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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Como fazer as pessoas mais velhas serem dignas de serem ouvidas?

1) É lugar comum dizer que ouvir os mais velhos é algo bom e conforme o Todo que vem de Deus (até mesmo a Bíblia recomenda isso).

2.1) Infelizmente, esta regra não se aplica no Brasil.

2.2) Quando eu era mais novo, os mais velhos - os que tinham mais ou menos a mesma idade que minha finada avó tinha, quando ela era viva - eram todos getulistas fanáticos, nacionalistas doentes. Considerando que Getúlio foi um tirano, um FDP de marca maior, ouvir o conselho dessa gente era perda de tempo.

2.3) Os filhos dessa geração passaram a juventude nos anos do Regime Militar, tomando o país como se fosse religião. Como todos bons positivistas, republicanos doentes. E eles se serviram de modelo que inspirou a toda uma juventude alienada que está dando apoio ao MBL e a toda essa corja que edifica liberdade para o nada.

3.1) Com essa tradição bem estabelecida de gerações ouvindo os mais velhos presos na má consciência, é uma tolice ouvir os mais velhos.

3.2) Se o jovem tem o dever de envelhecer, então o primeiro ato de envelhecimento sábio é estudando a História do Brasil a ponto de ver o Cristo Crucificado de Ourique mandar nossos primeiros pais, representados pelo Rei D. Afonso Henriques, irem servir a Cristo em terras distantes. O movimento monárquico hoje é composto de jovens - esses mesmos jovens envelhecerão e serão esses futuros idosos que santificarão a terra, pois eles se prepararão de modo a se tornarem dignos de serem ouvidos. Eu serei um desses idosos, daqui a 30 anos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2017 (data da postagem original).

Se uma nação fosse um edifício, então na república a bosta deixaria de ser fertilizante e viraria concreto, coisa que não é apropriada para este tipo de material

1) Se a nação é um grande edifício, então podemos dizer que na República, por conta de economia de material, há gente que resolva substituir o concreto de boa qualidade por bosta.

2) Ainda que haja eventualmente algumas boas presidências, no final das contas o prédio desaba, pois a função da bosta é de ser fertilizante e não concreto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2017.

Comentário sobre o problema do regime republicano (o caso do EUA)

1) Eis o problema do regime republicano - depois que um bom presidente passa, há um longo período de maus presidentes no poder, tal como houve. Desde Reagan, a América foi governada por gente que não encarnava o espírito daquele povo até o Trump assumir. Não é à toa que os presidentes que passaram encarnavam os valores revolucionários da agenda globalista, cosmopolitana.

2.1) O caso do Brasil é ainda mais grave: a República não é o regime natural do Brasil - por conta de suas circunstâncias, estabelecidas desde Ourique, o Brasil é uma nação fundada na Aliança do Altar com o Trono. É uma monarquia católica unida a Portugal e Algarves - e é esse o seu destino.

2.2) Nunca tivemos um presidente que realmente encarnasse os valores do Brasil - e mesmo que haja um Bolsonaro, este encarnaria os valores da caserna, os valores positivistas que edificaram esta república nefasta, que faz de nós um povo bárbaro e apátrida. E estes valores não são os verdadeiros valores, estabelecidos em Ourique - são valores brasilianistas, quinhentistas, de país tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar contra ele ou fora dele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2017.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Notas comentadas sobre duas formas de pensar a DSI

A) Tendências do pensamento de Artur Rizzi:

1) Casa a Doutrina Social da Igreja ao Keynesianismo (doutrina do pleno emprego contraposta à eficiência econômica).

2.1) Ignora a nuance que separa o nacionismo do nacionalismo.

2.2) Por conta disso, quando defende o absolutismo monárquico, ele acaba passando por cima do princípio da subsidiaridade, criando uma visão de mundo patrimonialista, em que o patrimônio do conjunto das famílias se confunde com o patrimônio do príncipe, o que favorece à teoria dos círculos secantes, já que a intervenção da autoridade do príncipe favorecerá a busca de uma liberdade voltada para o nada, que a longo prazo restaurará o totalitarismo.

2.3.1) Segundo Rizzi, o Papa Francisco é favorável à Economia Social de Mercado (criada pela escola de Freiburg), que adota tendências keynesianas.

2.3.2) Como o keynesianismo foi criado num contexto cultural de nacionalismo - de que todo país deve ser tomado como se fosse uma segunda religião, a ponto de competir e eliminar a religião verdadeira -, isso mata o princípio da subsidiaridade, o que é claramente herético.

2.3.3) Além disso, uma parte dos católicos tem criticado fortemente o pontificado do Papa Francisco, por conta de suas posições dúbias, principalmente na Carta Encíclica Amoris Laetitia. Pelo menos há 30 cardeais favoráveis à dúbia capitaneada pelo Cardeal Burke. Se o Papa Francisco está sendo questionado por estar se afastando da doutrina de sempre, então é altamente questionável o manifesto apoio que este mesmo Papa deu à Economia Social de Mercado, promovida pela Escola de Freiburg. Isso faz com que a posição defendida por Rizzi não seja levada a sério, por não ser realista.

B) Tendências do pensamento de José Octavio Dettmann:

1.1) Casa a Doutrina Social da Igreja à economia familiar (microeconomia).

1.2) Como o país deve ser tomado como se fosse um lar, é natural que este ciclo naturalmente se expanda por meio de círculos concêntricos (princípio da subsidiariedade). Todo esse processo leva gerações para que isso acabe se consolidando.

1.2 - A) família, por meio do exemplo que arrasta, influi na economia da vizinhança;

1.2 - B) A vizinhança, por sua vez, influi na economia do bairro;

1.2 - C) A economia do bairro influi na economia da cidade;

1.2 - D) A cidade influi nas demais cidades da região;

1.2 - E) A região da qual a cidade-modelo faz parte influi nas outras regiões que constituem o estado ou a província;

1.2 - F) O que afeta uma província afeta as demais por meio dos laços federativos, o que afeta o país inteiro.

1.2 - G) E o que ocorre no país, de modo a ser tomado como se fosse um lar em Cristo, afeta o mundo inteiro, o que edifica uma página na história da civilização.

1.3.1) A visão de absolutismo monárquico de Dettmann parte do pressuposto de que o Rei é um vassalo de Cristo, tendo por modelo aquilo que foi estabelecido em Ourique.

1.3.2) O Rei deve servir a Cristo em terras distantes, seja dentro de seu território ou fora dele. Enquanto bem servir à verdade, àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, ele não abusará do poder de modo a perverter tudo o que há de mais sagrado, de modo a que o país acabe se reduzindo a uma segunda religião, em que o Rei tem o corpo espiritual da nação, o que é uma marca de ruptura com Roma, o que é claramente herético.

1.3.3) A Aliança do Altar com o Trono parte do pressuposto de que o Rei é o senhor dos senhores sendo o servo dos servos de Deus. Por isso, ele trata aos seus súditos como se fossem parte de sua família, o que confirma o princípio da subsidiaridade.

2.1) Da cultura que é própria de se tomar o país como se fosse um lar nasce a cultura da liberalidade edificando a ordem do dia, pois isso se ampara na verdade, naquilo que decorreu da dor de Cristo na Cruz. Se conservarmos a memória dessa dor de Cristo por meio da eucaristia, então o verdadeiro liberalismo se dará quando bebermos do sangue de Cristo e comermos de Sua carne. E tal como antropófagos, nós assimilamos as qualidades deste Deus feito homem, de modo a melhor O imitarmos plenamente.

2.2) Isso tem uma força simbólica e pedagógica monstruosa, o que afeta toda a ação humana norteada à promoção e ao desenvolvimento do bem comum.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro,19 de janeiro de 2017.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Notas sobre um livro que precisa ser escrito

1) Um dia haverão de escrever um livro vingador, que é este: "Ética Católica e o Espírito do Distributivismo".

2) Há muito a ser feito nesta direção - se tivesse um pouco mais de conhecimento do que aquele que já tenho, acho que seria capaz de conduzir um trabalho dessa natureza. Além de ser uma meta ambiciosa, é uma meta civilizatória, pois uma catedral em forma de livro estaria sendo erguida bem diante dos olhos do leitor - e até do escritor também, já que este deve fazer seu trabalho guiado pelo Espírito Santo - e quando somos guiados por esta força maior, tem coisas que são inacreditáveis até mesmo para quem escreve, como eu.

3) Mais do que dialogar com Weber e suas circunstâncias, você precisaria superá-lo - e a própria realidade fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus nos mostra isso, dado que tudo o que é fora disso está nos levando a um desastre que sequer o próprio Weber seria capaz de imaginar.

4) Penso que os mais de 2900 artigos que escrevi não são suficientes para me preparar espiritualmente para o tamanho do desafio. Certamente vou precisar de ajuda especializada - e sei a quem recorrer.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de janeiro 2017.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Notas sobre o potencial dos flogs

1) Tempos atrás, na época de faculdade, notei que alguns de meus colegas tinham um flog (um blog só de fotografias). Naqueles tempos, o flog era usado com o intuito de exibir a vaidade e promover o valores do hedonismo e do relativismo moral - por isso que nunca utilizei este tipo de ferramenta.

2) Nos tempos atuais, em que digitalizo os textos dos meus livros, ter um flog se tornou até uma questão conveniente. Posso fazer destaques do material que tenho digitalizado e tecer comentários posteriores em meu blog.

3) Eis aí o verdadeiro potencial de uma ferramenta que pode ser usada de maneira apropriada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 2017.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Referências bibliográficas para as mais de 2900 postagens que escrevi em meu blog


1) Um Mapa da Questão Nacional - ver o artigo Para onde vão as nações e o nacionalismo, de Katherine Verdery. Verdery cita a distinção entre nacionidade e nacionalidade, estabelecida por John Borneman

2) Belonging in the Two Berlins: kin, state, nation, de John Borneman. Ver o debate entre Borneman e Ernest Gellner sobre nationness, nas notas de fim do livro. É disto que trata o ponto 1

3) A Pátria Descoberta, de Gilberto de Mello Kujawski.

4) Portugueses e Brasileiros na Guiana Francesa, de Arthur Cezar Ferreira Reis.

5) Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses, de Jaime Cortesão.

6) Cosmópolis, de Danilo Zolo.

7) Direito Internacional, as preleções de Pasquale Stanislao Mancini. Mancini disse que devemos tomar o país como se fosse uma segunda religião. Ele é o criador do conceito de nacionalidade, enquanto vínculo jurídico com um Estado por força do nascimento.

8) O artigo Primeira Página de História do Brasil, que é da Revista Catolicismo, que é da TFP. Foi aqui que aprendi sobre Ourique.

9) A verdade como fundamento da liberdade: um tema de São João Paulo II, do Cardeal Avery Dulles.

10) Da natureza e dos limites do Poder Moderador, de Zacharias de Góes e Vasconcellos. Ver a introdução à obra feita por Pedro Calmon - foi dali que tirei o termo conservantismo. A distinção entre conservadorismo e conservantismo foi trabalho meu, seguindo a dica de estudar a linguagem, dada pelo professor Olavo de Carvalho.

11) Postagens dos meus contatos em que estão no meu mural de facebook. Algumas eu reproduzi em meu blog, mas a maioria não.