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sábado, 19 de abril de 2025

A Era do Crislam: Entre a Verdade do Evangelho e a Mentira do Sincretismo Religioso

Uma das lições mais dolorosas, mas também mais libertadoras, que o atual pontificado tem nos ensinado é esta: ser católico não é sinônimo de ser um idiota. A fé não exige a suspensão da razão, nem a obediência cega a homens que, ainda que sentados indevidamente na Cátedra de São Pedro, usam do prestígio de sua posição para promover heresias ou para relativizar a verdade do Evangelho. Quando isso ocorre, a caridade para com a verdade exige resistência.

Assim como São Paulo resistiu a São Pedro "face a face" (Gálatas 2:11) por causa de sua dissimulação, os fiéis católicos hoje têm o dever moral de resistir à confusão doutrinária que, em nome do ecumenismo e da paz, coloca o Cristianismo lado a lado com religiões que negam a Trindade, a divindade de Cristo e a verdade revelada. Entre essas, destaca-se o Islamismo.

O termo "Crislam" tem sido usado para descrever um perigoso sincretismo entre Cristianismo e Islamismo promovido por certos setores da hierarquia católica, inclusive pelo atual Papa. Encontros inter-religiosos, documentos assinados em conjunto com líderes muçulmanos e declarações que afirmam que "Deus quer a pluralidade das religiões" chocam-se diretamente com a revelação cristã, segundo a qual Cristo é o único Caminho, Verdade e Vida (João 14:6). Se Deus quer a verdade, e Cristo é a verdade, então é contraditório afirmar que Deus também deseja religiões que negam essa verdade.

A incompatibilidade entre o Cristianismo e o Islamismo é total. Enquanto o Cristianismo afirma um Deus trino que é amor, o Islamismo nega a Trindade e reduz Deus a uma vontade absoluta e impessoal. Enquanto o Cristianismo exige a confissão pública da fé mesmo sob martírio, o Islamismo admite a taqiyya — o direito de mentir ou dissimular a fé quando isso for vantajoso para a expansão islâmica.

A taqiyya é uma doutrina demoníaca porque legitima a mentira em nome de Deus. Isso basta para provar que o deus do Islã não é o mesmo Deus cristão. O verdadeiro Deus é a Verdade (João 14:6), e não pode contradizer a Si mesmo. Mentir em nome da fé é servir ao pai da mentira (João 8:44), não ao Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Portanto, quando se ouve um Papa ou um bispo louvando a "riqueza espiritual do Islã" ou participando de cultos sincréticos que colocam Alá e Cristo como se fossem expressões de uma mesma divindade, é preciso gritar com toda força da consciência e da fé: ali não é o Cristo que fala, mas o próprio diabo.

Não se trata aqui de desrespeito à autoridade, mas de fidelidade à verdade. A autoridade papal está subordinada à revelação divina, à Tradição e ao Magistério perene da Igreja. Quando um Papa fala contra essas instâncias superiores, ele fala apenas como homem, e pode, sim, ser resistido e corrigido.

A caridade para com a verdade exige que se diga: quem promove o Crislam promove a apostasia. Quem se cala diante disso consente. E quem resiste é movido não por orgulho ou rebelião, mas por amor à verdade que nos liberta (João 8:32).

Bibliografia recomendada:

  1. Bento XVI. Discurso em Regensburg. 12 de setembro de 2006.

  2. Catecismo da Igreja Católica. Edições Loyola, 2013. (Especialmente §§ 841–848 sobre as religiões não-cristãs).

  3. São Tomás de Aquino. Suma Teológica, I, q.16 (sobre a verdade), e II-II, q.10–11 (sobre a heresia e a incredulidade).

  4. Olavo de Carvalho. O Jardim das Aflições. Vide Editorial, 2015. (Especialmente capítulos sobre a relação entre verdade, religião e império).

  5. Robert Spencer. The Truth About Muhammad: Founder of the World's Most Intolerant Religion. Regnery Publishing, 2006.

  6. Hilaire Belloc. The Great Heresies. TAN Books, 1991. (Capítulo sobre o Islamismo como heresia).

  7. Michel Houellebecq. Submissão. Alfaguara, 2015. (Romance distópico que ilustra uma Europa rendida ao Islã por meio de um catolicismo esvaziado).

  8. Josias Royce. The Philosophy of Loyalty. Macmillan, 1908. (Fundamento do compromisso com a verdade no espaço público e religioso).

  9. Ratzinger, Joseph (Bento XVI). Introdução ao Cristianismo. Paulus, 2005. (Sobre o Deus cristão em contraste com as concepções imanentistas e voluntaristas).

  10. G. K. Chesterton. Hereges. Ecclesiae, 2021. (Reflexões sobre o erro moderno e a fé cristã).

Essas obras oferecem ao leitor uma base teológica, filosófica e histórica sólida para compreender por que o chamado "Crislam" não representa um avanço espiritual, mas sim uma regressão à confusão e ao abandono da fé cristã autêntica.

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