1)
Se um dos fundamentos do ideal republicano em Roma é o fato de que
nenhum homem deve ter poder sobre outro homem, então a mais elevada da
instituições criadas pelo Homem - o Estado, segundo Hegel - teria uma
relação de senhoreagem e não de soberania. A relação seria por conta de
um direito real, recaindo sobre terras e não dizer o direito entre os
que estão sujeitos à lei do Estado, o que levaria à anarquia e aos
abusos. Não é à toa que isso é o sonho de todo
libertário-conservantista.
2.1) Os romanos se livraram da monarquia porque não queriam tirania, mas liberdade. Estavam corretos em dizer que a virtude republicana estava no bem comum, fundamento que faz tomar o país como um lar - o único problema é que a verdade, Cristo, não estava entre eles. Eis aí porque Roma sofria dos problemas inerentes desse regime: a corrupção e os abusos.
2.2.1) Somente quando Cristo esteve entre nós, durante a Pax Romana - a qual foi convertida numa Pax Christiana -, que a república evoluiu numa forma de Império, com poder moderador.
2.2.2) Não seria mais um César, um imperador tomado como se fosse um Deus vivo, que diria o direito, mas um vassalo escolhido por Cristo de modo a servir a Ele em terras distantes, de modo a que atingisse a todas as nações do mundo. Este é o verdadeiro governo global.
2.3) De todos os impérios do mundo, contados desde o Império Acadiano, o único império que não foi fundado no esquema globalista foi o português, justamente porque foi fundado pelo próprio Cristo. É neste império que ocorrerá a Pax Christiana, pois Cristo é o verdadeiro augusto - nela, a causa nacional casa-se com a causa universal, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.
3.1) Se houver uma teoria do Estado específica do Império português, ela vai ter que acompanhar a gênese do Império Romano e saber de que modo o casamento entre Atenas, Roma e Jerusalém agradou o Senhor e produziu uma época em que os homens mais estiveram coprometidos com esse projeto salvífico e por que razão Deus considerou o dia 25 de julho de 1139 como o tempo oportuno para se implantar esse império de cultura, num tempo em que a Cristandade esteve seriamente ameaçada pela dominação muçulmana.
3.2) É como Cristo tivesse enxertado o que havia de bom na Pax Romana de modo a criar uma Pax Lusíada. É como se o templo do Senhor tivesse sido reerguido milagrosamente, após o templo ter sido destruído novamente pelos romanos.
3.3.1) Ao contrário da Polônia, Portugal não começou como uma casa de palha para depois se tornar uma casa de madeira e depois se tornar uma casa feita em pedra. Para dizer a verdade, a casa de pedra foi erguida milagrosamente, sem passar pelos estágios evolutivos.
3.3.2) Toda a experiência prévia estava lá. Além do milagre, havia ainda a alta cultura para ajudar. E é isto que talvez explique a natureza diferenciada deste Império.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 3 de maio de 2017 (data da postagem original).
2.1) Os romanos se livraram da monarquia porque não queriam tirania, mas liberdade. Estavam corretos em dizer que a virtude republicana estava no bem comum, fundamento que faz tomar o país como um lar - o único problema é que a verdade, Cristo, não estava entre eles. Eis aí porque Roma sofria dos problemas inerentes desse regime: a corrupção e os abusos.
2.2.1) Somente quando Cristo esteve entre nós, durante a Pax Romana - a qual foi convertida numa Pax Christiana -, que a república evoluiu numa forma de Império, com poder moderador.
2.2.2) Não seria mais um César, um imperador tomado como se fosse um Deus vivo, que diria o direito, mas um vassalo escolhido por Cristo de modo a servir a Ele em terras distantes, de modo a que atingisse a todas as nações do mundo. Este é o verdadeiro governo global.
2.3) De todos os impérios do mundo, contados desde o Império Acadiano, o único império que não foi fundado no esquema globalista foi o português, justamente porque foi fundado pelo próprio Cristo. É neste império que ocorrerá a Pax Christiana, pois Cristo é o verdadeiro augusto - nela, a causa nacional casa-se com a causa universal, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.
3.1) Se houver uma teoria do Estado específica do Império português, ela vai ter que acompanhar a gênese do Império Romano e saber de que modo o casamento entre Atenas, Roma e Jerusalém agradou o Senhor e produziu uma época em que os homens mais estiveram coprometidos com esse projeto salvífico e por que razão Deus considerou o dia 25 de julho de 1139 como o tempo oportuno para se implantar esse império de cultura, num tempo em que a Cristandade esteve seriamente ameaçada pela dominação muçulmana.
3.2) É como Cristo tivesse enxertado o que havia de bom na Pax Romana de modo a criar uma Pax Lusíada. É como se o templo do Senhor tivesse sido reerguido milagrosamente, após o templo ter sido destruído novamente pelos romanos.
3.3.1) Ao contrário da Polônia, Portugal não começou como uma casa de palha para depois se tornar uma casa de madeira e depois se tornar uma casa feita em pedra. Para dizer a verdade, a casa de pedra foi erguida milagrosamente, sem passar pelos estágios evolutivos.
3.3.2) Toda a experiência prévia estava lá. Além do milagre, havia ainda a alta cultura para ajudar. E é isto que talvez explique a natureza diferenciada deste Império.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 3 de maio de 2017 (data da postagem original).