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quinta-feira, 28 de junho de 2018

Notas sobre o preço da curiosidade

1) Só por curiosidade, pesquisei sobre Stephen Toulmin no Wikipedia e vi que muito do que ele pensa tem por base a filosofia analítica do Wittgenstein, aquele do Tratado Lógico-Filosófico. Ou seja, lá vou eu ter de ler Wittgenstein para entender o Toulmin.

2) Isto significa que entrei numa seara que vai muito além do que realmente sei. Estarei entrando em um campo filosófico muito discutido nos anos 80 e 90 nas universidades americanas e britânicas e terei de acompanhar a evolução do estado da questão até os tempos atuais.

3) Sem culpa minha, entrei numa discussão interessante com mais de 30 anos de atraso - e essa discussão em si para mim é promissora. Para o zé-povinho que está aprendendo a filosofar com a Marcia Tiburi, eles vão comer grama por mais de 60 anos.

4) Por mais uma ou duas gerações, estaremos atrasados nos problemas filosóficos em mais de 100 anos, já que o pensamento acadêmico no Brasil parou nos anos 70 do século XX, dado que falam de Habermas e da Escola de Frankfurt como se fossem uma grande novidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de junho de 2018.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Diário intelectual - 27-06-2018

1) Por conta do Civilization V, eu tratei de estudar quem foi Afonso de Albuquerque. Pesquisei na Wikipedia em inglês e encontrei muitos livros em inglês e livros editados em Portugal sobre ele.

2) O professor Loryel Rocha fala que os americanos estão a produzir muitas informações de qualidade sobre o Império Português. Por isso, vou comprar esses livros na medida do possível. 

3) Quando tiver meus textos publicados, vou me dedicar a traduzir esses textos cuidadosamente - e procurarei uma editora para pubicá-los. 

4.1) Confesso que desde 2014 eu não mais me dedico a traduzir alguma coisa, já que escrever e produzir reflexões tomou muito do meu tempo. E se no curso da tradução vier uma sucessão de boas idéias, então vou ter que parar a atividade até o fim do ciclo. 

4.2.1) É isso que me acontece agora - parece uma tempestade no deserto. Algo imprevisível, mas que sempre vem e vai - e preciso estar pronto para escrever o que Santo Espírito de Deus me manda. 

4.2.2) Por isso que a tradução sempre me será uma atividade secundária, uma atividade preparatória. Posso não ganhar muito dinheiro com traduções, mas certamente é um tesouro que pode ser posto em circulação, se houver verdadeira demanda por saber.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de junho de 2018.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Do vice-rei como chefe de governo no além-mar

1.1) O segredo para um governo estável é que o chefe de governo seja imitador dos santos anjos de Deus, a ponto de ser um mensageiro do povo que guia a máquina pública de modo a guiar todos os projetos civilizatórios que fazem o país ser tomado como um lar em Cristo, a ponto de nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu. 

1.2) Enquanto ele conduz esse trabalho, tal como um capataz ou um vice-rei do Egito, tal como se deu com José, seus atos são sancionados e moderados pelo Chefe de Estado, no caso o vassalo de Cristo que foi feito para governar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves pela graça de Deus.

2.1) No caso do Brasil, em que as pessoas tomam o país como um lar servindo a Cristo em terras distantes por meio da santificação do trabalho, no caso a extração de pau-brasil e outros recursos preciosos da terra, a tarefa do vice-rei é ser um chefe de governo e que age como um representante no Rei naquilo que o povo mais necessita, fazendo valer a lei e aplicando a justiça. Um construtor de pontes, fazendo os dois lados do Atlântico serem tomados como um mesmo lar em Cristo.

2.2.1) Cada vice-rei procura manter o legado do mensageiro anterior e acrescenta novos ângulos e novas direções à administração de modo que as coisas se aperfeiçoem com o passar do tempo, contribuindo para a máxima glória de Cristo, dentro do contexto de servir a Cristo em terras distantes. 

2.2) Dessa forma, uma alternância de governo é uma alternância de mensageiros, uma troca de turno entre os anjos que guarnecem a terra de modo a ser tomada como um lar em Cristo, sem que se perca o essencial, que é servir a Cristo em terras distantes. 

3.1) É preciso vigiar para que não se perca esse senso - e essa vigilância precisa ser permanente, já que os maçons semeiam a divisão e a traição a Cristo a ponto de dividir uma família em várias facções. Essas facções representam seus próprios interesses, fundados no amor de si até o desprezo de Deus. 

3.2) O governo de facção perverte a representação de tal maneira que o sucessor sempre sabotará o governo do predecessor e o futuro, a ponto de desfazer as pontes criadas que fazem o país ser tomado como um lar em Cristo, ligando a terra ao Céu. Afinal, todo mundo têm o direito a acreditar na verdade que quiser, a ponto de não haver verdade nenhuma - eis porque eles são libertários e conservantistas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de junho de 2018.

domingo, 24 de junho de 2018

Não há candura nos candidatos

1) A rigor, candidato vem de candidatura - o que, por sua vez, vem de candura.

2) Ou seja, o candidato deve imitar os santos anjos, pois agem como mensageiros de Deus. E nesse sentido, deveriam imitar o anjo Custódio, o anjo de Portugal.

3.1) Ora, os conservantistas de 1822 mandaram para as cucuias todas as nossas fundações lógicas e espirituais. 

3.2) Se tivesse que examinar a rigor a candidatura de todos os pré-candidatos, então todos eles são paus-mandados de grupos globalistas. Há o maçônico-sionista (Bolsonaro), o russo-chinês (Ciro) e o financeiro (Marina). O grupo islâmico tem em Dória seu principal aliado (ele influi no PSDB).

4) Onde está o caráter nacional dessa eleição? Simplesmente não há porque o que decorre de Ourique foi rejeitado. E a pedra rejeitada tornou-se agora a pedra angular da contra-revolução.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de junho de 2018.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

A prova cabal de que Olavo é conservantista e apátrida

Felipe Marcelino: José, veja isto que o Olavo diz. Isto não faz sentido:

Praticamente todos os fundadores do Império e da República no Brasil foram maçons. Rejeitar toda política que seja de inspiração maçônica próxima ou remota equivale -- literalmente -- a condenar como um pecado histórico a própria existência do Brasil e só admitir como política legítima a reintegração do país no Império Português. Aqueles que não são capazes de viver a religião católica na sua esfera pessoal tratam logo de transformar o catolicismo numa carga de exigências políticas impossíveis e jogá-la sobre as costas dos outros.

Olavo de Carvalho

Facebook, 21 de junho de 2018

https://web.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10156370303677192

Carlos Cipriano de Aquino: O Olavo está se revelando quem realmente é, sem que se peça.

Carlos Cipriano de Aquino: Que conservadorismo mais fake o dele, hein? Ele quer que o Brasil permaneça desvencilhado do império português e das suas raízes lusitanas.

José Octavio Dettmann: Quando digo que o Olavo é conservantista, sei exatamente o que estou dizendo. É por isso que sou Ouriqueano com muito orgulho.

Felipe Marcelino: Esse filme do José Bonifácio está a separar o joio do trigo

José Octavio Dettmann: E no caso, o joio é o Olavo.

Felipe Marcelino: O Carlos Nougué tem uma postura católica, enquanto o Olavo cedeu ao liberalismo.

José Octavio Dettmann: Exatamete.

Felipe Marcelino: Esse post mostra a implicância dele em relação ao Estado católico, ao reinado social de Cristo Rei. Ele prefere seguir a linha maçônica - e isso é fazer pacto com o diabo.

Maurício da Silva: "viver a religião católica na esfera pessoal". Fala sério! É por isso que o Olavo é bem sofista neste aspecto. Ele fala como se não fosse possível rejeitar O QUE HÁ de maçônico na política, seja de forma próxima ou remota.

José Octavio Dettmann: E foi esse pacto com o diabo que nos levou ao precipício. É o que dá conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

Felipe Marcelino: É muito triste constatar essa divisão até nos intelectuais conservadores.

José Octavio Dettmann: Quem conserva a dor de Cristo está sempre unido a Ele e é conservador. O professor Olavo nunca foi conservador, já que não conserva a dor de Cristo, incluindo essa missão que decorre de Ourique e que deu causa ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Ele está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade - no caso, esse projeto maçônico fundado sob a alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, a ponto o país de ir em busca de si mesmo, sem Cristo. Por isso que a secessão do Brasil foi uma traição àquilo que decorreu de Cristo em Ourique, fazendo do Brasil um império anticristão.

José Octavio Dettmann: Conservador pra mim é o Nougué, eu mesmo e muitos outros que têm consciência daquilo que se fundou em Ourique.

Felipe Marcelino: É isso mesmo. E é a esses intelectuais que temos de dar atenção para não cairmos nas armadilhas do pai da mentira

José Octavio Dettmann: Exatamente.

Rio de Janeiro, 22 de junho de 2018.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

O hábito da digitalização de livros treina a atenção, essencial para se fazer uma leitura de autor para autor

1) Para se ler um livro, você precisa dissecar os parágrafos em tópicos de modo a facilitar o entendimento, tal como tenho feito em meus artigos. É preciso cruzar os destaques de cada parágrafo de modo a compreender o que está sendo dito. Às vezes, é preciso fazer uma análise sintática de modo a entender a intenção do autor.

2) Caso surja a oportunidade, escreva meditações sobre o que você encontra ao longo do caminho. E, se necessário, recorra a outras leituras, bem como a dicionários.

3) Como leitura exige atenção, um hábito altamente eficaz que desenvolve a atenção é digitalizar livros, convertendo-o do papel para o meio digital. Faça isso você mesmo, pois tal exercício é altamente benéfico, pois treina a atenção, bem como a esperança, a paciência, o que é essencial para se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, o verdadeiro fundamento da vida intelectual.

4) Eu confesso que não gosto muito da forma como o mundo produz seus ebooks - a tela do tablet tende a dispersar, a ponto de produzir uma leitura mais en passant. Se tiver que fazer ebooks, será do meu jeito, com links vivos onde a pessoa vai direto na informação que menciono, seja um artigo, um post ou um livro que eu próprio digitalizo. Para o livro em papel, eu preciso botar tudo no formato ABNT, o que dá um certo trabalho.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de junho de 2018 (data da postagem original).

terça-feira, 19 de junho de 2018

Da importância de se tomar o Brasil e Portugal como um mesmo lar em Cristo

1) No gênero, todo português serve a Cristo em terras distantes; na espécie, este, quando se encontra na América, se santifica quando extrai pau-brasil, pois é dessa madeira que se extrai o vermelho que é usado nas roupas da nobreza, em especial dos cardeais, já que eles representam o sangue dos mártires que deram a vida de modo que a Igreja de Cristo crescesse - e este é o verdadeiro significado do servir a Cristo em terras distantes. Da mesma forma, é do pau-brasil que costumam vir os melhores violinos - e esses violinos são usados em música clássica, que imita o exemplo da Igreja, a ponto a apontar para o Céu tudo o que decorre da grandeza dessa música. Enfim, é servindo à nobreza que se edifica alta cultura - e dessa forma a ibirapitanga se torna ibirarama, com futuro promissor.

2) Sem o gênero, a espécie perde a sua conexão de sentido, sua razão de ser. A ibirapitanga deixa de ser uma ibirarama e passa a ser ibirapuera, já que ela quis buscar a si mesma, sem Cristo, quando se separou de Portugal e daquilo que decorre de Ourique. 

3) A restauração da relação de gênero e espécie precisa ser restaurada a partir do momento em que Cristo nos ensina a dizer a uma oliveira a sair de onde se encontra e ir fincar-se no mar (ou no além-mar, como se deu em Ourique). E o primeiro passo para isso implica tomar Portugal e Brasil como um mesmo lar em Cristo a ponto de se restaurar essa relação de gênero e espécie, o que faz com que o Império fundado para Cristo seja mesmo um império de cultura.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de junho de 2018.