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sábado, 7 de janeiro de 2017

Como desenvolver uma cultura num país que não tem cultura própria, no sentido virtuoso do termo?

1) Quando vários países são tomados como parte do mesmo lar em Cristo por parte de uma mesma família, é parte natural do processo o sincretismo cultural, já que as diferentes formas de se ver o mundo, por conta das diferentes circunstâncias de vida, acabam se encontrando no lar do ancestral em comum de modo a que o erro seja trocado pelo que é bom e correto, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Assim, por conta do constante diálogo cultural que cada ramo da família promove dentro da casa ancestral, uma nova tradição acaba nascendo, seja por força da imitação e assimilação dos modelos virtuosos, seja por conta da combinação de diferentes modelos virtuosos de modo a produzir um modelo virtuoso melhor ainda.

3) Tal como meu amigo Rodrigo Arantes diz, toda importação, fundada no fato de se tomar os diferentes lugares de fora como parte do mesmo lar em Cristo, leva a uma exportação a longo prazo, pois tenderemos a reproduzir os modelos mais virtuosos dentro de casa. 

4.1) Como o Rio de Janeiro não tem cultura, mas hedonismo mal disfarçado de cultura de massa - coisa que leva à liberdade voltada para o nada, para o fogo eterno -, é natural para mim que eu deva buscar os fundamentos para se compreender o Brasil tomado como se fosse um lar em Cristo lá fora.

4.2.1) O Brasil nasceu como desdobramento daquilo que foi edificado em Ourique - e para tomarmos o nosso país como se fosse um lar em Cristo, devemos ir servir a Ele em terras distantes. 

4.2.2) Tomando os vários lugares do mundo como parte do mesmo lar em Cristo, aprendemos estilos de vida diferentes e vamos fazendo o diálogo entre as mais variadas vertentes de modo a ficarmos com o que é conveniente e sensato, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus. 

4.2.3) Ao voltarmos para a nossa casa, o Rio de Janeiro, nós ensinamos aos nossos pares aquilo que aprendemos lá fora. Se eles quiserem passar pela mesma experiência, teremos um banco caseiro para financiar as viagens dos nossos pares - e isso é um tipo de investimento, fundado no amor ao próximo.

4.3) Pouco a pouco, preparando os nossos pares nas mesmas experiências por que passamos, nasce uma comunidade amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E o Brasil passa a ter uma cultura própria virtuosa, fundada no fato de se tomar vários países como parte do mesmo lar em Cristo. Os vícios enraizados de nossa cultura, fundados no determinismo geográfico, serão trocados pelas infinitas possibilidades que podem decorrer do conhecimento de vários modelos virtuosos de cultura que podemos conhecer ao tomar os mais diferentes lugares como um lar em Cristo. E esse trabalho tende a ser facilitado se pessoas de uma mesma família estiverem unidas na missão de servir a Cristo em terras distantes. Esse tipo de evangelização pode ser feito em família e leva a se edificar uma civilização por meio do comunitarismo e do distributivismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 2017.

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