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domingo, 15 de janeiro de 2017

O eufemismo faz uma mentira repetida tornar-se uma verdade


1) Aquele que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus vive na raiz daquilo que foi dito e ensinado por Cristo, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida. Por isso, ser radical é uma honra - por isso que somos intolerantes com todos aqueles que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) A palavra não pode ser servida de maneira vazia. E uma dessas formas de servir uma palavra vazia se dá no eufemismo. O conservadorismo não pode ser chamado de eufemismo de conservantismo e nem o liberalismo pode ser chamado de eufemismo de libertarismo, assim como o liberal-conservador não pode servir-se de eufemismo de libertário-conservantista, uma que a pessoa não passará de uma mera caricatura, a ponto de o Cristianismo se reduzir a uma mera falsidade.

3) Do eufemismo sistemático, o falso tende a se confundir com o verdadeiro, a ponto de ser quase um sinônimo. E quanto menos dominarmos as nuances da linguagem, menos conheceremos a verdade, assim como tenderemos a conservar cada vez mais o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de sermos induzidos ao erro por parte das gerações que nos antecederam - no caso, a geração dos nossos pais e avôs.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2017.

Notas sobre um vício constante que há nos apátridas que habitam a Terra de Santa Cruz: a incapacidade de cumprirem o que prometem

1) Eu sou muito desconfiado de promessas. Toda vez que me prometem alguma coisa, geralmente não cumprem - aliás, a República brasileira é feita de promessas sistematicamente mal cumpridas. Isso é falta de Deus no coração.

2) Se as pessoas tivessem a boa consciência de saber que estão sendo monitoradas constantemente por um juiz onisciente, jamais seriam capazes de fazer uma promessa que não podem cumprir. Afinal, faltar com uma promessa é pecar contra a bondade de Deus, contra o Espírito Santo.

3) Eu definitivamente odeio gente que não cumpre suas promessas. A vida inteira só lidei com gente assim, incapaz de cumprir suas promessas. É por isso que é preferível não prometer nada a ninguém a prometer e mal cumprir.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2017 (data da postagem original).

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Um escritor pode ser um médico ou um traficante, dependendo da circunstância

1) Alguns leitores já me disseram que ficaram viciados em meus textos.

2) Eis aí uma boa droga que produzo. Uma droga chamada informação e cultura, capaz de curar algumas coisas que há no Brasil, fundadas na má consciência sistemática e no conservantismo. Num país sério, eu faria medicina social por excelência, pois tomar o país como um lar em Cristo é um santo remédio.

3) Em países totalitários, eu seria considerado um traficante - afinal, semear a verdade é algo ilegal, numa ordem em que o que é conveniente e dissociado da verdade é a ordem do dia.

4) No Brasil, estou mais para um traficante do que para um médico. Mas sou um traficante do bem, pois não destruo famílias - na verdade, construo novos tipos de seres que formarão novas famílias virtuosas, que purgarão o pecado das gerações anteriores, marcadas pela cultura do divórcio e das famílias desestruturadas.

5) Isto resume muito bem o trabalho do nacionista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2017.

O jeito de ser distinto e ordenado nasce quando se busca viver a vida em santidade


1) Muitos querem ter um jeito de ser, mas desordenado.

2) O jeito de ser nasce quando você vive a própria vida de modo a ajudar a edificar nos outros a noção de viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, ainda que isso implique tomar o Brasil como um lar, apesar desta República. O que é a santidade senão o permanente sacrifício dessas vaidades decorrentes da liberdade voltada para o nada, ainda mais servida como se fosse boa?

3) Esse jeito de ser nasce naturalmente. Mas nem tudo são flores - a dor ajuda a temperar você de modo a ter uma vontade de ferro, de modo a ser inflexível no seu sim a Deus. Sem temperança, não há senso de tomar o Brasil como se fosse um lar, com base naquilo que foi edificado em Ourique.

4) Não tente imitar exemplos padronizados, vindos da televisão. Veja quem é virtuoso e imite, dentro daquilo que você pode fazer e levando em conta suas circunstâncias de vida. Se Cristo estiver presente nessa pessoa, o Espírito Santo será o seu guia, quando for imitá-la no seu exemplo de virtude.

5) A santidade é o único remédio que temos contra os libertários-conservantistas e sua funesta ordem cultural, fundada na cultura de massa. A liberdade voltada para o nada edifica uma cultura voltada para o nada, o que fomenta jeitos de ser desordenados - se a vida tiver um propósito maior, capaz de vencer a morte, então ela restaura a verdade, enquanto fundamento da liberdade, próprio de quem vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2017.

A cultura pseikone não é para quem vive a vida em conformidade com o todo que vem desta República, que edifica liberdade para o nada

1) Assim como o Reino de Deus não é deste mundo, a cultura pseikone não é para pessoas que são deste mundo sem sentido, que é o Brasil de hoje, republicano e apátrida, divorciado daquilo que foi edificado em Ourique.

2.1) Como já me disseram, meu jeito de ser é muito diferente daquilo que comumente se encontra no Brasil - já houve quem me dissesse, na época de faculdade, que não há outro igual ou semelhante a mim. Talvez essa seja a minha característica mais marcante, seja online ou offline - e sou assim desde pequeno, pois tendo a me destoar facilmente dos outros, por natureza, pois viver a vida sendo eu mesmo, na conformidade com o Todo que vem de Deus, não é fácil. Eu não me enquadro nas condições normais de pressão e mediocridade - e por não me enquadrar, eu sou imprestável. E por ser imprestável ao mundo, eu sou útil a Deus, na medida daquilo que sou capaz de fazer, de modo a restaurar aquilo que foi edificado em Ourique.

2.2) Para um jeito de ser diferente, que tem muita dificuldade de se adaptar a um mundo destituído de sentido, uma cultura diferente foi naturalmente edificada, de modo a fazer jus aquilo que foi edificado em Ourique. A língua é portuguesa, mas as referências culturais são as polonesas - até porque tomo por referência o que aprendo com o meu padrinho de crisma, Mons. Jan Kaleta. Pelo menos, é dentro dessas circunstâncias de vida que nasce a cultura pseikone.

3) Mário Ferreira dos Santos dizia que a maior virtude da civilização brasileira é reunir a virtude de todos os outros povos que estão dispersas em todos os lugares do mundo, a qual chamou de "concreção" (embora me pareça mais correto o termo concretude). E o segredo para se assimilar estas virtudes é tomando os mais diferentes lugares como se fossem um mesmo lar em Cristo, com base na pátria do Céu. Assim, a Polônia pode servir às vezes de Brasil, quando a saudade bater mais forte.

4.1) Se a cultura pseikone é por natureza um esforço para se assimilar estas qualidades que estão dispersas pelo mundo afora, seja da experiência de estrangeiros aqui ou de brasileiros lá fora, então ela partiu de um esforço pessoal meu. Como nações inteiras podem decorrer de um único indivíduo, espero fazer desse exemplo que quero passar meu apostolado.

4.2) Ter filhos moldados neste tipo de missão e exemplo seria o melhor legado que posso deixar para o mundo - se eu não tiver filhos, pelo menos os meus amigos mais próximos se lembrarão de tudo o que escrevi e sobre tudo o que tentei mostrar desde minha experiência pessoal. 

4.3) Esse é o legado cultural que deixo para todo aquele que não quer ser como os outros: apátrida, vivendo em conformidade com o todo revolucionário que vem da República, que leva ao nada, já que é próprio do anticristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2017 (data da postagem original).

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Notas sobre o direito de discordar e sobre seu legítimo exercício


1) Eu respeito o direito de discordarem de mim. Até porque o discordar está instrumentalmente conexo a um fim, que é mostrar ao próximo onde está o erro e corrigi-lo. É um procedimento caridoso, uma vez que isso é bom e fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Quando esse instrumento está conexo a um conteúdo nefasto, fundado no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, tolerar isso só vai levar à liberdade voltada para o nada. Até porque o discordar, neste caso, é acessório que segue a um principal inútil, cujo conteúdo é rico em conservantismo, em mentalidade revolucionária. E esse tipo de coisa não pode ser tolerado.

3) Antes de discordar de alguém que faz um trabalho como o meu, a primeira coisa a saber é:

A) Eu tenho vida reta, fé reta e consciência reta de modo a apreciar retamente todas coisas segundo o Espírito Santo? Se tiver, então eu posso encontrar os erros de meu próximo, mostrar os erros e ajudar na correção de seu pensamento.

B) Eu amo a verdade, que é o próprio Deus feito homem? Eu amo a ciência decorrente dessa verdade? Se a amo, então devo cultivar minha alma nessa verdade, de modo a ajudar todo aquele que necessita desse serviço.

C) Desejo ser santo? Se eu desejar isso de todo o meu coração, então faço disso minha missão, meu apostolado, pois assim garanto a vida eterna, não só para mim mas também para todos aqueles que me ouvem.

4) De nada adianta discordar se você tem má consciência. A má consciência não é só um problema social - é um caso de polícia, pois ela dá guarida para os bárbaros destruírem a civilização que ainda resta aqui.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 2017.

Notas sobre a via de mão dupla envolvendo o jurista e seus leitores


1) Ainda que você, enquanto jurista, não esteja atuando no âmbito dos tribunais - como ocorre comigo -, o simples fato de haver leitores que estão na linha de frente te informando sobre o que ocorre já é acalentador. Isso faz com que eu medite ainda mais sobre as coisas.

2) O simples fato de estar estudando e servindo a quem está na linha de frente já cria o compromisso de o leitor, estando na linha de frente, manter o escritor bem informado e estudando mais e mais o que ocorre. Esta é a pedra angular de todo trabalho de inteligência jurídica.

3) Quando você não é de família conhecida nesse ramo, o trabalho de jurista é a porta de entrada na carreira. Por isso, devemos começar pelo Direito Natural, do topo para baixo. Mas isso pede uma vida reta, uma consciência reta e uma fé reta - se você não tiver isso, melhor que você nem se arrisque nisso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 2017.