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segunda-feira, 7 de abril de 2025

Entre Duas Tradições: uma ponte jurídica e cultural entre Brasil e Polônia nos méritos de Cristo

Nos últimos anos, venho desenvolvendo uma metodologia singular de tradução e adaptação de meus artigos jurídicos originalmente redigidos em português para o idioma polonês. Contudo, minha prática não se limita à simples transposição linguística. Ao traduzir, incorporo cuidadosamente a literatura jurídica local da Polônia que corrobora e dialoga com os argumentos expostos em meus textos brasileiros. O objetivo é duplo: evitar qualquer tipo de imposição cultural e, ao mesmo tempo, preparar o espírito do leitor para receber ideias novas sem gerar choque cultural.

Esse procedimento tem se revelado altamente frutífero, permitindo-me não apenas introduzir minha experiência jurídica e filosófica ao público polonês, mas também tomar conhecimento profundo da tradição jurídica da Polônia, identificando os autores, doutrinas e obras fundamentais que formam o espírito do Direito neste país.

Com isso, passo a importar — por necessidade natural e intelectual — os livros jurídicos poloneses que constituem o fundamento vivo da experiência local. Cada livro que estudo se torna uma chave para compreender como o povo polonês pensa, sente e aplica a justiça. É assim que Brasil e Polônia passam a ser, para mim, um mesmo lar em Cristo, sob a luz do Logos encarnado, que reconcilia todas as coisas em si mesmo.

Neste sentido, minha atuação pode ser compreendida como uma forma de transferência tecnológica espiritual e jurídica. Transfiro não apenas textos, mas uma experiência jurídica amadurecida sob a luz da razão e da fé, testada no contexto brasileiro e, agora, reinterpretada no solo polonês com reverência à sua história e identidade.

Não se trata de impor modelos prontos, mas de apresentar soluções enraizadas na tradição — soluções que foram eficazes em um contexto e que, ao serem traduzidas com discernimento, podem gerar frutos também em outro. Ao mesmo tempo, integro à minha própria prática os ensinamentos da tradição jurídica polonesa, promovendo uma verdadeira comunhão intelectual entre dois povos cristãos.

Este projeto está fundamentado na ideia de que a verdade não é local, mas universal. E se a verdade é o fundamento da liberdade, como creio firmemente, então servir à verdade, seja em português ou em polonês, é um ato de caridade e de lealdade à vocação que recebi nos méritos de Cristo.

Convido, assim, os juristas, professores, pesquisadores e estudantes poloneses a dialogarem comigo. A ponte está lançada. Caminhemos por ela juntos — não em nome de um cosmopolitismo apátrida, mas em nome da lealdade a Deus, à justiça e à verdade, que unem as nações livres.

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