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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Notas sobre uma tendência da República: as oligarquias estaduais estão dando lugar a uma macrooligarquia federal a partir do casamento entre as famílias que dominam determinados cantões do país, como os Sarney no Maranhão, os Neves em Minas Gerais, e os Cabrais, no Rio de Janeiro

1) Desde o advento da Nova República, em 1985, um dos fundamentos da manutenção do poder está no fato de os oligarcas estaduais se casarem entre si, de modo a formar uma grande oligarquia federal.

2.1) Se oligarquia é perversão da aristocracia, tal como diz Aristóteles, então o segredo dessa perversão está no fato de se casarem entre si.

2.2.1) Mas esse casamento não se dá na forma tal como foi apontada por Santo Tomás de Aquino: procriação, mútua assistência e mútua santificação.

2.2.2) Como a aliança do altar com o trono desapareceu na forma do casamento civil e do registro civil de pessoas naturais, então bastou eliminar a mútua santificação que acabou a mútua assistência - e com a liberação sexual, o sexo ficou divorciado da procriação, que se tornou algo acidental - e o nascimento com vida, nesta circunstância, passa a atender a uma conveniência utilitária, dissociada da verdade, o que favorece uma cultura da morte.

2.3) Se a liberdade para o nada se funda no utilitarismo, então o utilitarismo sistemático se dá quando as falsas elites, pautadas na fisiologia e no amor ao dinheiro, se casam entre si de modo a se manterem no poder a qualquer custo, pervertendo tudo o que há de mais sagrado.

3) Neste ponto, a Nova República aperfeiçoou o que foi estabelecido na República Velha, fortalecendo até mesmo o fato de tomar este regime maldito como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2017.

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