourique.

2) Se não gostam do Brasil, que vão embora. Ninguém os obriga a ficar aqui. Além de serem burros, eles são arrogantes.

O separatismo no Sul levará a criação de um bantustão neonazista

A maior prova de que o separatismo no Sul não é um movimento sério:

1) Lá só tem esquerdista.

2) Os imigrantes escolheram viver em seus próprios guetos e não quiseram ser parte da tradição edificada desde Ourique. Mais ou menos a lógica dos judeus, que recusam viver num ambiente verdadeiramente cristão.

3) Como a esquerda toma o país como se fosse religião, o separatismo será um microcosmos do nazismo. 

4) No final, o Sul não passará de uma espécie de bantustão do bananistão - ainda que a republiqueta reconheça a "soberania" do Sul, ainda que a ONU reconheça a "soberania" do Sul, a verdade é que isto é nulo de pleno direito, pois vai contra o projeto civilizatório estabelecido desde Ourique.

5) Enfim, o que fomenta o separatismo no Sul é a falta de crença na fraternidade universal: muitos dos imigrantes que foram para o Sul eram protestantes e mutos já eram casados no regime do casamento civil - ou seja, já eram descristianizados. Tecnicamente, eles já eram apátridas, pois os seus países de origem já tinham rompido com as verdadeiras fundações que levam os seus países a serem tomados como se fossem em Cristo, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Eis o grande erro que o Império cometeu, ao adotar uma política de importação de mão-de-obra - ele não preparou essas pessoas para viverem no Brasil, cuja base se dá nas fundações de Ourique. A produção de riquezas foi mais importante do que as fundações do Espírito.

Notas sobre a questão da novidade no jornalismo

1) A questão da novidade é uma questão relativa. Os sucessivos desdobramentos da lava-a-jato e o caos planejado do PT já não são mais novidade; a História da República, ao longo de seus 127 anos, nos atesta uma sucessão de escândalos - neste ponto, pode-se falar em uma verdadeira tradição escandalosa, fundada na mentalidade revolucionária que a constituiu.

2) Como meu colega Carlos Cipriano de Aquino bem disse, a cada geração uma nova sociedade é fundada no Brasil - e isso faz com que percamos o sentido da história. Como não temos o senso da História - na verdade, são poucos os que têm esse senso -, somos obrigados a confiar na Imprensa, a dar ares de infalibilidade a ela, a ponto de alimentar ainda mais o sensacionalismo que promove, o que fomenta ainda mais o relativismo moral.

3) A maior prova disso é que, em média, uma constituição, nesta república, dura 25 anos, o espaço de uma geração. A nossa atual está dentro dessa faixa e já tem mais de 80 emendas, sendo uma a cada 4 meses. Isso é o cúmulo da instabilidade!

4) Se no plano do macro não há novidades, no plano do micro, no plano do que não se vê, há pessoas sensatas, recolhidas em suas casas, em seus mosteiros de fato, estudando a realidade e debatendo na rede social. Esse jornalismo intelectual lembra os primórdios do jornalismo - e a refundação cultural e intelectual do Brasil dar-se-á exatamente da forma como se deu na Inglaterra do século XVII ou XVIII: pessoas inteligentes se reunirão em suas paróquias, nas casas uns dos outros, discutirão temas importantes e produzirão uma reflexão conjunta que é levada a todos os outros que são do mesmo grupo, ainda que dispersos pelo país afora. E é justamente isso que está acontecendo.

5) Eu já tive a oportunidade de publicar várias histórias relacionadas às investigações que promovo e sobre as conversas que tenho, cuja relevância afeta a todos os contatos interessados em uma investigação séria sobre a realidade das coisas, como vejo no meu colega Haroldo Monteiro. Se isso fosse feito sistematicamente, o jornalismo do bananistão seria trocado por um jornalismo que retoma os seus primórdios - e esse para mim é o jornalismo clássico, pois leva à eternidade, à conformidade com o Todo que vem de Deus. 

6) Estou certo de que isso, cedo ou tarde, vai acontecer um dia. É o que vejo!

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Notas sobre a necessidade de estudar a teoria das côrtes gerais do Império Português

Contei uma coisa para o meu amigo Marcus Boeira:

_ Certa ocasião, quando examinava o milagre de Ourique, eu percebi que a questão de servir a Cristo em terras distantes pede toda uma teoria Constitucional e de Estado completamente diferente de tudo aquilo que já se concebeu - e não admite comparação com as outras, pois emana do próprio Cristo. E  essa teoria só vale para o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

Meu amigo me disse:

_ Recomendo que leia Antônio Sardinha. O que ele diz coincide com o que você fala.

Não é a primeira vez que o que falo lembra esse autor português, embora eu nunca o tenha lido antes. Tempos atrás, um outro colega, o Fernando Rodrigues Batista, também apontou a mesma coisa.

Chegando na Estante Virtual, eis algo que me chamou a atenção: a Teoria das Cortes Gerais escrita por esse mesmo autor.

Eu me pergunto: por quê um autor que escreve sobre algo tão importante sequer é lido? E por quê ninguém nunca me falou dele, quando estava na faculdade? Se não fosse o facebook, eu morreria sem saber.

Graças a Deus que existe rede social! Se não fosse por isso, jamais encontraria essas vivas almas - se dependesse da minha circunstância geográfica, nem com uma vela acesa eu conseguiria as coisas de que estou precisando, fundadas no saber e no estudo sério.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2016 (data da postagem original).

Um exame epistemológico da obra Bandeirantes e Pioneiros de Vianna Moog

1) Do ponto de vista epistemológico, a tentativa de se fazer um paralelo entre o bandeirante e o pioneiro esbarra num pequeno problema: que o Brasil nasceu no ano de 1500 - o que é claramente errado, pois o Brasil nasceu naquilo que se estabeleceu em Ourique. Vianna Moog, ao fazer seu livro, certamente recebeu a influência do pensamento de Oliveira Vianna - e ao fazer um paralelo entre essas culturas, ele tomou os fatos sociais como se fossem coisa, fazendo análise histórico-sociológica de forte viés materialista.

2) A análise de Moog não leva em conta o seguinte dado: é preciso se fazer um estudo histórico acerca da fundação do Brasil - desde Ourique até a descoberta em 1500, quando houve o desdobramento dessa tradição em terras americanas - e compará-lo com o surgimento dos EUA, enquanto conseqüência das tiranias do Rei Henrique VIII, passando pela república puritana de Cromwell. Este elemento espiritual está faltando, de modo a que se tenha um paralelo perfeito entre uma coisa e outra.

Notas sobre o Papa Francisco, o Papa paraconsistente

1) Se Deus pode conceder um não-A, quando pedimos A, então Ele pode perfeitamente nos conceder um Papa que não é exatamente o que queremos, mas que cai como uma luva para os tempos em vivemos.

2) Um Papa como Francisco, tão humano e tão falho quanto nós, nos faz lembrarmos de que precisamos ser humildes e estarmos sempre em constante exame de consciência de modo a estarmos em conformidade com o Todo que vem de Deus, no seu sentido mais pleno.

3) Enquanto para muitos este Papa é o do fim do mundo, para mim, em particular, ele me foi uma bênção, pois está me ensinando a ser um bom católico - trata-se de uma extensão do pontificado de São João Paulo II.

4) Essa conduta escandalosa de muitos, como fazem publicamente no facebook, só revela o conservantismo de muitos. E nisso estão à esquerda do Pai em seu grau mais básico.

Comentários sobre uma passagem do livro do Êxodo

1) Na época de Moisés, Deus se declarava ao seu povo da seguinte forma: eu sou aquilo que sou.

2) Se Deus é aquilo que Ele é e as coisas são concedidas com base no tempo d'Ele, então a contradição é própria da realidade, pois Deus fala através de palavras, atos e coisas.

3) Se eu peço a Deus A e Ele me concede um não-A, então esse não-A é uma graça de Deus - e eu devo fazer um exame de consciência de modo a estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, pois o meu A pode não estar revestido de boas intenções ou será concedido em tempo oportuno. E talvez esse não-A me seja uma preparação para esse A que eu tanto quero.

4) A contradição não quer dizer negação da verdade, mas mostra a revelação de dados suplementares de modo a que eu tenha um entendimento completo daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

5) Para eu conservar a dor de Cristo, eu preciso examinar o A e o não-A e ficar com o que é conveniente e sensato, pois isso é próprio do Pai. O caminho da conversão, do senso de se conservar a dor de Cristo, é conservando o que é conveniente e sensato - e é esse conservantismo sensato que nos leva a estarmos à direita do Pai no seu grau mais básico.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Até eu tenho dúvidas ou reservas quanto aos ensinamentos de certos papas

1) Tenho reservas quanto a um ou outro ensinamento do Papa? Tenho, em certos ensinamentos do Papa Francisco, assim como em Paulo VI - mas nem por isso vou sair pregando aos quatro ventos o que vejo, pois isso seria falta de caridade intelectual para com o meu próximo. Para quem tem 35 anos, minha vivência é menor do que a média dos que têm a minha idade ou um pouco menos - por esse motivo, não tenho o direito de dar pitaco em algo que não sei.

2) Além disso, não é do meu feitio abrir a boca se eu não estiver inspirado pela luz do Espírito Santo. Bem ao contrário de muitos que vejo por aí, que leram demais e se acham melhor entendedores da doutrina católica do que os Papas.

3) Meu perfil é público - e se eu quiser discutir essas coisas, eu faço isso em reservado, com gente que melhor entende o assunto do que eu, como a minha amiga Sara.

4) Essa má consciência, que em parte o Olavo estimula e que em parte zé povinho mimetiza, é a causa da ruína de todo um trabalho feito pelos sérios. 

5) Eu tenho certeza de que o mundo pós-Olavo vai estar preparado a não repetir os erros dessa conduta reprovável, pois seus textos terão ampla divulgação e a sensatez de alguns consagrados não fará imitação neste ponto - e crer na sensatez de quem não conheço é um ato de esperança e de caridade, pois é um ato de amor. Até lá, estarei vivo e fazendo o meu melhor.

6) Antes de falar o que penso, eu procuro meditar e procuro conhecer todos os fatos antes de fazer um juízo sobre esse assunto. Isso demanda tempo - e é esse tempo que não é respeitado. Mesmo uma pessoa experiente deve respeitar esse tempo, pois isso a Deus pertence.

Weber deve ser lido como um retrato da mentalidade revolucionária, mas não como um documento científico

1) Os libertários são eternamente desconfiados das intenções do Estado - por outro lado, eles querem buscar algo utópico, vazio, que é edificar uma liberdade fora da liberdade em Cristo. Neste ponto, eles são extremamente incoerentes, pois tudo o que eles pensam é fundado em sabedoria humana dissociada da divina.

2) O universo libertário-conservantista é marcado pelo hedonismo, pelo relativismo moral e pelo materialismo - como essa ordem de coisas pede dinheiro, eles acham que a riqueza e o trabalho duro são a base da salvação para o mundo, marcado pela ausência da fraternidade universal.

3) O libertarismo, seja em sua forma clássica ou radical, é filho do calvinismo e do luteranismo. Se a ordem fundada no amor ao dinheiro como se fosse um Deus nasce da visão de mundo protestante, então ela é essencialmente revolucionária, pois ela vai querer se impor à ordem natural e verdadeira por meios violentos e/ou fraudulentos, tal como é o marxismo - e ao tomar esta falsidade como se fosse coisa, por conta da influência do positivismo nas Ciências Sociais, o trabalho de Weber acabou se tornando um mero retrato do que é a mentalidade revolucionária, em seu estágio mais embrionário, enquanto construtor da longa estrada para o abismo que é o comunismo - e ele deve ser visto apenas dessa forma. Pois foram os próprios libertários mesmo que edificaram um Estado sem Deus, laico, em que este não sujeita suas leis à autoridade do Sagrado Magistério da Igreja. Eles tiveram como ponto de partida a negação que os protestantes fizeram da autoridade da Igreja - e isso foi o que pavimentou o agigantamento do Estado, de modo a ser capaz de destruir todo o senso de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo e convertê-lo num senso de tomá-lo como se fosse religião, fazendo com que o poder e a legitimidade fossem servidos para fins vãos, vazios, de modo a só agradar aos caprichos dos tiranos, o que é extremamente odioso.

4) O trabalho de Weber só tem seu valor apenas como uma peça documental, um registro histórico - só tem valor informativo. Como registro científico, não tem valor algum, a não ser como uma pedra angular que, se for lida sem a devida orientação do Sagrado Magistério, serve para se edificar heresias e almas deformadas: se o protestantismo é revolucionário e seu subproduto -  o capitalismo, fundado na ética protestante - é revolucionário, então não faz sentido forjar um movimento político em algo que é fora da realidade, fora daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

5) Tenho acompanhado muitos buscarem ler o trabalho de Weber, movidos pelo modismo intelectual que pulula pela Internet, pois o libertarismo mesmo se tornou uma moda intelectual, assim como o pseudoconservadorismo fundado na tradição anglo-americana, cujas bases não têm relação alguma com o Brasil, que foi fundado na Aliança do Altar com o Trono edificada desde Ourique. O sensato deve evitar esses modismos - se for para ler essa obra, ele deve buscar o apoio de pessoas experientes, formadas na Santa Tradição Católica, de modo a que possam aprender o máximo que puderem, sem correrem o risco de terem a alma deformada pela mentalidade revolucionária. Muitas pessoas são neófitas quanto a isso - e antes de se aventurarem nessas leituras, elas devem se pautar no apoio de gente mais experiente.

O tempo da vida intelectual é o tempo de Deus, o da eternidade

1) Em tempos como os nossos, uma expansão rápida tende a ser vista como sinônimo de sucesso. Se olharmos as coisas mais de perto, perceberemos que tudo o que é fundado no apelo propagandístico ou no amor ao dinheiro é meramente efêmero, vazio.

2) A verdade é que os trabalhos de melhor qualidade - os que oferecem conteúdo substancial a todo o povo, de modo a que ele tome o seu país como se fosse um lar, em Cristo - pedem uma enorme dedicação e muito esforço, de modo a que possam crescer naturalmente sustentados na verdade, naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Por conta disso, esse trabalho é mais demorado, pois exige que se carregue a cruz, que é pesada, e que siga a Jesus, de modo a servir a Ele em terras distantes.

3) Enfim, todo aquele que busca a fama e que fará qualquer coisa por isso, de modo a ter seus 15 minutos de fama, está buscando algo vazio, pois só conservará o que é conveniente e dissociado da verdade. E cedo ou tarde, isso tudo ao pó retornará.

4) O mundo moderno se tornou algo pragmático, utilitário, pois visa obter o máximo de resultados possível de modo a chegar ao sucesso o mais rápido possível. Perdeu-se o tempo da eternidade, perdeu-se a paciência, perdeu-se a esperança, bem como a caridade. E isso é algo muito triste.

5) O lado bom é que não estou sozinho nessa. Se tive a sorte de encontrar pelo menos 30 pessoas que compreendem tudo aquilo que tenho a dizer, então eu estou no lucro. Melhor essas pessoas, ainda que dispersas pelo país afora, do que 300, que não fazem outra coisa senão inflacionar o meu perfil. O dia em que eu tiver 5000 pessoas colaborando efetivamente comigo, aí posso me dizer que sou uma pessoa realizada. Aí surgirá o tempo de abrir um segundo mural, um terceiro - embora eu já tenha uma página de facebook, penso que ela só vale a pena se eu pelo menos lotar dois ou três perfis individuais, sem repetir os mesmos contatos. Pois a página é o ponto de encontro entre todos os que se encontram nos meus perfis.

6) No mundo virtual, usar métodos publicitários e de massificação são uma verdadeira tolice. A vida intelectual é evangelização - e isso pede que você converta as almas de uma a uma, através do contato pessoal, face a face. Mais recentemente é que conheci meu primeiro contato de facebook pessoalmente - e pretendo conhecer mais contatos online pessoalmente. Por enquanto, só posso atuar dentro do Rio de Janeiro. O dia que puder fazer isso em outros estados, aí a coisa ganha outro contorno.

7) Enfim, a vida cultural é a base da política. E isso implicará sempre evangelização, pois todos devem amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

Se o mural na rede social é uma árvore, é preciso fazer uma poda, de tempos em tempos

1) Se o mural de facebook é uma árvore e se nele me arvoro, de modo a defender tudo aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, então de tempos em tempos é preciso se fazer uma poda. As samambaias, que não fazem outra coisa senão ocupar espaço e que nada contribuem, devem dar lugar a alguém que pode acrescentar em alguma coisa. Hoje eu botei uns 15 pra fora - desde pessoas vazias a contatos de longa data e que nunca contribuíram com nada. Essas pessoas estavam só ocupando um espaço que poderia ser muito bem aproveitado por alguém sério - por isso, eu achei conveniente pôr essa gente pra fora. 

2) Isso que faço se chama alternância de poder - se os inúteis tiveram o direito de falar e nada fizeram, então eu vou dar lugar a quem pode bem exercê-lo. Dos 300 e poucos, nem 10% faz isso - por conta disso, vou restringir meu espaço a quem é sério, aos melhores. 

3) Com o tempo, farei podas mais profundas - até atingir os que realmente contribuem com algo. É preferível ter pouca gente, mas participativa, a ter um perfil inflacionado, composto só de medíocres, que em nada contribuem para o meu esforço intelectual, seja com uma crítica construtiva, seja com uma contribuição financeira. Muito já lhes foi dado, mas nada foi feito de modo a retribuir o trabalho que foi prestado.

4) É como falei, nas minhas postagens sobre pragmatismo político: para se fazer uma expansão estruturada e sustentada na verdade, é preciso que os supérfluos sejam cortados - a necessidade de se fazer uma tática de terra arrasada é uma constante na rede social. 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Do princípio do pragmatismo político

1) A prática do pragmatismo político deve levar em conta um propósito: vencer a guerra política, de modo a se restaurar a Aliança do Altar com o Trono que se perdeu. Pois o pragmatismo tem o mesmo efeito da guerrilha na guerra - você vai precisar fazer táticas de terra arrasada, de modo a que o inimigo não tenha terreno favorável onde ele possa lutar com as suas melhores armas.

2) Ela deve levar em conta o cenário de guerra de facções da República e saber trabalhar com as circunstâncias ao nosso favor. Isso pede uma visão estratégica de longo prazo e de maneira realista e concreta.

3) Se tiverem que adotar um pragmatismo político à moda do Ayan, fundada numa república utópica, laicista, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, então vocês estarão servindo algo voltado para o nada. E isso é revolucionário.

4) Se o pessoal do MBL defende o Ayan, então boa coisa não é. Afinal, eu sei muito bem que os libertários preparam o caminho para os totalitários. Eu sei muito bem a diferença entre o libertarismo e o liberalismo, no sentido católico do termo.

Comentários finais sobre o meu método de trabalho no Congresso

1) Isso tudo o que disse se funda em uma guerra política e tem fins pragmáticos, pois levo em conta toda a experiência política romana em face de um governo neopaganizado. Levei em conta as circunstâncias.

2) Sei que os métodos que adoto são os mais questionáveis possíveis; mas, para se combater o mal, você precisa jogar o jogo da República.

3) Se ficarmos nessa lógica puritanista de flores e abelhinhas, a monarquia não será restaurada. Dentro da República, nós somos uma facção que é contra tudo o que está aí - se a República é guerra de facções, é preciso se tratar os revolucionários como eles são: apátridas. Jamais aceito tomar por brasileiro quem é apátrida - e esse é o erro que muitos no movimento monárquico praticam.

4) A reconquista do País se faz com guerra no Parlamento contra os estúpidos e debates com os sensatos. Por isso que digo que o político deve ser um pouco de tudo: ser hábil pra falar, ser hábil pra negociar e ser hábil até para resolver as coisas no braço, se preciso for. Eu não espero civilidade de quem é por essência bárbaro, como são os petistas.

5) Eu peço perdão se isso assusta, mas esta é a realidade em que nos encontramos. Se quisermos restaurar àquilo que se perdeu, precisamos trabalhar com as circunstâncias ao nosso favor.

6) Se a política é guerra, então a república, com sua lógica de facções, é a lógica dessa guerra. E infelizmente precisamos tomar esse fato como se fosse coisa, enquanto os patifes não são expulsos do Congresso. 

7) Se vocês acharem melhor me colocarem num ambiente onde todos são sensatos e civilizados, ótimo. Afinal, esse é o meu ambiente favorito. Se o povo me chamar para esse cenário de guerra, então vou ter que lutar do jeito que sei lutar, pois eu tratarei esses bandidos como eles são: bandidos. E não terei o menor decoro, pois eles não têm decoro algum. Só terei decoro somente com quem é honrado.

A compra dos exército do PT deve vir pela via do crowdfunding

1) Política implica dinheiro - como o erário não pode ser roubado, a melhor forma de se obter o dinheiro necessário para se comprar os mercenários do PT, de modo a que lutem contra o PT, é através de crowdfunding. Trata-se de financiamento privado sistemático de campanha - como isso edifica ordem pública, é financiamento público. A diferença é que esse não é forçado, por conta dos impostos, mas voluntário, fundado na palavra daquele que é honesto e serve bem ao povo. A rigor, esse financiamento público não é ilegal. 

2) Se você comprar o apoio desses mercenários, você volta as armas do inimigo contra o próprio inimigo. Se você se mostrar honrado, eles mudarão de senhor com prazer, pois geralmente essa tropa de choque não está contente com o fato de receber apenas pão sem mortadela, como pagamento.

O exército dos petistas é marcadamente mercenário

1) A corrupção que o petista pratica sustenta o exército do pão com mortadela, coisa que é movida à base de dinheiro público - e o povo está farto disso. Pois a tropa de choque é mercenária - ela se vende a quem pagar mais.

2) Se a corrupção, a compra do apoio e da mente das pessoas, for praticada contra os revolucionários, então o exército do pão com mortadela passa a ser juntar ao nosso lado, na luta contra o petista. O dinheiro para a compra dessa gente deve vir de meios privados e não públicos. Num meio em que o amor ao dinheiro rege todas as coisas, num meio que não é ético, ser ético com quem não é ético não é sensato. Afinal, sei o que me espera lá dentro.

3) A lealdade dos soldados petistas não se funda nas qualidades de um general, em conformidade com o Todo que vem de Deus e que está disposto a morrer por seus homens e com eles em bom combate - o próprio Lula já provou que é um tremendo de um covardão. Eles nunca tiveram alguém que fizesse isso por eles. Pois o dia em que houver um comandante disposto a fazer isso por eles, disposto a morrer por aquilo que é verdadeiro e bom, eles lutarão por nós. Pois o exército é composto de meros idiotas úteis - o dia que passarem a ser tratados como homens, eles deixarão de sê-lo.

´Na República, é preciso ser mais louco do que os loucos

1) Se o louco intimida a todos ao seu redor porque não tem receio de ser agressivo, então devemos adotar a lógica dos loucos, dentro de uma ordem onde todos perderam tudo, exceto a própria razão de conservar aquilo que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Numa ordem revolucionária, você precisa ser a negação da negação. O contra-revolucionário precisa se comportar como um revolucionário, mas de modo a restaurar aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

3) Se tivermos de ser selvagens com os selvagens, sejamos selvagens; se tivermos de ser desonestos com os desonestos, sejamos desonestos; se tivermos de ser sensatos com os sensatos, sejamos sensatos. Se tivermos que amar a Deus sobre todas as coisas, façamos isso, pois Ele fundou a pátria. Enfim, façamos justiça - e isso implica dar a cada um que o é seu. Você precisa ser a colheita daquilo que ele, o revolucionário, planta.

Se a guerra é a extensão da política por meios violentos, então a política é briga também, pois às vezes as vias de fato são também necessárias

1) As pessoas tendem a ver o Congresso Nacional com os mesmos olhos com que se viam as coisas no Império: esperam ver políticos agindo com honradez e dignidade, usando seus dotes intelectuais em debates sérios, onde quem mais ganha é o pais, que vai ser tomado como se fosse um lar em Cristo.

2) Na República, as cavalgaduras usam o termo Vossa Excelência para se agredirem. Só não vão para as vias de fato só para manterem as aparências, uma vez que decoro não há, pois tudo não passa de uma hipocrisia, de um fingimento atroz.

3) Se um jogador de hóquei deve ser habilidoso, saber fazer gols e às vezes deve saber resolver as coisas no braço, quando se é mais preciso, na República nós precisamos ser um pouco de tudo, dentro dessa mesma lógica: devemos ser sensatos e polidos com os que são honrados, saber debater com gente sensata e inteligente, saber costurar acordos - e no caso dos petistas, saber resolver as coisas no braço, quando for preciso.

4) São poucos os brasileiros que já assistiram às brigas que ocorrem em jogos de hóquei. No Congresso, diante desses seres sem honra que são os petistas, eu seria o enforcer da nação - e meu trabalho é intimidar os revolucionários. Esses seres sem honra não deveriam estar no Congresso - e se forem usar da tribuna, é preciso fazer panelaço lá dentro, não deixá-los falar; como eles não respeitam o direito à vida, que é o mais básico, por que deveria respeitar a fala de um petista? E se tentarem cercear o panelaço, vamos resolver no braço. Vou adorar mandar um petista pro hospital ou quebrar meia dúzia de dentes da boca dele. Se tiver que aprender a lutar MMA, eu aprenderei com esse propósito: para espancar petistas, de modo a descontar todo o meu ódio em cima desses demônios. 

5) Meu amigo dizia o seguinte, quando me viu rodar a baiana com um professor de tributário lá na UFF: não quero ter o Dettmann como inimigo. O dia que me tiverem, ter-me-ão como algo pior do que o Putin. Se na Rússia as coisas se resolvem à bala, eu resolvo à bala é com os revolucionários, e disso eles entendem. Com quem é sensato, eu sou civilizado.

6) Sei jogar o jogo da república. E sei jogar as regras do jogo da monarquia antigamente, pois de História do Brasil eu entendo. O problema é que muitos são ignorantes e não percebem que a república pede exatamente isso: enforcers, tropa de choque disposta a ir pras vias de fato quando se for mais preciso. Não há honra de fato no Congresso - então, não sejamos hipócritas; se tivermos de resolver no braço com os petistas, que se resolva no braço. Pois com eles a palavra de ordem é força. Para eles, a lei é preconceito - então, tomarei como preconceito qualquer aplicação da lei vinda da parte de um petista, de modo a me punirem. Se querem derrubar a civilização no Brasil pela corrupção e pela violência, então pela violência eles devem ser impedidos.

7) Muitos falam em ordem democrática, em respeito à lei e à ordem. A República é a negação disso. Por isso, não me venham com esse papo conservantista, pois isso favorece o inimigo, uma vez que é covarde e pusilânime - e a república preparou o caminho para eles, com esse discurso morno e vazio.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre a eterna preferência pelos canalhas que defendem idéias políticas malucas

1) Enquanto tem um monte de gente igual ao Luciano Ayan dando calote em muita gente por aí, eu, que faço parte da minoria que usa um perfil verdadeiro, que escrevo de maneira séria e responsável todos os dias no facebook, eu quase não tenho doadores, exceto uns três ou quatro.

2) É que nem aquela velha História do CONS, do tempo do Sedrez: vocês botam muita fé em alucinado que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. Eu, que denuncio isso como movimento revolucionário em seu grau mais básico, eu não sou nem levado a sério. E se abro a boca para falar verdades, o número de amigos só diminui, ao invés de aumentar. É por isso que chamo a maioria dos que habitam o Brasil, tal como conhecemos hoje, de apátridas, ao invés de brasileiros. Pois brasileiro de verdade toma o seu país como se fosse um lar, com base no Cristo Crucificado de Ourique - e não se rende a essa merda de quinhentismo que os milicos, com essa sua republiqueta cancerosa, nos impuseram goela abaixo, há 127 anos.

3) O Brasil está numa séria crise de confiança porque NÃO SABE investir em quem realmente é sério. Investir numa esquerda disfarçada de direita é bem pior do que investir numa esquerda totalitária ou fabiana. Pois a punhalada será pelas costas, sem chance de defesa.

Política pesa mais que a advocacia

1) Para quem tem um espirito crítico, voltado ao amor à verdade, à Lei Natural, a advocacia é uma camisa de força. Eu abomino essa doutrina criminosa chamada positivismo jurídico. Por isso, pouco posso fazer dentro de um contexto onde a lei positiva está claramente de costas para a Lei Natural, pois o problema antecede à existência das leis. Os canalhas estão no Congresso mandando e desmandando - se esse lixo fosse expulso e se me puserem lá, com a assistência de outros tantos honrados eu faria de tudo para banir o positivismo jurídico das universidades do país, pois ninguém governa sozinho, já que o legislativo é um colegiado. No lugar poria professores de Direito Natural e incentivaria que estudassem as leis do país em face da Lei Natural, baseada na conformidade com o Todo que vem de Deus.  Esta é a única constituição que conheço - e ela não se corrompe.

2) Digo isso porque a advocacia pouco pode fazer em face da mudança que é preciso ser feita, no âmbito político. Se eu tiver de lidar com os criminosos que há lá dentro do Congresso, então saibam que estou pronto para abraçar a Cruz e seguir a Cristo Jesus naquilo que é necessário: servir a Ele em terras distantes, Neste caso, Brasília.

3) Tratem os petistas da forma como vou tratá-los: mande-os tomar no cu, pois não tenho medo de fazer isso no Congresso, na frente de todo mundo, com a sessão sendo transmitida pro país inteiro - na faculdade, já mandei um professor de tributário ir tomar no cu em plena sala de aula, na frente de todo mundo, pois ele estava me sacaneando em sala de aula. Façam pressão na casa dessa gente. Sejam meus guarda-costas, se algum revolucionário tentar me atacar. Eu ando desarmado - as únicas armas que tenho são a escrita e a capacidade que tenho de mandar esses putos irem tomar no cu. Não tenho medo de ser censurado.

4) Não há decoro parlamentar com patifes, pois decoro pressupõe lidar com alguém honrado, que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. A Constituição é inconstitucional porque ela não abraça a Lei Natural e a Aliança que se edificou lá em Ourique. Por isso, não vou cumprir esse juramento de observar uma constituição que é fora daquilo que é conforme o Todo que vem de  Deus. Vocês teriam que fazer uma nova - eu ajudo a fazer uma, pois Direito Constitucional é minha área preferida no Direito.

5) Minha consciência é reta - se quiserem a mim como representante, vocês precisarão ser retos. Se tiver de levar em conta o que tenho no meu mural, só poucos estão dispostos a me seguir aonde quer que eu vá. E esses são os meus poucos alunos voluntários, os mesmos que colaboram regularmente com o meu trabalho de escritor, todos os meses.

Notas sobre o fato de ser um político

1) Outro dia estava pensando no seguinte: se meu trabalho se tornar conhecido e respeitado, naturalmente vai haver gente que vai me sugerir que eu assuma um cargo na política.

2) Eu digo com todas as letras: se houver demanda nessa área, eu aceito o encargo. Se houver uma petição pública que me peça para eu me candidatar ao cargo de deputado federal ou senador (visto que completei 35 mês passado), então eu poderei me candidatar.

3) O problema é que no Brasil não temos candidatura independente. Para isso, vocês teriam que fazer uma proposta de Emenda Constitucional por iniciativa popular permitindo isso. Mas não vejo iniciativa para isso, pois muitos ainda estão vislumbrados com a esquerda que se diz falsamente de direita, tal como vemos nesse negócio de CONS, por exemplo.

4) Além disso, se vocês me chamam para isso, é porque sabem o que eu sou: um anti-republicano radical, até a raiz dos cabelos - e vou trabalhar para restaurar a monarquia no Brasil. Se vocês me derem a honra de ser o último dos presidentes, eu ficarei satisfeito, pois vou acabar com essa República o mais rápido possível e entregar o poder aos seus verdadeiros donos: os príncipes da Casa Imperial de Bragança. Se puderem me ajudar nisso, eu agradeço.

5) Se vocês optarem pela via do conservantismo, como vocês estão fazendo, aí não contem comigo. Vou seguir fazendo o que faço, pois eu sirvo aos sensatos e não aos insensatos.

6) Ao fazerem a petição pública pedindo que eu assuma o encargo político, vocês se comprometem a me dar os votos necessários para que eu assuma o encargo, de modo a que eu possa trabalhar por vocês. O que posso fazer é fazer o que já faço, dentro daquilo que me compete. Não farei campanha eleitoral - vocês farão isso pra mim, se acharem que mereço.

Dentro desses termos, eu aceito ser um político. Me chamem para sê-lo, pois não recusarei o chamado.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

As ações do Olavo favorecem essa onda de má consciência

1) Esse alarmismo - em parte capitaneado pelo professor Olavo de Carvalho, em parte pelos rad trads - está inaugurando uma nova sola: a sola forma, por conta de um solo formalismo.

2) A sola forma é um pecado contra o Espírito Santo. Quando pedimos a intercessão do mesmo, é para apreciarmos retamente todas as coisas, o que implica que se faça a readequação das coisas inapropriadas, de modo a que nos apontem àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. E isso para Deus não é impossível.

3) Confundir apreciação reta do Espírito Santo com logicismo é gnose - e escolher isso de maneira conveniente, ainda que isso esteja dissociado da verdade, é heresia. Eis a gravidade desse conservantismo.

Notas sobre um novo tipo de protestantismo que está infiltrado no seio da fé católica

1) Me incomoda muito o alarmismo conservantista em cima do Papa Francisco. Esse logicismo é uma desgraça.

2)  Em questões espirituais, onde cada tensão da realidade pesa, você tem que lidar com as contradições, principalmente num mundo onde impera o relativismo moral e onde há uma progressiva perda do senso do certo e do errado.  Se fosse fácil escrever certo por linhas tortas, qualquer um escreveria encíclicas. Mas não é isso o que acontece.

3.1) Eis aí porque a leitura da encíclicas, para se compreendê-las, deve se dar numa lógica que admita as contradições, pois as formas, por mais inapropriadas que sejam, devem ser readequadas de modo a que sirvam à verdade, àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Por isso que essa lógica, a paraconsistente, leva o que é dito, tendo por hermenêutica a continuidade da caridade e da boa vontade, pois ela ama a verdade, coisa que vem de Cristo.

3.2)Se as coisas fossem lidas com base na lógica clássica, que não admite contradição, muitos olhariam para os papas pós-conciliares como se fossem hereges, tal como os tradicionalistas radicais fazem. Essa gente não percebe o terreno espinhoso em que nos encontramos, pois não exergam o próximo como um espelho de seu próprio eu. Eles não vivem essa realidade espiritual de agora - eles estão muito presos à letra do dogma, mas não ao conteúdo, à verdade, enunciada no dogma.

4) Enfim, há um novo tipo de protestantismo, desta vez instalado no seio da Igreja Católica, que se recusa a enxergar a realidade espiritual em que nos encontramos, marcada pelo relativismo moral e pelo marxismo cultural. O mar que temos para navegar é lamacento e traiçoeiro - e é esse mar que deve ser navegado. A cruz deve ser abraçada, pois o martírio da incompreensão é o risco que devemos correr, de modo a servir bem a Cristo, ainda que em terras distantes.

Debate sobre o alarmismo da direita quanto às declarações do Papa

José Octavio Dettmann: Estive meditando sobre o comportamento alarmista da direita quanto às declarações do Papa Francisco. Vem sempre um ou outro me pedindo opinião. Eu me abstenho de opinar, pois pouco sei sobre isso.

Thomas Dresch: Pois é! Esse é um problema grave. O professor Olavo está agindo muito mal, com relação ao Papa. Eu já falei com ele sobre isso, pois a opinião política dele está prevalecendo sobre a opinião metafísica que ele ensina - e isso é um erro ontológico grave, pois o Papa não é uma pessoa qualquer e ele merece o devido respeito, por conta do fato de este ter sido escolhido pelo Espírito Santo para ser o vigário de Cristo.

José Octavio Dettmann: Sim. O comportamento do Olavo acaba levando a uma má consciência sistemática, por conta do enorme prestígio que ele tem. Como muitos não passam de macaquinhos, eu fui forçado a me afastar do Olavo. O pior é que ele dá mais atenção a essa gente do que a mim.

Thomas Dresch: Exatamente, pois existe toda uma onda mimética que o segue.

José Octavio Dettmann: Por isso que atualmente eu só consigo debater com os melhores alunos do Olavo, os que não são levados pela mentalidade de manada.

Thomas Dresch: O problema é que o Olavo, paradoxalmente, fez de si mesmo uma instituição, mesmo ele sendo avesso a isso.

José Octavio Dettmann: É como se virasse uma seita.

Thomas Dresch: Não é nesse sentido a que me refiro. Eu me refiro à pessoa do Olavo mesmo. Ele não ouve os conselhos dos alunos. Isso é um problema de personalidade, pois é típico de homem velho fazer isso. Embora ele seja marcado pelo vício da teimosia, isso não diminui a sua genialidade. O problema está no fato de que a manada não enxerga isso, pois toma o Olavo como se fosse uma instituição - e isso acaba gerando efeitos ambíguos. Embora a onda educacional seja muito boa, o efeito hipnótico não é.

José Octavio Dettmann: Ele é bem intolerante à crítica, mesmo que em certas coisas ele esteja profundamente errado. Eu já percebi muitos erros crassos na análise dele. E quando os demonstro, o meu mural acaba sendo evacuado, pois foi como se tivesse praticado iconoclastia.

José Octavio Dettmann: Um que está imitando o Olavo nos vícios é o Fábio Salgado de Carvalho. Ele está se tornando cada vez mais arrogante e prepotente. Ele não ensina as pessoas com caridade; ele ralha os semelhantes, quando cometem o erro de separar sujeito e vírgula. 

Thomas Dresch: Isso é complicado. O Mateus, meu amigo e interlocutor, estava com esse mesmo vício e conseguiu se livrar. Afinal, Já te mostrei alguma coisa dele.

José Octavio Dettmann: Quando a pessoa não está pronta para atuar na rede, ela não deve agir na rede. Principalmente se esta tem defeitos graves que podem induzir a isso que o Olavo está promovendo com suas falhas. Para o Olavo, a rede foi um plus. Para ele, isso não é necessário; mas para mim a rede foi uma necessidade. Não só tive de aprender a escrever de maneira clara e concisa como também a tornar a cada linha de meu texto densa e profunda, de modo a causa uma séria impressão no leitor.

Thomas Dresch: O facebook só é útil dentro de um limite de 12 linhas. Não é à toa que o Olavo o toma como se fosse uma escola de concisão e um espaço para exercer a arte do aforismo. Quanto ao fato de o facebook ser uma escola de concisão, isso é bom, pois não há mais tempo para se escrever tratados longos. O tempo urge.

José Octavio Dettmann: Há um vício na maioria que deveria ser corrigido. Eles deveriam escrever da forma como faço: numerando os argumentos, pois fica até mais fácil para destacar o argumento errado e corrigir. Maior exemplo disso é este caso que me aconteceu: quando o Bisotto criticava minhas análises, ele fazia menção ao número do argumento errado - e isso ajudava.

Thomas Dresch: Isso é uma boa idéia.

José Octavio Dettmann: Eu quando leio um parágrafo cujos argumentos não estão numerados, eu vejo um verdadeiro mar textual sem fim. E chega a ser um tormento para a alma.

José Octavio Dettmann: Pior do que isso é escrever em juridiquês ou em economês. Eu vejo isso com freqüência nos textos do Leonardo Faccioni. Ele é ótimo, mas poderia escrever de maneira mais simplificada.

Thomas Dresch: Mas tu escolhes por ordem de importância?

José Octavio Dettmann: Eu organizo pelo que vem a minha cabeça. Sai do jeito como a inspiração me mandou escrever. Eu ainda não organizei os textos confrontando texto a texto. É como se estivéssemos na pizzaria. Quando vocês lêem, é como comer pizza fresca, recém-saída do forno.

Thomas Dresch: Isso é uma outra vantagem do facebook.

José Octavio Dettmann: Sim e isso tem haver com uma outra capacidade que eu tenho. Um amigo meu dizia que tenho um senso de empiria monstruoso. E muita coisa que escrevi se funda em muita meditação e em muita empiria. Eu tive uma ou outra leitura, mas não muita. Então, eu consigo falar aqui as coisas razoavelmente bem e sem falar bobagem. E tem gente que lê mais de 80 livros por ano e só fala bobagem.

José Octavio Dettmann: Alguns mesmos já me disseram que sou uma pessoa muito preparada. Por isso que consigo dizer as coisas aqui sem cometer um erro grave. É uma constante na minha vida perguntarem se li esse ou aquele livro - e a informação desse livro eu só fui conhecer a partir da pessoa que me pergunta. Acham que sei mais do realmente sei - e vejo que sou de um tipo raro, pois o tipo mais comum  de gente que se encontra por aí é a pessoa que lê demais e que não sabe nem sintetizar uma idéia, pois está muito presa ao preciosismo intelectual. Na minha época de adolescente, eu li bastante - depois disso, eu li bem pouco. Passei pela faculdade lendo poucos livros e nem por isso me tornei um ignorante.

Thomas Dresch: Sim. Muitos procuram a vanglória do intelectualismo. Além disso, não percebem que conhecimento vem compactado, pois é uma conversa que puxa ainda mais conversas. Eu passei a vida inteira lendo e sei bem o que é.

José Octavio Dettmann: A maior prova disso que eu estou ouvindo as aulas do Olavo agora. Estou na terceira aula. Muita coisa de cada aula aproveito - eu já escrevi vários artigos com base na primeira aula. Se tivesse de escrever com base nas 300, eu iria escrever muito mais do que já escrevi. E olha que já escrevi quase 2 mil textos.

José Octavio Dettmann: Online, estou sempre lendo e meditando. Se eu não escrever, eu esqueço tudo. É como se fosse uma confissão. A confissão do pensador, do filósofo deve ser pública, de modo a que outras sejam testemunhas. Por isso que a rede social me é tão importante - se eu fizesse na rua, me achariam um louco. Pelo menos aqui não tem isso - por isso que faço aqui o que não posso fazer na rua: pregar em praça pública.

Thomas Dresch: É bem isso. Além do mais, aqui no face o alcance do que se fala é bem maior. Trata-se de uma caixa de ressonância.

Notas sobre dialética marxista e lógica paraconsistente

1) A dialética marxista está intimamente relacionada com o fato de não se crer em fraternidade universal e toma como se fosse coisa o relativismo moral inicialmente fomentado pelo libertarismo. Por isso, sua análise é voltada para aquilo que é fruto da sabedoria humana dissociada da divina, dado que é a lógica dos loucos que perderam tudo exceto a própria razão, fundada no fato de que todos têm direito à sua verdade.

2.1) A lógica paraconsistente está relacionada ao fato de que a mente humana pensa em pares opostos, onde o cru é o oposto de cozido - mais ou menos como Lévi-Strauss bem apontou. 

2.2) Na dialetica, a tese é 100% cru e a antítese é 100% cozido - ao mesmo tempo, a tese pode virar antítese e a antítese virar tese. Basta que haja um convencionalismo - o que faz com que isso acabe dinamitando a lógica formal. 

2.3) Já a síntese leva à fusão das duas coisas, levando em conta um vasto campo que varia de 1% cru e 99% cozido a 99% cru a 1% cozido, o que implica não ser uma coisa nem outra, podendo ser qualquer coisa fora da tese e da antítese. E é na síntese que a lógica paraconsistente acaba sendo serva da dialética marxista.

2.4) A lógica paraconsistente leva em conta todas as contradições, em todos os seus graus - nela há graus que variam de 99% verdade e 1% mentira a 1% verdade e 99% mentira. Basta que haja um grau mínimo de mentira que já é o suficiente para se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - e esse grau vai aumentando à medida que o erro vai sendo tolerado, estimulando ainda mais o senso de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Nesta ponto, ela completa o estrago causado pela dialética marxista: enquanto a primeira relativiza a verdade, a outra a fulmina completamente, criando um conceito de superação da verdade, a pós-verdade - e isso é o mesmo que dizer que Cristo não é Deus, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) A lógica paraconsistente ouve tudo, tolera tudo, desculpa tudo e justifica tudo - até porque parte do pressuposto de que não existe erro nem pecado, já que tudo é construção social, pois tudo não passa de invenção, de convencionalismo. Se não existe erro nem pecado, então ela tende a edificar liberdade para o nada, posto que fulmina o conceito de verdade. E isso é um prato cheio para os conservantistas se fortalecerem, pois quanto maior o grau da mentira, maior o grau do conservantismo. E quanto maior o grau do conservantismo, maior a mentalidade revolucionária.

4) O falatório da falsa direita também se opera dentro dessa mesma lógica, dado que são esquerdistas que se valem de uma máscara, chamada nominalmente de "direita". Muitos são levados a isso porque não sabem o que fazem. Rezemos para que estes acordem a tempo e não acabem caindo no fogo eterno, cujo caminho é induzido pelos inimigos da verdade em pessoa - os inimigos de Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2016.

Notas sobe nacionidade e medicina

1) No sistema de saúde, se olharmos do ponto de vista prático, nem o sistema público e nem o privado funcionam.

2) Eles não funcionam porque atendem a uma lógica de ordem pública, voltada para a satisfação dos interesses de Estado, fundados nas razões de Estado, coisa que busca poder absoluto, sem se submeter à autoridade de Deus; como a saúde é vista como sendo um dos pilares da civilização, então o hospital mantido pelo Estado se tornou a referência por excelência. O sistema de saúde privado existe como uma forma de completar as eventuais falhas do sistema público, do ponto de vista da eficiência econômica - por isso, esse sistema é tolerado, pois é conveniente para o Estado a existência desses hospitais. No final, o sistema de saúde se torna único, pois se pauta num cientificismo que busca arrogar para si o estado de exatidão em algo que não é exato.

3) Ora, a medicina é baseada em evidências e não em exatidão. E os indivíduos, em suas circunstâncias pessoais e profissionais, descobrem as coisas, tomando por base evidências que observam. E tudo isso leva em conta a individualidade desse médico, desse pesquisador, seja por conta de seus métodos de diagnóstico, as próteses que ele usa, os medicamentos que prescreve, assim como a que corrente da medicina ele faz parte. E como isso não é ciência exata, os medicos vivem o tempo todo em embate. 

4) O cientificismo, base da medicina de ordem pública, nada mais é do que uma fogueira das vaidades. Por isso que nunca dá certo - e não é à toa que a classe médica formada nessa linha médica é toda totalitária, pois tomam o país como se fosse religião.

5) Se a medicina é humana, então a investigação médica deve levar em conta que o outro é um espelho de meu próprio eu. E essa investigação leva em conta o fato de que tomo o meu país como se fosse um lar e que meus pacientes são como se fossem meus irmãos em Cristo. Eis aí porque a individualidade do médico edifica um verdadeiro personalismo, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus. Trata-se de um serviço privado, cuja sucessão se torna complicada, difícil de ser satisfeita. É mais comum encontrá-la em pessoas da família do médico ou em alunos que passaram pela escola de medicina que ele construiu, de modo a passar sua técnica aos outros. 

6) Eis os fundamentos da verdadeira medicina que se perdeu e que precisa ser resgatada. Se eu não descobrir o outro, então eu não posso ser médico.

Róger Badalum

Notas sobre a navegação da Arca de Pedro em águas traiçoeiras

1) O fato de a Igreja estar usando terminologia marxista não está no fato de que ela, a Igreja, se tornou marxista. Ela está tomando como se fosse coisa o fato de que as pessoas só se expressam dessa forma, uma vez que estão todas contaminadas pelo marxismo cultural que polui a nossa realidade. Ressalvado o risco de que essa terminologia, se tomada como se fosse coisa, relativiza a fé verdadeira, então é o risco que se corre quando se promove a verdade.

2) Ainda que haja padres e bispos sacanas atentando contra as tradições da Igreja, é verdade sabida que o mal não prevalecerá na Embaixada do Céu na Terra.

3) O marxismo cultural usa muitos elementos da lógica formal, pois está tratando como se fosse ciência exata algo que é profundamente inexato. E a melhor forma de se estudar a realidade é lidando com as contradições que há entre o que é a coisa e o que se diz sobre a coisa - e isso pede que se analise as coisas dentro de uma lógica paraconsistente, que admite as contradições, coisa que a lógica formal não tolera.

4) Se a encíclica é uma descrição da realidade divina, um discurso sobre o que se vê, então essa descrição deve ser a mais reta possível. Num mundo onde o marxismo é uma cultura, você deve falar as coisas de um jeito que a maioria das pessoas entenda e isso é um caminho tortuoso - afinal, a maioria dessas pessoas são vítimas das estratégias dos comunistas e se perceberem que foram enganadas, elas se voltarão contra a fé, pois não foram educadas no estudo da lógica paraconsistente.

5) Como diz a Bíblia, num mundo de desonestos, ser honesto é até um atentado contra si próprio. E a Igreja, ao escrever dessa maneira, está sendo conforme o Todo desse ensinamento que está contido na Bíblia, pois o marxismo é desonesto e se tornou cultura. O que ela fez foi navegar neste mar de lama - como a arca não vai afundar, então ela assumiu esse risco, mesmo pagando caro pelo martírio da incompreensão.

Capitalismo não é economia de mercado

1) Há quem diga que a Igreja não é contra o capitalismo. Dizem que, na verdade, a Igreja é contra os abusos, decorrentes do capitalismo.

2) As pessoas não percebem que o termo "capitalismo" foi inventado por Karl Marx e que estão tomando como se fosse coisa termos marxistas para explicarem a realidade das coisas, como se isso fosse a própria expressão da verdade. Se Marx era desonesto, então não faz sentido chamar capitalismo como sinônimo de economia de livre mercado, pois elas não estão percebendo que há uma tremenda diferença entre economia de mercado e capitalismo.

3) A economia de mercado pede pessoalidade, pois ela pede que os serem humanos, enquanto criaturas amadas por Deus, sejam todas levadas em conta. Os consumidores devem ser tratados como pessoas importantes - e que seus pedidos levam em conta suas necessidades pessoais, marcadas por suas circunstâncias únicas. O fato de a vida humana ser marcada por circunstâncias únicas não admite necessariamente padronização da cultura, base para a cultura de massa, assim como da economia de massa. 

4) Quando se ama mais o dinheiro do que as pessoas, então tudo é feito de modo a se retirar Deus do centro das coisas - e no lugar de Deus, fica o homem e toda a sua sabedoria humana dissociada da divina como senhores do universo, o que é um tremendo de um absurdo.

5) Uma economia de mercado sem Deus certamente terá a marca da impessoalidade. E como o dinheiro é visto como sinal de salvação, de predestinação, então a melhor forma para se chamar mais dinheiro para o patrimônio da empresa está no fato de atender necessidades de massa. E isso leva a concentração do poder econômico em poucas mãos - e isso os leva a ter poderes quase que divinos.

6) Como toda inovação tende a ser um desafio a toda essa ordem artificial, fundada em sabedoria humana dissociada da divina, então esses senhores da economia de massa se associam ao governo e acabam criando uma ordem totalitária, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele. E não é à toa que o capitalismo leva ao comunismo, como Chesterton bem apontou.

O Espírito Santo conhece todas as lógicas

1) Quando pedimos a intercessão do Espírito Santo, nós não estamos pedindo necessariamente que examinemos as coisas com base na lógica formal, mas que examinemos retamente todas as coisas, segundo esse mesmo Espírito. E a melhor forma de se examinar retamente todas as coisas, onde até mesmo as encíclicas possuem terminologias marxistas, é readequando a encíclica ao Espírito da verdade Cristã. É com isso que se abraça a verdade, apesar das contradições aparentes.

2) Se eu tivesse de fazer uma leitura formal dos textos da encíclicas dos papas pós-conciliares, por conta da presença de termos como "capitalismo "ou "justiça social", eu terminaria como o Peinado ou mesmo o Lustosa: um sedevacantista.

3) Antes de você entrar nesses assuntos da Igreja, você deve dominar a linguagem, estudar lógica e estudar a mentalidade revolucionária durante um bom tempo. E isso não se dá da noite para o dia.

Como a abraçar a verdade em tempos onde a Igreja usa termos correntes do marxismo

1) Não quero ser um radical tradicional, mas o uso de termos marxistas em encíclicas da Igreja acaba gerando o risco de se relativizar a verdade.

2) Para se não se jogar fora a verdade dita pela Igreja, é preciso que se faça a readequação da forma da encíclica sem esses termos marxistas, de modo a que sirvam melhor à verdade. Então, a leitura da encíclica deve ser fundada em lógica paraconsistente, de modo a lidar com as contradições acidentais, aparentes, do texto. O texto não pode ser mais lido de maneira formal, mas dentro do espírito cristão, que se funda na verdade. A própria presença do Papa Francisco mesmo pede que examinemos as coisas na verdade, readequando as contradições acidentais dos textos ou dos ensinamentos que ele passa.

3) Cristianizar usando termos da linguagem marxista, como "justiça social", "capitalismo", tudo isso levará à perda da fé, pois as pessoas foram educadas a tomarem o fato como se fosse coisa. Até mesmo a educação das escolas leva à promoção da lógica formal como sendo a rainha ou mesmo a mestra da verdade.

4) O radicalismo tradicional é fruto da promoção da lógica formal como sendo a ordem do dia. Mas o verdadeiro radicalismo cristão pede necessariamente que se lide com as contradições acidentais com caridade - e isso pede lógica paraconsistente. Enquanto essa readequação não é feita, devemos ler como católicos - e a chave está na lógica paraconsistente, que admite essas contradições, pois sabe que a mente humana, marcada pelo pecado original, é falha.

A incoerência dos libertários é incontornável

1) Não tem jeito: para ser altamente lucrativa, uma economia massificada pede necessariamente planejamento. E para se atender ao conjunto dos empresários que atuam no atendimento da economia de massa, até mesmo o governo deve adotar políticas que imitem o comportamento das fábricas. Logo, terá que adotar planejamento - e isso leva a uma intervenção cada vez mais crescente na economia, a ponto de dizerem que tudo está no Estado e nada pode ficar fora dele.

2) Os libertários são incoerentes. Eles são contra o Estado, mas eles não percebem que ao massificarem os seus serviços, por conta do amor ao dinheiro, eles estão edificando toda uma ordem totalitária fundada no fato de que a fraternidade universal não existe, além do fato de que os ricos vão para o Reino dos Céus, por conta de terem sido escolhidos por Deus para isso - e uma dessas evidências está no fato de que a riqueza é um sinal de predestinação.

Por que a Igreja é contra o capitalismo

1) Quando a Igreja é contra o capitalismo, ela está sendo contra a ordem econômica fundada na impessoalidade e na massificação, pois ela coisifica o homem e retira a noção de que ele é um ser amado por Deus.

2) Além disso, a massificação se funda na abstração, pois o homem quer arrogar o papel de Deus, o que não passa de uma tremenda utopia.

3) A ordem econômica fundada na massificação pede necessariamente uma ordem social fundada na massificação e que atenda aos interesses de uma economia massificada - e isso pede uma burocracia cada vez mais crescente, de modo a dirigir tudo, com base no tempo dos homens e no capricho dos mesmos. E é nesse ponto que libertários preparam o caminho para os totalitários, pois conservam o que é conveniente e dissociado da verdade.

A noção de paridade leva ao casamento

1) A noção de par pede que A e B sejam complementares. Isso pede necessariamente que A faça coisas naturalmente diferentes de B, por ser essencialmente diferente de B.

2) Se A é homem e B é mulher, a noção de par leva ao casamento, pois Deus criou os sexos de maneira diferente e complementar, de modo a que cada um tivesse seu papel no contexto da criação. Da ligação entre esses dois pontos, isso pede necessariamente uma vida reta, uma consciência reta e uma fé reta.

3) A noção de família pede necessariamente que A faça coisas diferentes de B por ser homem, assim B como fazendo coisas diferentes de A por ser mulher. Logo, A e B são insubstituíveis, por serem personalíssimos, tanto por suas qualidades inerentes quanto pelo caráter, coisa que os leva a amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4) A noção de igualitarismo leva à figura da confusão. Se A e B são do mesmo sexo, então haverá confusão de papéis, assim como indiferentismo quanto à importância dos papéis assumidos. Logo, não se sabe quem é pai e quem é mãe. Além disso, haverá uma freqüente disputa de A e B para ser o pai ou a mãe, por conta de conveniências ou vaidades - logo, quem perde são as crianças, pois falta a elas a figura clara de quem desempenha esses papéis. 

5) No igualitarismo sempre haverá a figura do divórcio, pois A e B podem rotacionar seus papéis, podem introduzir pessoas estranhas à relação e podem ser substituídos uns pelos outros. Logo, a impessoalidade, própria da ordem econômica massificada, será a marca das relações familiares - é por conta disso que a instituição familiar termina sendo extinta, seja pela confusão dos papéis, seja pela cultura de indiferença pelo próximo, coisa que é incentivada ao introduzir elementos da cultura de impessoalidade em algo que é por natureza sagrado e divino. Isso gera um caos jurídico daqueles, sem contar o caos humanitário e cultural.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Notas sobre o potencial de me fazer às vezes de aluno

1) Como parte do projeto de produzir informações estratégicas, agora vou me valer da condição de ex-aluno das Universidades Católicas de modo a obter informações de tudo aquilo que é relevante e repassar aos meus contatos nas redes sociais.

2) Penso em até mesmo assistir aulas como ouvinte, me fazendo às vezes de aluno de modo a assistir àquilo que é relevante e necessário. Vou tentar saber quem é sério e quem não é sério. É um trabalho que consome muito tempo. E com isso vou integrar os alunos sérios aos professores sérios.

3) Além disso, é uma forma interessante de construir um mercado de file-sharing, de modo a compartilhar o que é relevante e ser remunerado a cada download.

Do potencial do facebook como ferramenta de integração real dos sérios

1) Na época em que cursei faculdade, não havia facebook - e mesmo que tivesse, eu não tinha tempo para bem me dedicar à rede social da forma como hoje me dedico. Havia o orkut, é verdade, mas ele não tinha a mesma dinâmica que este tem.

2) Hoje, eu moro perto da UERJ e do Centro da Cidade. Chegar lá não é tão desgastante quanto era antigamente. Hoje, eu tenho uma câmera para fotografar o que considero relevante e um gravador para registrar as aulas que ouço ou alguma conversa relevante que vejo por aí.

3) Com as facilidades que tenho online, agora posso ir atrás de todas as pessoas que considero importantes, de modo a obter as informações de que preciso. E como conversa puxa conversa, finalmente posso ter a vida acadêmica que tanto quis ter, sem ter que me sujeitar à mediocridade alheia.

4) Os tempos online favorecem à atividade intelectual independente. E as grandes teses nascem de gente que faz esse papel, se levarmos em conta o que o Olavo nos diz. Vou aproveitar isso e conseguir o que preciso.

5) Se o vôo e a estadia fora da minha sede fossem a preço justo, eu passaria boa parte do tempo indo a todos os cantos do país, de modo a encontrar os sérios.

Do potencial de fazer jornalismo caseiro

1) Toda vez que eu estiver fora de casa, eu vou tentar levantar informação de tudo o que julgar relevante, seja por conta das minhas investigações, seja por conta de divulgar coisas interessantes que encontro na minha localidade, na minha circunstância.

2) De certo modo, estou começando a praticar jornalismo verdadeiro, como era em seus primórdios.

3) Essas investigações produzem informações estratégicas - e com isso vou obtendo o que preciso, de modo a fazer o que é necessário: obter informações desde lá de dentro das faculdades, infestadas de comunistas.

Até mesmo dados culturais refutam a utopia do libertarismo

1) Em espanhol, dependiente é o vendedor que atende aos clientes.

2) No comércio, o comerciário (vendedor) age subordinado ao patrão (comerciante - logo, é seu empregado.

3) Na indústria, que prepara o caminho para o comércio, é a mesma coisa.

4) Numa economia onde as relações sociais se dão por instrução e dependência, a tendência é haver conflito de interesses qualificado pela pretensão trabalhista. Eis a justiça trabalhista.

5) Falar numa linguagem liberal em que o empregado é colaborador do patrão não soa muito natural na língua espanhola.

Fazendo jornalismo por minha própria conta



1) Mesmo estando fora de casa, eu sempre dou um jeito de registrar alguma coisa relevante, quando estou na rua.

2) Exemplo disso é este trabalho de Pós-Graduação latu-sensu sobre as relações entre os índios aos tempos da França Antártica, povoamento esse feito por Huguenotes (calvinistas franceses).

3) Os que queriam a independência do Rio de Janeiro levam em conta as antigas relações com a França, seja por conta dessa época, como também a influência arquitetônica da Belle Époque.

4) Eis aí algo que merece ser apreciado. Vou ver se obtenho uma cópia desse trabalho para as minhas próprias investigações.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Tomar o país como se fosse um lar em Cristo assemelha-se a uma saga

1) João Guimarães Rosa escreveu um texto chamado Sagarana, onde rana, em tupi, quer dizer semelhança.

2) Em polonês, rana quer dizer ferida, coisa que nos remete às chagas de Cristo, por conta da Crucificação.

3) Se devemos conservar a dor de Cristo, então nós precisamos fazê-lo o mais rano (cedo) possível, pois a santidade é algo que deve ser buscado com uma certa pressa - eis a nossa esperança. E isso se assemelha a uma saga, pois é a ponte que liga a terra ao Céu.

4) Quando se toma o país como se fosse um lar em Cristo, essa saga vai se distribuindo à população, de modo a que esse imaginário se torne algo comum a todo o povo, coisa que é parte da cultura popular. Eis o distributivismo da literatura como causa do nacionismo e do comunitarismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2016 (data da postagem original)

Notas sobre a semelhança entre o historiador e o poeta

1) Fala-se muito da semelhança entre o historiador e o poeta - enquanto o primeiro trata do que realmente aconteceu, ao tomar o fato como se fosse coisa, o segundo conta aquilo que poderia ter acontecido, ainda que isso não tenha ocorrido.

2) Quando se toma o país como se fosse um lar, devemos levar em conta o que ocorreu e o que poderia ter acontecido, pois devemos levar em conta o que se vê e o que não se vê. Muita coisa boa poderia ter acontecido, se não tivesse no poder uma quadrilha de criminosos que toma o país como se fosse religião totalitária de Estado e que governa as coisas com base no interesse pessoal e na fisiologia. Como o totalitarismo, o comunismo, é uma erva daninha que parasita essa grande árvore viva e frondosa que é a nação tomada como se um lar em Cristo, ele vai fazendo as coisas até o mundo não passar de uma grande floresta só composta de árvores ocas. Eis o internacionalismo comunismo, pois o nacionalismo totalitário prepara o caminho para isso.

3) Quando se leva conta o que não se vê, você também está levando em conta quem ainda não nasceu, mas que um dia poderá assumir o seu lugar, quando morrer. Eis aí a literatura como complemento dos estudos de História da Pátria: se os documentos são monumentos, então eles nos apontam para aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, pois eles nos apontam tanto para o que aconteceu quanto para o que poderia ter ocorrido. E tudo isso deve ser levado em conta.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O Brasil nunca foi colônia

1) Há quem diga que o Brasil era colônia de Portugal.

2) Até agora, eu não vi nenhum documento de época, dos poucos que vi nas Revistas de História da Biblioteca Nacional, chamando o Brasil de "colônia". O Brasil já foi Terra de Santa Cruz; o Brasil já foi Estado, junto com o Maranhão; o Brasil já foi vice-reino; o Brasil já foi reino.

3) Se o Brasil fosse colônia, Portugal teria que criar um estatuto colonial, tal como a república Portuguesa criou para a África durante os anos 20.

4) O Brasil só voltaria a ser vice-reino, a ponto de se tornar província ultramarina, como já foi antes. Colônia o Brasil nunca foi; e se ele se tornasse, seria por conta dos nefastos liberais que fizeram a famigerada Revolução Liberal do Porto.

5) O Brasil não fez independência, se por independência entendermos construir um destino dissociado àquilo que foi edificado em Ourique. Houve, na verdade, foi secessão de modo a conservar o que era conveniente e sensato para nós. Só depois, por conta dos modismos e da má influência da cultura francesa sobre o nosso povo, ao longo do Império, é que fomos decaindo até virar este lixo, esta republiqueta que nos domina, que nos leva totalmente para fora da nossa vocação, enquanto pátria. E quem acreditar nessa mentira não passa de apátrida, tal como acontece com a maioria da população, que manteve a república presidencialista quando houve o plebiscito, em 1993.

O Brasil é um Império e não uma nação

1) Para os EUA serem uma nação, eles precisaram romper com as origens.

2) Os EUA surgiram da heresia do Rei Henrique VIII - este rompeu com Roma e fundou uma Igreja. Como ele passou a ser o chefe político e religioso da nação, o país foi tomado como se fosse religião - e quem não comungava dessa sabedoria humana dissociada da divina tinha que sair da Inglaterra e ir para o Novo Mundo. 

3) Por conta do fato de a Inglaterra ser tomada como se fosse religião, por conta do fato de o protestantismo não acreditar em fraternidade universal, os perseguidos começaram a desenvolver uma república democrática - essa sociedade acolheria o fato de que todos os indivíduos têm a sua verdade - e que isso devia ser tolerado, respeitado, já que o Estado não pode se imiscuir em questões religiosas. E isso foi crescendo até o ponto de os EUA romperem com a Inglaterra e forjarem o seu próprio destino.

4) O Brasil, por sua circunstância, jamais será uma nação como os EUA. 

5) O Brasil nasceu em Ourique a partir daquilo que foi dito por Cristo Crucificado a D. Afonso Henriques. Os portugueses serviriam a Cristo em terras distantes.

6) Em 1500, houve o desdobramento da tradição no continente americano - e a nação, colaborando com os portugueses, começou a crescer e a se tornar mais importante do que o território original da própria metrópole, por conta de sua natureza continental. O Brasil, dentro do contexto do Império Colonial Português, cedo ou tarde seria a sede do Quinto Império. A maior prova disso é que, nos momentos de perigo, a corte portuguesa pôs-se a salva no Brasil, quando Napoleão invadiu Portugal.

7) Para o azar do Império Português, a nefasta influência dos valores revolucionários da Revolução Francesa fincou raízes, a ponto de gerar uma revolução liberal no Porto. Por conta desses valores novos, fundados no amor ao dinheiro, tudo que o Brasil conquistou por conta da presença da corte aqui corria o risco de ser perdido - e a secessão foi necessária. 

8) Os valores da nobreza e da alta cultura que vieram com a corte portuguesa deram base ao Império do Brasil. Mas o grande erro, por conta da influência dos valores da revolução francesa, foi pensar que o Brasil era uma nação independente de Portugal. A grandeza do Brasil decorre da grandeza de Portugal - se Cristo não for visto como a razão dessa grandeza, o Brasil será condenado à mediocridade. Ao romper com os valores de Ourique, ao imitar os valores franceses e ao imitar os valores americanos, o país trocou os fundamentos do antigo regime, que eram edificantes e que durariam até a reunificação eventual do Reino Unido, por uma cultura nula e vazia, totalmente deslocada da razão de ser da pátria.

9) Essa maldita mania que os apátridas têm de imitar o que vem de fora e que não tem nada a ver com a pátria é uma constante em nossa história. O maior exemplo é que a maioria pensa em conservadorismo usando uma base importada, ao passo que eu penso dentro de uma tradição que é nossa, herdada de Portugal. O dia em que pararem de pensar que o Brasil é uma nação será uma bênção. O Brasil é um império e foi feito de modo a servir a Cristo em terras distantes - a verdadeira nação imperial por excelência é o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - e isso não vai mudar.

Notas sobre a cultura do auto-engano e seu impacto no Brasil

1) Questionar a autoridade de Deus é questionar o postulado de que Deus é bom e justo. A Igreja enquanto esposa de Cristo é acessório que segue a sorte do principal. Se a Igreja não erra, isso é um atestado de que Deus não erra - além disso, Jesus garantiu que o mal não prevaleceria sobre ela.

2) Quando os postulados são questionados, então não faz sentido fazer ciência, pois a noção de verdade desaparece. Se a noção de verdade desaparece, então a noção de realidade, bem como o conteúdo que pode ser extraído daí, desaparece.

3) O conhecimento, então, tende a ser apenas tomado por conta de sua aparência, de sua forma. E isso revela uma intenção de dominar e não de salvar. Não é à toa que a salvação pelo conhecimento, pela forma, nada mais é do que falácia, pois é fingimento, auto-engano.

4) Pensar em independência do Brasil, criando uma realidade política e social dissociada daquilo que foi edificada desde Ourique, leva a que o auto-engano seja a ordem do dia. O fato de Machado de Assis ser a maior referência nessa questão é um atestado do que é o quinhentismo, enquanto subproduto do libertarismo: auto-engano.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2016 (data da postagem original).

Sobre a finalidade das teorias puras

1) Quando se fala em Teoria Pura de alguma coisa, geralmente está se referindo ao que Kant tanto prega: estudar a coisa em si mesmo, em sua forma, como se ela tivesse a sua própria verdade.  Isso implica tomar a forma como se fosse uma verdadeira religião, o que é um certo tipo de Sola Scriptura. E não foi por acaso que essa desgraça nasceu em um solo protestante, pois acessório segue a sorte do principal.

2) Toda análise sociológica que toma o fato social como se fosse coisa tende a fazer uma análise pura, sem levar em conta se isso é ou não conforme o Todo que vem de Deus, posto que não há autoridade que nos remeta valores verdadeiros e eternos, base fundamental para se estudar a realidade, pois a bondade de Deus não pode ser questionada, uma vez que é postulado. Tomar o fato social como se fosse coisa diz muito mais sobre a intenção da análise: se os homens querem ser deuses ou afirmarem que nem mesmo Deus vai dinamitar essa verdade, tal como disseram com relação ao Titanic, então isso é um claro indício de desonestidade intelectual. Isso é um atestado de mentalidade revolucionária. Isso é um tipo de confissão.

3) Quando se pensa em termos formais, isso só revela os interesses escusos do investigador ou de um grupo de investigadores de modo a que consigam o poder, ao levar todos os ouvintes a acreditarem que aquilo é mesmo uma verdade, pois esse trabalho se tornou uma espécie de sacerdócio. Enfim, essa investigação, pretensamente científica, não passa de pura falsificação, de fingimento, pois não é conforme o Todo que vem de Deus.

5) Se Kant influenciou no positivismo de Comte e no positivismo de Kelsen, e o Brasil foi herdeiro dessas duas tradições nefastas, então é perfeitamente possível afirmar que isso é a conforme à natureza dos apátridas que nasceram e moram nesta terra, que agem contra aquilo que foi edificado em Ourique. Isso produziu uma cultura que precisa ser extirpada, pois ela prepara o caminho para o totalitarismo comuno-petista.

6) Enquanto essa cultura não for extirpada das nossas universidades, de nossos meios acadêmicos, é perfeitamente possível que o comunismo volte ainda com mais força, pois eles tendem a tratar essa gente com afável cortesia, tal como fez Hayek. E isso não pode ser tolerado.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Notas sobre a lógica jurídica

1) A lógica jurídica ou deôntica leva em conta o seguinte: 

1.1) a lei permite ou não permite determinada conduta; 

1.1.1) Quando permite, essa conduta tipifica como algo facultativo (um direito) ou como algo obrigatório, um dever

1.1.1.1) Quando tipifica um dever, ela estabelece os requisitos legais para o cumprimento estrito desses deveres, assim como uma sanção de modo a punir quem age contra a lei.

2) A lógica jurídica parte do pressuposto de que a lei é a suprema manifestação da justiça, pois nela encontramos os parâmetros necessários modo de a que encontremos a verdade no seio das relações humanas e assim declarar o que é certo e errado, de modo a se fazer justiça. Por conta disso, obedece a uma lógica formal, clássica, de um mundo tipicamente pagão, como foi o grego ou o romano.

3) Em si, isto não está errado. O problema é que, por conta do pecado original, o homem pode escolher estar em conformidade com o Todo que vem de Deus ou conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Deus permite o pecado de modo a que os sensatos compreendam os seus erros e se reconciliem com Deus.

4) Quando governantes ricos em sabedoria humana dissociada da divina assumem o poder, as leis todas obedecerão a essa lógica - e conservarão o que é conveniente e dissociado da verdade. Por conta disso, o que a lei proíbe ou permite se torna algo insensato, pois salta à lógica daquilo que é fundado no verdadeiro, naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Como Deus é a verdadeira constituição, essas leis são naturalmente inconstitucionais, pois atentam contra as leis de Deus, fundadas na bondade e na caridade.

5) Kelsen, quando olhava para um sistema constitucional fundado na forma, ele adotava elementos do raciocínio clássico pagão, que tomava o fato da lei como se fosse coisa, como se o homem fosse um Deus. Se a lei A da Constituição fosse contraditória na realidade e no seu conteúdo com a lei B da mesma Constituição, para ele não haveria contradição, pois a constituição é a expressão, a forma máxima da verdade, dentro do território da nação, pois a Lei Suprema não tem termos inúteis, mesmo que seu conteúdo fosse contraditório. E o constitucionalismo levaria ao país ser tomado como se fosse religião - e a jurisdição constitucional seria o sacerdócio. Ou seja, o juiz da Suprema Corte seria equiparado a um Papa.

6) É fato sabido que a lógica clássica, ou formal, é falha - ela não abarca a estrutura da realidade, pois o homem é pecador e está sempre em constante contradição, onde alguns conservam o que é bom e sensato, ao passo que outros conservam o que há de mais insensato, ponto de quererem estar no lugar do próprio Deus verdadeiro. Se Deus não for levado em consideração, é impossível encontrar o conteúdo da realidade nas coisas que foram postas e assim encontrar a justiça. Pois o mundo foi criado - e Deus nos deu razão de modo a que investigássemos as coisas, pois estas nos apontam para aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

7) Quando se estuda a lógica paraconsistente, nós examinamos se as leis humanas estão em consonância ou em contradição com as leis de Deus. E as leis são produtos de uma ordem que foi edificada em Aliança do Altar com o Trono, tal como se estabeleceu em Ourique, ou a partir da separação da Igreja com o Estado, de modo a que todos tenham a verdade que quiserem, o que edifica liberdade para o nada, tal como se deu nesta República. O Estado, que é um fruto do homem, está sujeito às contradições, pois as instituições seguem a sorte de seu principal, o homem, marcado pelo pecado original.

8) Numa ordem de pecadores, o Estado será totalitário e a apatria será sistemática; numa ordem de virtuosos, a santidade será sistemática e o país será tomado como se fosse um lar em Cristo. O que protege a santidade do país é a permanente vigilância. O católico deve estar sempre atuando na política de modo a que a ordem que prepara para a santidade não se corrompa. A liberdade constitucional, enquanto natural right, depende do fato de que esta ordem precisa estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, de modo a ser justa - e isso pede eterna vigilância.

O salvacionismo mata o natural right pela entropia

1) Com X = 0, o que salvacionismo impede é o acúmulo de experiências decorrentes de um natural right.

2) Sem a presença de uma tradição constitucional viva, ela terá que ser reconstituída historicamente - e isso será extremamente trabalhoso. Pois a política leva em conta todas as tensões e contradições da realidade, de modo a que o conveniente e sensato seja preservado, de modo a que as pessoas possam progredir, em termos de ordem, dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) O salvacionismo - a tentativa de se reescrever a constituição dentro de uma ordem instável, sem Deus - é altamente destrutivo, pois favorece a mentalidade revolucionária, por conta da sucessiva entropia, pois mata todas as tensões de realidade regidas pela Carta Constitucional vigente.