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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Notas sobre a importância da agricultura em estufa

1) Como um dos fundamentos do distributivismo é a economia familiar, então uma produção em pequena ou média escala pode ser dar por meio de estufas.

2) Digo isso porque na estufa a temperatura e clima estão controlados - o que em tese protege a cultura dos fungos, se houver um bom controle. Além disso, a estufa protege as plantas das pragas e das intempéries, como seca, geadas, granizo e outras coisas feitas em campo aberto, o que mitiga os riscos da atividade agrícola, reduzindo assim os custos com seguro bem como os custos com defensivos.

3.1) Se houver algum mecanismo que permita que as abelhas e outros agentes polinizadores entrem no recinto de modo a polinizar as plantas, ótimo. Neste ponto as janelas da estufa devem estar abertas de modo a que façam o seu trabalho e voltem para o lugar de onde vieram.

3.2) Se for possível praticar apicultura de modo a complementar a atividade agrícola, então isso será uma excelente medida, pois teremos um manejo integrado, uma vez que as flores são o órgão reprodutivo das plantas, o que gerará os frutos dos quais extraímos as sementes que nos são tão necessárias para a continuação do ciclo.

4.1) Outra grande vantagem da estufa está na climatização de plantas. Posso plantar coisas de outros lugares de modo a fiquem bem acondicionadas no lugar onde vivo - essa experiência que não pode ser feita em campo aberto, a menos que estejam bem aclimatadas, de modo a possam suportar as intempéries de um campo aberto, assim como a todos os riscos inerentes da agricultural comercial.

4.2.1) Se eu tomo dois lugares como parte do mesmo lar em Cristo, então a estufa acaba servindo de intercâmbio de modo a que tenha algo de outro país no meu lugar, substituir a importação por produção local e distibuí-la a todos os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, o que nacionaliza o produto por força do amor ao próximo, ao se servir a ele.

4.2.2) E neste ponto a estufa acaba virando um símbolo de nacionidade, pois a economia familiar acaba adquirindo nuances que preparam o caminho para a economia comercial, ao preencher os requisitos da teoria dos círculos concêntricos - quanto mais servimos aos nossos semelhantes, mais legitimidade teremos para servir a uma escala maior, dado que os riscos estarão garantidos, por meio de gente que estará disposta a assegurar o trabalho, por conta de confiar no que faço, por ser essencial à economia da cidade, da região ou de um país inteiro, por exemplo

4.2.3) Além de ser liberdade fundada em bom propósito, é também uma liberdade protegida, visto que é dentro do ambiente do lar que todas as novas experiências se desenvolvem, por meio da sustentabilidade, já que é amparado na verdade. Se fosse algo fundado no amor ao dinheiro, a liberdade seria voltada para o nada, por conta da ganância, e a sustentabilidade seria voltada para o nada, com base num odioso conservantismo.

4.2.4) Se o livre comércio é defendido em argumentos abstratos, então o protecionismo será uma antítese em termos abstratos - e isso é inócuo, uma vez que não dá para ser síntese em termos abstratos, por ser fora da realidade.

5.1) Bom mesmo é o caminho do meio - se a liberdade se move por meio da verdade, então ela precisa ser protegida, já que a fazenda é também igreja doméstica.

5.2) E só por meio disso que temos algo sustentável, posto que se funda na verdade - e não há algo mais concreto do que tomar o país como um lar em Cristo, servindo aos nossos semelhantes como parte da família.

5.3) Se serei rei do gado ou mesmo rei da agricultura em estufa, então o segredo desse sucesso se dará porque servirei sistematicamente aos meus semelhantes, tomando meus clientes como espelhos de meu próprio eu - tal como faria com alguém que é da minha família, por amar e rejeitar as mesmas coisa, tendo por Cristo fundamento.

5.4.1) Embora eu tenha um tio que foi engenheiro agrícola, eu não tenho a menor experiência com agricultura. Se tivesse a oportunidade de poder fazer esses experimentos, eu faria isso no sítio do meu futuro sogro (afinal, sinto-me feliz com a Madu e espero que ela cuide de mim e de nossos filhos).

5.4.2) Afinal, quero muito aprender essas coisas e ajudar a família da minha amada nisso, mesmo que não tenha habilidade manual alguma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de abril de 2017.

sábado, 8 de abril de 2017

Se falo a verdade e perco amizades, então não sou legal

1) Você pode dizer que pareço uma pessoa legal.

2) Quero ver você mudar seu julgamento a meu respeito quando começar a te marcar sistematicamente nas coisas boas e necessárias que digo, fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus. Afinal, não estou aqui para agradar os homens, os apátridas de meu tempo, mas para servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique. Foi dessa forma que meu país foi descoberto, por força do desdobramento dessa missão - é por força disso que tomo meu país como um lar em Cristo, apesar da maioria apátrida, que só nasceu aqui, biologicamente falando.

3) Se você mudar sua impressão ao meu respeito, seja me pedindo para não te marcar mais, seja me deletando ou me bloqueando, isso é a prova cabal de sua palavra foi servida com fins vazios. E isso é conservar o que e conveniente e dissociado da verdade no seu grau mínimo.

4.1) Se você me adiciona, saiba de uma coisa: se tiver a oportunidade, vou te marcar sistematicamente naquilo que é bom e necessário.

4.2) Se você suportar pacientemente tudo o que digo, que é para o seu próprio bem, então eu saberei que você conserva a dor de Cristo - se você faz o contrário, eu percebo que você conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. E gente assim tem má consciência - e eu não quero gente desse naipe.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2017.

Nota de diário - 8 de abril de 2017

1) Certa ocasião, uma pessoa me adicionou. Como sempre acontece, não me informam o porquê.

2) Quando perguntei o motivo, a pessoa me disse que eu parecia uma pessoa legal.

3.1) Para muitos que me deletam ou me bloqueiam, eu devo ser a pessoa mais chata do universo, quando começo a marcar as pessoas nas postagens sistematicamente, por força do meu trabalho.

3.2) Mas eu sou um chato caridoso - enquanto não vejo você flagrantemente conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que atenta contra a amizade de Deus, eu tomo você como amigo.

3.3) Como parto do pressuposto de que você ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então eu te marco nas postagens, visto que trabalho todos os dias de modo a edificar boa consciência nas pessoas.

4.1) Além disso, é como um teste de resistência: afinal, como diz Santo Tomás de Aquino, quem fala a verdade perde amizades.

4.2) O conservantista se revela quando me deleta ou me bloqueia. Se amasse a verdade, faria o contrário: compartilharia minhas postagens, a ponto de atingir outras freguesias.

5.1) Quando o Olavo fala que o nascido na Terra de Santa Cruz, biologicamente falando, é ingrato, ele está se referindo a um atributo que é próprio do apátrida. Somente os apátridas são ingratos.

5.2) Por isso que não chamo o brasileiro de ingrato - por definição, brasileiro é quem toma o Brasil como um lar em Cristo com base naquilo que foi edificado em Ourique. E ele aprende isso desde cedo, com o exemplo que há em casa ou através dos estudos.

5.3) Atualmente, poucos é que fazem isso. Por isso que digo que brasileiros somos poucos. E é essa a verdadeira elite que repovoará esta terra - ainda que haja uma diáspora, essa elite resistirá ao tempo, crescerá e se multiplicará.Os apátridas perecerão junto com os seus pecados - junto com este regime republicano maldito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2017.

O conservantismo nasce da tergiversação

1) Nossa Senhora é advogada e intercessora nossa junto ao cordeiro sacrificado na Cruz. Por isso, todo aquele que conserva a dor de Cristo tem o privilégio de ter uma advogada como ela, dado que é mãe de Deus, do verbo que se fez carne e que habitou em nós.

2) O conservantismo começa na tergiversação. Por isso mesmo, negam Nossa Senhora como sendo a mãe de Deus, a tal ponto que patrocinam toda uma sorte de causas que edificam liberdade voltada para o nada, quando conservam o que é conveniente e dissociado da verdade. Daí para o ativismo judicial é um pulo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2017.

Identificar um conservantista é como identificar um inconveniente

1) Você começa a perceber que seu interlocutor não tem o devido senso das proporções quando este te liga via skype às quatro da manhã para discutir os ataques de Trump à Síria, por exemplo.

2) Quando falo que conservantismo é mentalidade revolucionária, não é brincadeira.

3) Embora eu acorde em torno desse horário, o sensato não me ligará neste horário. Eu moro com os meus pais - e existe uma lei moral, não escrita, chamada LEI DO SILÊNCIO. Respeite!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2017.

Eis uma entrevista que concedi

Bruno Braga: José, como andam os seus trabalhos?

José Octavio Dettmann: Estou escrevendo bastante. Já estou sistematizando os meus escritos - encontrei alguém para me ajudar nisso.

Bruno Braga: Que bacana! E o que pretende com eles? Vai publicar em livro ou tem outra meta?

José Octavio Dettmann:

1) Eu vou publicar uma coletânea falando da diferença entre tomar o país como se fosse um lar em Cristo (nacionidade) e tomar o país como religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele (nacionalidade).

2) Esse estudo decorreu de um artigo que li no livro Um Mapa da Questão Nacional, intitulado "Para onde vão as nações e o nacionalismo?", Katherine Verdery. Ela menciona o trabalho de John Borneman, que distinguiu nacionidade e nacionalidade. E isso está no livro Belonging in the Two Berlins: kin, state, nation. A origem essa distinção está numa nota de fim em que Borneman debate com Gellner, o qual acredita que existem eras de nacionalismo - e é neste ponto que ele traça essa distinção (em inglês, o termo empregado é "nationness").

3) O livro de Borneman é cheio de marxismo de cabo a rabo. Por isso, tive que fazer muita engenharia reversa para entender o tema.

4) Devo ao Olavo tudo o que o compreendo sobre mentalidade revolucionária. Se não fosse por ele, esse trabalho de engenharia reversa não seria possível.

5) Além dos estudos em Borneman, encontrei outros subsídios no livro Cosmópolis, de Danilo Zolo., que é baseado num outro: o Cosmópolis, de Stephen Toulmin.

6) Por conta desse esforço, escrevi muitos artigos.

Bruno Braga: Suponho que esteja tendo muito trabalho, pois, só pelo "resumo" que fez aqui, já dá uma noção da complexidade do tema.

José Octavio Dettmann:

1) É um tema muito complexo mesmo. Não é fácil de ser tratado. É tão complicado que só mesmo por escrito é que consigo falar sobre isso. Se tivesse que falar sobre isso numa palestra, eu teria dificuldade - por isso que não faço hangouts, nem faço palestras. Estudo esse assunto desde 2004 e até hoje é complicado para mim.

2) Como já me disseram, não é assunto para um autor só. O que escrevi até agora são só impressões sobre o tema, visto que não tenho muitos recursos para ir mais a fundo ainda.

3) Sobre a diferença entre nacionidade e nacionalidade, eu tentei trazer a questão também para o contexto brasileiro também. Por isso, eu fui obrigado a estudar a História de Portugal também, coisa que ninguém faz.

Bruno Braga: Entendi. Falando sobre a História de Portugal - e tenho visto que frequentemente publica sobre o tema - qual a sua posição sobre o Loryel Rocha? Tenho visto várias críticas sobre ele e o seu Instituto.

José Octavio Dettmann: Tirando esse negócio que ele fala sobre magia e uma outra coisa que é condenada pela Igreja, o que ele fala sobe Ourique está correto, pois é exatamente aquilo que está escrito nas referências sobre o assunto. Eu tento não me guiar muito pelo que ele fala. Eu me baseio mais é nos livros e naquilo que o Plínio Corrêa de Oliveira fala.

Bruno Braga: Entendi. Porque - como você mesmo observou, que poucas pessoas abordam a História de Portugal - é preciso saber a respeito da confiabilidade das fontes.

José Octavio Dettmann:

1) Sim, claro. Aos poucos é que vou conseguindo a bibliografia de que necessito - esses livros certamente citam outros livros.

2) Sobre o que tenho estudado sobre Ourique, eu tenho tentado casar com aquilo que o Olavo fala no Curso de teoria de Estado dele. Como não há uma transcrição disponível, o trabalho fica ainda mais difícil.

Bruno Braga: Sim. A sua estratégia para recolher a bibliografia é importante. Então terá um bom trabalho pela frente...

José Octavio Dettmann: É um trabalho pesado, mas é o que melhor posso fazer, no momento.

Rio de Janeiro e Belo Horizonte, 8 de abril de 2017 (data da postagem original).

Sobre a necessidade de evitar discussões abstratas

1) É muito comum ver nos debates dos liberais a questão do federalismo x centralismo.

2) A condenação ao centralismo monárquico é quase sempre abstrata - e se a condenação é abstrata, então ela edifica liberdade com fins vazios, o que se torna falácia, pois ela não está amparada na realidade que é tomar o país como se fosse um lar em Cristo, tendo por fundamento aquilo que se edificou em Ourique

3) Afinal, se o povo é tomado como parte da família do governante, que é eleito por Deus de modo a protegê-lo dos maus governos, então o centralismo é próprio do paternalismo, do governo do pai. E se o país tomado como se fosse um lar, então o país é a casa do Rei e de sua família, seja ela estrita, ampliada ou ampliadíssima - e nesse sentido é bem comum (público) e também real (privado), pois este recebeu a terra por conta do fato de ter se tornado vassalo de Cristo, pela graça de Deus.

4.1) Como o professor Olavo fala, atentem para a realidade. 
4.2) Todo debate que se prende à abstração só levará a se retirar Deus do centro das coisas - e no lugar de Deus, o Estado será tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele. 

4.3)Afinal, o debate entre os federalistas e os antifederalistas estava justamente relacionado a esse questão, pois o federalismo pode ser tomado como se fosse religião, que é acessório que segue a sorte do principal, o totalitarismo, o fascismo.

5) Eis o que a liberdade voltada para o nada promove.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2017.