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terça-feira, 25 de abril de 2017

Toda economia personalista, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, leva a uma economia de mercado reservado (e a guilda é economia de mercado reservado feita de maneira sistemática)

1) Quando se trabalha de maneira personalista - em que sua pessoa não pode ser substituída por outra, por não ter as mesmas qualidades que você -, a tendência é construir um mercado reservado, exclusivo.

2) Trata-se de monopólio natural e isso não é injusto, se isso for feito de maneira honesta e conforme o Todo que vem de Deus.

3.1) Por força disso, o mercado acaba se tornando um objeto - um complexo de relações sociais centrada na pessoa que bem serviu a seus semelhantes de maneira personalista - e a sucessão desse mercado só pode ser designada por testamento. Afinal, não deixa de ser uma monarquia, um pequeno reino.

3.2) Essas relações sociais fundadas em favores são mais do econômicas - há relações de aprendizagem, amizade e de conhecimento sobre uma gama de assuntos que abrange desde a política a assuntos que façam com que a empresa cresça e prospere. Por isso, o direito de usufruir desses contatos deve ser passado por sucessão hereditária - jamais por compra e venda, dado que esses estão além do comércio, a ponto de ficar fora da relação estritamente capitalista.

4) Quando se trabalha com ética fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, as relações de prestação e serviço transcendem o nível dos negócios, a ponto de clientes e prestadores de serviço serem parte de uma mesma família, de uma mesma Igreja ou serem da mesma cidade ou do mesmo país, que é tomado como se fosse um lar em Cristo.

5) Quando se faz isso sistematicamente, surgem as corporações de ofício, as guildas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Notas sobre capitalização moral e a questão da lei da preferência temporal

1) Na lei de preferência temporal, a maioria das pessoas vão preferir bens presentes a bens futuros.

2.1) Quando são preferidos bens presentes a bem futuros, nós temos uma sociedade hedonista e materialista, coisa essa que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.2) E é no hedonismo e no materialismo que nós temos uma ordem social em que as pessoas conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de servir liberdade com fins vazios e com propósitos maléficos.

2.3) O maior exemplo disso é a República - ela cria um verdadeiro ambiente de rapinagem e de constante mudança das regras do jogo que faz com que a segurança jurídica acabe se tornando um sonho distante - e isso nos afasta da pátria do Céu, uma vez que um ambiente estável é a marca de um ambiente justo, posto que o país é tomado como se fosse um lar em Cristo.

2.4) Não é à toa que a cultura de tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele caminha de mãos dadas com a fisiologia, que prepara o caminho para o totalitarismo comunista. Afinal, a corrupção é o meio pelo qual se fomenta a tirania, já que o poder é o meio pelo qual se busca uma vida de prazeres e luxos em excesso (hedonismo).

3.1) Quando são buscados sistematicamente bens futuros a bens presentes, isto é um indício claro de que as coisas estão a preparar o indivíduo para a vida eterna, para a pátria definitiva. E o país tomado como se fosse um lar em Cristo acaba se tornando uma escola para isso.

3.2) Para se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, você certamente precisará de instituições justas e estáveis, bem como precisará que o povo seja tomado como se fosse parte da família do governante e que as pessoas amem e rejeitem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Se não houver uma cultura em que devo amar o meu próximo como a mim mesmo, então não haverá legitimidade, uma vez que as autoridades não estarão sendo modelo exemplar para os seus compatriotas, os cidadãos a que servem, em nome do Rei.

3.3) Afinal, é só dentro de um país que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus que vai ocorrer a reversão da lei de preferência temporal de modo a se dar preferência a bens futuros a bens presentes, o que prepara o caminho para a capitalização e, por conseguinte, a prosperidade econômica e financeira

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2017.

domingo, 23 de abril de 2017

Fundamentos da expansão natural, por conta de se distribuir o senso de tomar o país como um lar em Cristo, com base na pátria do Céu - o caso de Roma

1) Quando você faz do seu país uma escola de nacionidade, um modelo de país a ser tomado como se fosse um lar em Cristo, todos os outros países que querem ser livres em Cristo querem ser parte do seu país, de modo a que o nacional se case com o universal.

2) O fato de ser do Brasil não quer dizer que vivo em conformidade com o Todo que vem desse lixo, desse nada. Pelé, como formador de opinião, não passa de um débil mental e samba é algo fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. Portanto, isso não é cultura e não me define como brasileiro. Isso define muito bem os apátridas nascidos nesta terra, que são a maioria da população, infelizmente.

3) Não há soberania nas Repúblicas. Quando um povo não tem Rei, eles simplesmente vão buscar a proteção de um que os ensine a tomar o país como um lar em Cristo, ao se servir a Ele em terras distantes. E neste ponto o Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves é o modelo crucial para que haja a reconciliação das Hespanhas para com sua antiga soberana. Se a monarquia não tivesse caído, certamente o Império do Brasil teria se expandido sem a necessidade de disparar um único tiro.

4) Não sou contra que a pátria se expanda naturalmente, dentro deste fundamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2017.

P.S; Agradeço ao professor William Bottazzini Rezende pelo subsídio, ao me mostrar que Roma se expandiu por meio de heranças de outros povos, que quiseram tomar seu país como um lar, seguindo o exemplo de Roma. E esta experiência foi confirmada e aperfeiçoada em Cristo.

Comentários:

Marcos Gonzales Ratier:  A maior desvantagem da República é que ele distorce a preferência temporal, uma vez que de 4 em 4 anos ocorre trocas na estrutura de Estado, ao menos em uma monarquia a figura do monarca pode estimular projetos a longo prazo, algo quase inviável em uma República. Fora isso, ainda tem as políticas econômicas irresponsáveis que podem dar certo para quem as executa e deixar o resultado ruim com quem vai assumir no próximo governo, como seria o caso da Nova Matriz Econômica da Dilma. Caso ela perdesse em 2014, iria fingir que toda a crise foi culpa de quem assumiu.

Vinícius Lima: A justificativa abestada desse ciclo é ,segundo os argumentos republicanos, "proteção ao despotismo", uma vez que é sabido que a monarquia parlamentarista foi "vendida" às gerações que a sucederam como um nefasto sistema. Esse argumento é um paradoxo; assim como a Republica, a monarquia parlamentarista está suscetível a referendo ou a plebiscito como também a projetos de substituição. 

Notas sobre o conservantismo fundado no amor desordenado

1) É verdade que devemos ser amáveis com aqueles que são mansos e humildes de coração, mas também devemos ser sagazes, tal como são as serpentes. E é conveniente e sensato afastar-se de todo aquele que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade - isso deve ser feito quando esta pessoa for advertida fraternalmente acerca de seu conservantismo, pois, neste ponto, o diabo está fazendo a cabeça dessa pessoa, a ponto de emburrecê-la.

2) Se a pessoa for só coração, e não mente em algum aspecto de sua vida, então ela está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, por força do amor desordenado. Vai chegar um dia em que pessoas como ela vão colocar um chifre em cabeça de cavalo, de modo a dizer que unicórnios realmente existem, quando, em verdade, não passam de seres mitológicos.

3) Quando começarem a agir desse modo, é sinal de que a pessoa está à esquerda do Pai, já que é escrava da insensatez. E, enquanto não se tornar gente, não passará de uma pessoa histericamente insincera - e quando despertar desse longo sono, talvez seja tarde demais.

4) Rezar para que saia disso é um trabalho de caridade muito maior que se pode fazer em prol da pessoa conservantista do que o mero chamado à razão, pois estes fazem ouvidos moucos à ação humana. E onde a ação humana falhar miseravelmente, aí Deus entra no meu lugar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2017. (data da postagem original)

Em tempo de crise, mais vale o prestígio que o dinheiro

1) Em tempos de crise, eu percebi o seguinte: mais vale a pena ganhar prestígio do que ficar pedindo doações.

2) As doações virão espontaneamente - por isso, não pedirei mais doações. Quem conhece meu trabalho colaborará comigo (basta só escrever inbox que eu passo meus dados bancários e a pessoa se compromete a me ajudar)

3) A sistematização dos escritos está em fase inicial. E aos poucos, eu vou escrevendo menos, de modo a dar mais ênfase à sistematização das idéias. Quando o livro ficar pronto, eu darei o exemplar a todos que já colaboraram comigo. Afinal, sustentaram meu trabalho por 3 anos e tantos meses. Nada mais justo do que isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2017.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Por que o ciclo de Kondratiov é usado para explicar o tempo presente?

1) Em economia, temos o ciclo de Kondratiov. Trata-se de um ciclo de 60 anos, que dura do pai para o filho, mas não necessariamente do filho para o neto.

2) É simplesmente história do tempo presente, uma vez que o pai prepara o caminho para o filho, mas o neto não mantém o caminho herdado pelo filho desde o pai dele. É o eterno conflito da geração X com a geração Y (do presente, enquanto continuação do passado, com o futuro).

3) Para se ter uma tradição, o ciclo deve ser de 90 anos (pai, filho e neto), o que coincide com o período de um século (100 anos).

4) Quando se ama mais o dinheiro do que a Deus, as reformas modernizantes ocorrem na passagem das gerações dos filhos para os netos. Por isso que elas são revolucionárias, pois não se confirmam as coisas plantadas pelos pais na passagem dos filhos para os netos, de modo a haver essa tradição.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de abril de 2017.

Notas sobre a relação estreita ente pacto intergeracional e estabilidade do regime político

1) Um dos fundamentos do Direito Previdenciário é o pacto entre as gerações. Isso pressupõe que o país seja tomado como se fosse uma grande família, coisa que se dá na monarquia - regime político famoso pela sua estabilidade política.

2) A maior prova de que esse princípio não passa de uma mentira é que a Constituição muda uma vez a cada 21 anos em média. Como foram 6 constituições ao longo de 128 de regime republicano, simplesmente não houve pacto intergeracional da primeira à sexta geração, o que constitui um grave atraso - e tudo o que poderia ter sido construído por força da estabilidade política advinda do antigo regime acabou se perdendo.

3) Isso pra não falar da língua, que sofreu constantes reformas tanto quanto as constantes rupturas institucionais que tivemos, por conta do salvacionismo e do conservantismo.

4) Reforma Previdenciária num ambiente desse só poder ser piada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de abril de 2017.