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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A cultura pseikone não é para quem vive a vida em conformidade com o todo que vem desta República, que edifica liberdade para o nada

1) Assim como o Reino de Deus não é deste mundo, a cultura pseikone não é para pessoas que são deste mundo sem sentido, que é o Brasil de hoje, republicano e apátrida, divorciado daquilo que foi edificado em Ourique.

2.1) Como já me disseram, meu jeito de ser é muito diferente daquilo que comumente se encontra no Brasil - já houve quem me dissesse, na época de faculdade, que não há outro igual ou semelhante a mim. Talvez essa seja a minha característica mais marcante, seja online ou offline - e sou assim desde pequeno, pois tendo a me destoar facilmente dos outros, por natureza, pois viver a vida sendo eu mesmo, na conformidade com o Todo que vem de Deus, não é fácil. Eu não me enquadro nas condições normais de pressão e mediocridade - e por não me enquadrar, eu sou imprestável. E por ser imprestável ao mundo, eu sou útil a Deus, na medida daquilo que sou capaz de fazer, de modo a restaurar aquilo que foi edificado em Ourique.

2.2) Para um jeito de ser diferente, que tem muita dificuldade de se adaptar a um mundo destituído de sentido, uma cultura diferente foi naturalmente edificada, de modo a fazer jus aquilo que foi edificado em Ourique. A língua é portuguesa, mas as referências culturais são as polonesas - até porque tomo por referência o que aprendo com o meu padrinho de crisma, Mons. Jan Kaleta. Pelo menos, é dentro dessas circunstâncias de vida que nasce a cultura pseikone.

3) Mário Ferreira dos Santos dizia que a maior virtude da civilização brasileira é reunir a virtude de todos os outros povos que estão dispersas em todos os lugares do mundo, a qual chamou de "concreção" (embora me pareça mais correto o termo concretude). E o segredo para se assimilar estas virtudes é tomando os mais diferentes lugares como se fossem um mesmo lar em Cristo, com base na pátria do Céu. Assim, a Polônia pode servir às vezes de Brasil, quando a saudade bater mais forte.

4.1) Se a cultura pseikone é por natureza um esforço para se assimilar estas qualidades que estão dispersas pelo mundo afora, seja da experiência de estrangeiros aqui ou de brasileiros lá fora, então ela partiu de um esforço pessoal meu. Como nações inteiras podem decorrer de um único indivíduo, espero fazer desse exemplo que quero passar meu apostolado.

4.2) Ter filhos moldados neste tipo de missão e exemplo seria o melhor legado que posso deixar para o mundo - se eu não tiver filhos, pelo menos os meus amigos mais próximos se lembrarão de tudo o que escrevi e sobre tudo o que tentei mostrar desde minha experiência pessoal. 

4.3) Esse é o legado cultural que deixo para todo aquele que não quer ser como os outros: apátrida, vivendo em conformidade com o todo revolucionário que vem da República, que leva ao nada, já que é próprio do anticristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2017 (data da postagem original).

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