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sábado, 12 de abril de 2025

Do Conservantismo à Barbárie: O Brasil entre a Pandemia e a Esperança de uma Idade da Luz

Desde os primeiros momentos da pandemia, o Brasil foi tomado por uma escalada de tensões que revelaram muito mais do que divergências políticas ou sanitárias. O que se viu foi o agravamento de uma estrutura já adoecida por décadas de relativismo moral e culto ao conveniente. Uma estrutura que, sob a aparência de legalidade, racionalidade e ciência, ocultava o que há de mais violento: a recusa da verdade como critério de convivência.

Nesse novo regime de patrulhamento ideológico, a liberdade de expressão foi lentamente substituída por um sistema de censura moral travestido de zelo pela “democracia” e pela “verdade dos fatos”. O que se chamava de “combate à desinformação” tornou-se, na prática, um instrumento de silenciamento dos dissidentes — principalmente daqueles que, motivados por convicções religiosas, filosóficas ou simplesmente morais, ousavam expor as contradições do sistema.

Essa realidade atingiu seu paroxismo nos desdobramentos do 8 de janeiro. Independentemente das interpretações que se queira dar aos eventos daquele dia, não se pode ignorar o uso que dele foi feito: uma nova oportunidade para institucionalizar a repressão ao pensamento livre. As prisões, a censura, o escárnio público de cidadãos comuns passaram a ser tratados como expressões legítimas de “defesa da ordem”. Mas ordem sem verdade é opressão, e justiça sem transcendência é apenas vingança legalizada.

E é aqui que se encontra o cerne do problema: muitos dos que hoje se dizem "conservadores" não conservam a verdade, mas apenas o conveniente. Vivem de sistematizar aquilo que os mantém em zonas de conforto, mesmo que dissociado do bem e do real. Preferem manter intacta a ordem do erro do que se submeterem à desordem aparente de uma conversão radical ao Todo que vem de Deus. Tornaram-se, sem perceber, cúmplices de um sistema de barbárie — porque barbárie não é apenas destruição física, mas, antes, a destruição da alma pública de um povo.

A responsabilidade, portanto, recai sobre aqueles que não se deixaram seduzir nem pela revolução nem pela conservação do erro. Cabe aos que vivem em conformidade com o Todo — àqueles que se esforçam por ver, julgar e agir sob a luz do Verbo Eterno — dar testemunho da verdade, mesmo quando ela fere os brios dos senhores da opinião pública.

Esse testemunho não é apenas uma missão pessoal, mas um dever histórico. Enquanto o Senhor não vem pela segunda vez, é por meio dos seus servos fiéis que a Verdade há de brilhar nas trevas deste mundo. E se isso exige ser caluniado, excluído ou perseguido, que assim seja. Pois nenhuma cultura floresce sem o sangue — simbólico ou real — dos que se oferecem em sacrifício pelo bem comum.

O Brasil, tão frequentemente reduzido a caricaturas políticas, precisa reencontrar sua alma. E essa alma não será reavivada por acordos parlamentares ou reformas burocráticas, mas por uma profunda purificação moral e espiritual. Precisamos sair da atual idade das trevas — marcada pela mentira sistematizada, pela manipulação das consciências e pela covardia institucional — rumo a uma verdadeira Idade da Luz, sem igual no mundo.

Essa Idade da Luz não será construída pelos poderosos, mas pelos fiéis. Aqueles que, mesmo no deserto da comunicação e na solidão dos tempos modernos, continuam a afirmar: “Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo”. Com eles, e por meio deles, o Brasil poderá ser finalmente aquilo que muitos profetizaram, mas poucos estiveram dispostos a sofrer para ver realizado: uma terra de Santa Cruz, iluminada não por ideologias humanas, mas pela luz do Cristo que venceu o mundo.

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