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segunda-feira, 14 de abril de 2025

Geopolítica Afetiva e A Logoterapia Prática: A iiberdade de tomar o mundo como lar nos méritos de Cristo

A verdadeira revolução não começa com armas ou votos, mas com sentidos. Numa época em que as fronteiras ainda gritam por soberania, há uma outra fronteira silenciosa sendo expandida: a do coração humano redimido pelo serviço e pelo amor enraizado no sentido. É aqui que nasce a geopolítica afetiva.

Geografia Sentimental: o lar como vocação

Plínio Salgado, em sua obra Geografia Sentimental, nos lembra que o território não é apenas chão, mas alma: é memória, sacrifício, suor e sonho. O lar não é um CEP, mas uma construção simbólica moldada pela afeição e pelo pertencimento. Essa geografia não é ensinada em mapas; ela é vivida em gestos.

A geopolítica afetiva parte dessa base: a ideia de que o espaço só tem sentido quando está habitado com responsabilidade, amor e projeto. E esse projeto pode — e deve — atravessar fronteiras.

Conectografia: entrelaçar territórios pelo serviço

O conceito de conectografia, de Parag Khanna, mostra como o mundo já não é definido apenas por estados-nações, mas por redes: rotas comerciais, fluxos de dados, corredores energéticos e mobilidade humana. No entanto, o que falta a essa conectografia é alma. Ela é técnica, mas ainda não é ética.

É aí que entra a geopolítica afetiva: ela é a alma da conectografia. A ponte entre territórios não é apenas o cabo de fibra óptica ou o tratado diplomático — é o amor que faz alguém servir a dois povos como se fossem um só, com sentido, com lealdade, com fidelidade à verdade.

Viktor Frankl e a logoterapia da missão

O ser humano pode suportar qualquer coisa, exceto a falta de sentido”, disse Viktor Frankl. Sua logoterapia nos aponta um caminho: o homem não é definido pelas circunstâncias que o cercam, mas pela liberdade de responder a elas com sentido. A geopolítica afetiva é, nesse aspecto, uma logoterapia prática.

É a recusa do determinismo geográfico, político ou existencial. É o uso da liberdade para fundar novos espaços de sentido: o lar que nasce do amor, a cidadania que floresce do serviço, a pátria que se reconhece no outro.

Méritos de Cristo: a Redenção das Conexões

Tudo isso, no entanto, encontra seu eixo nos méritos de Cristo. Pois apenas n'Ele o lar é definitivo, a missão é plena e a conexão é verdadeira. A verdadeira conectografia cristã não é feita de cabos, mas de vínculos redimidos. Não conecta apenas cidades, mas almas. Não gera apenas riqueza material, mas riqueza espiritual.

É assim que se constrói um lar em terras distantes. Não por turismo, mas por serviço. Não por fuga, mas por missão. A geopolítica afetiva é, portanto, a expressão mais bela de uma alma que se recusa a ser estrangeira no mundo — porque já é cidadã do Céu.

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