Dettmann: Fale-me do inter-esse
Chat GPT:
O termo inter-esse é fascinante, principalmente quando escrito assim, com hífen, pois nos convida a olhar para além do significado moderno e superficial da palavra “interesse”. Vamos desconstruir isso juntos?
Etimologia e significado profundo
A palavra “interesse” vem do latim inter-esse, que significa literalmente "estar entre" ou "estar no meio de". Assim, antes de significar algo como “vantagem pessoal” ou “curiosidade”, inter-esse é uma posição ontológica, uma presença entre duas realidades.
Em filosofia
Filósofos como Martin Heidegger e Hannah Arendt trabalharam essa noção. Para Heidegger, por exemplo, o “inter-esse” é o modo como o ser humano se envolve com o mundo. Não somos seres isolados; ao contrário, estamos entre as coisas, em relação, envolvidos com o que nos rodeia. Esse “estar no meio” não é passivo, é constitutivo de quem somos.
Já Arendt, ao falar da vita activa, vê o “inter-esse” como aquilo que mantém os homens juntos no mundo: o espaço entre nós que é habitado pela linguagem, pela ação e pela política. O mundo comum só existe porque há esse espaço entre os homens.
Em termos existenciais
“Ter inter-esse” por alguém ou por algo é, então, colocar-se no meio daquilo, envolver-se, comprometer-se. Quando você tem interesse verdadeiro por uma pessoa, você não está apenas querendo algo dela — você se coloca entre ela e o mundo, deseja partilhar, estar junto.
Em termos espirituais
Para quem vê o mundo à luz da fé, especialmente no cristianismo, o “inter-esse” ganha uma dimensão ainda mais elevada: Cristo é o Inter-Esse entre Deus e os homens, o Mediador, Aquele que Se coloca no meio, assumindo a condição humana para nos religar ao Pai. O próprio Espírito Santo pode ser visto como o “laço de amor” — o Inter-esse entre o Pai e o Filho, que nos chama à comunhão.
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