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sábado, 7 de janeiro de 2017

Por que é importante ter imóvel próprio em cada lugar que vai ser tomado como se fosse um lar?

1.1) Para longas viagens - como uma ida do Brasil aos Estados Unidos, por exemplo -, é conveniente que você faça a viagem à noite, pois no dia seguinte você estará no seu destino. No entanto, se a viagem se der em escalas, é conveniente que você tenha uma hospedagem organizada, feita de modo a que esta possa te acolher na cidade por alguns dias, enquanto você se prepara para ir até o seu destino.

1.2) Eis aí a importância dos caravançarais culturais, pois o lugar de passagem te prepara espiritualmente para o teu destino, o que não deixa de ser uma espécie de escola de vida, pois o país onde estão localizados esses caravançarais deve ser tomado como se um lar de maneira mediata de modo a que você tome os EUA como se fosse seu lar de maneira definitiva, uma vez que o México será teu porto seguro até o momento em que você esteja pronto para prosseguir viagem e ir aos EUA - e uma das formas dessa preparação se dá quando você restaura suas forças, após uma longa e desgastante viagem. É por essa razão que lugares que servem de meio de caminho entre um destino e outro devem tomados como se fossem um lar de maneira permanente, se as viagens forem recorrentes - e é por conta disso que você ter imóveis nesses lugares. Se o Tiririca fala que "viajar é bom e cagar em casa é melhor ainda", então melhor que você tenha imóveis próprios nesses países.

1.3) Em tempos em que tudo é pragmático, impessoal e descartável, normalmente quem costuma fazer esse trabalho de acolhimento temporário são os hotéis. Em teoria, eles são uma boa opção, mas na prática eles são muito caros - a comida que é servida não é boa, pois não foi feita com o amor e não têm o toque de que foi feita em casa, além de o atendimento não ser de boa qualidade, por conta de o atendimento ser impessoal e formal, o que inviabiliza o senso de tomar o país como um lar.

1.4) É por conta desse tipo de negócio que o turismo tende a ser fundado no amor ao dinheiro - e as belezas do país são exploradas de modo a gerar impostos para o governo, que fará o país ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele - o que torna a economia do turismo uma economia insustentável, pois o que é falso em nossa cultura, como o carnaval, será mantido conveniente e dissociado da verdade, de modo a se conseguir mais dólares obtidos dos gastos dos turistas.

2.1) Se você quer mesmo conhecer um país, tente ao menos tomá-lo como parte de seu lar. Eis um roteiro do que costumo fazer:

A) Tente fazer amizade com todos aqueles que se encontram na sua cidade de modo a reunir informações sobre o que há de bom e de ruim nos países desses estrangeiros.

B) Aprenda as línguas desses estrangeiros e se comunique com eles nessas línguas.

C.1) Preste serviços a eles de modo a que você seja remunerado nas moedas locais desses estrangeiros. Enquanto você não tem conta bancária nos países desses estrangeiros, dê preferência à moeda física.

C.2) Este é o típico caso em que uma dação em pagamento é preferível ao pagamento em moeda local, pois o turismo enquanto economia impessoal, em termos de país tomado como se fosse religião, só admite pagamentos por serviços na moeda local, por se tratar de obrigação civil e sujeita à regulação da justiça, regulação essa fundada num potencial conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida.

D) Uma vez que for construída toda uma cesta de moedas, estude a legislação de cada país e viaje para esses países e abra uma conta bancária em cada um desses lugares. Quanto mais dinheiro você for acumulando, maiores as chances de comprar um imóvel em cada lugar de interesse. Se você tiver uma família grande, ensine-os a serem amigos uns dos outros e incentive-os a se casarem com mulheres virtuosas e homens virtuosos, pois é mais provável encontrar esse tipo de gente lá fora do que aqui no Brasil.

E.1) Incentive que os filhos de seus filhos nasçam no Brasil, de modo a que possam acumular o maior números de nacionalidades possível a cada geração - assim, eles poderão explorar a brecha jurídica de certos países que exigem que a compra de imóveis só pode ser feita por quem é cidadão desses países.

E.2) Um polipátrida consciente, que toma vários países como parte de um mesmo lar, é sempre um diplomata perfeito - e isso é algo que não existe atualmente, pois a maioria dos que são polipátridas, juridicamente falando, não passam de apátridas, tecnicamente falando - além de não tomarem o Brasil como um lar, eles nada sabem da cultura ancestral da qual são herdeiros. E é por conta de não saberem nada que não passam de pessoas marginais, pois eles têm um imenso poder nas mãos, enquanto possibilidade, mas não têm nenhum senso de responsabilidade, por conta de possuírem má consciência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 2017

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