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domingo, 30 de abril de 2017

Notas sobre relação entre amor conjugal e justiça

1) A questão do amor está relacionada com a justiça.

2) Se a pessoa que me ama me dá uma bronca por um motivo justo, porque falho miseravelmente nos deveres que são próprios da sociedade conjugal, então esta pessoa me ama, pois ela está me corrigindo fraternalmente. Por isso, devo ouvir e suportar o peso de minhas falhas - e pedir perdão por força disso. Isso é amor.

3.1) Se a pessoa que pretensamente me ama me dá uma bronca porque eu fico um bom tempo afastado dela por força disso que faço para o bem do país, aí não é amor. A pessoa é incapaz de compreender que isso se faz tendo em vista o Crucificado de Ourique - a pátria se funda em Deus e é um valor que transcende os valores familiares.

3.2.1) Por essa razão é justo pedir a anulação do casamento, dado que ele não cumpriu suas finalidades: a pessoa é incapaz de perceber que casamento é serviço à pátria - e a atividade intelectual me faz com que eu me afaste da família por um motivo justo.

3.2.2) Se a pessoa tivesse fé verdadeira e me conhecesse bem, saberia que voltaria pra casa, uma vez cumprido o meu dever.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de abril de 2017.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Sobre a necessidade de fazer engenharia reversa na escola austríaca, de modo a retirar os nefastos elementos kantianos da doutrina

1) Quando aprendi a diferença entre nacionidade e nacionalidade em Borneman, eu tive todo o cuidado de cristianizar o conceito de modo a eliminar todas as influências marxistas que gravitavam em torno dessa distinção.

2.1) Se fiz um trabalho de qualidade nessa direção, esse trabalho pode ser feito também na escola austríaca.

2.2.1) O que torna a doutrina dos austríacos nefasta é a sua carga neokantiana.

2.2.2) Se o kantismo e o neokantismo forem sucessivamente eliminados, por serem revolucionários - e temperados com elementos do distributivismo, da encíclica Rerum Novarum -, uma nova doutrina econômica pode surgir, por força desse diálogo.

2.2.3) Até porque ele pede um conceito de liberalismo que se conjugue com a verdade, com aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, o que mata o projeto kantiano, que afirma que o homem é o animal que mente.

3.1) Alguns insensatos, por não terem domínio da linguagem, ainda confundem tomar o país como um lar com país tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3.2) É por conta de não serem pessoas cultivadas, é por não terem a menor sensibilidade para com a realidade, que ficam a defender doutrinas nefastas como o keynesianismo.

3.3) O melhor instrumento para se combater a doutrina de Keynes é a doutrina de Hayek. Suas observações a respeito do uso do conhecimento na sociedade devem ser temperadas com a doutrina da Igreja, pois tudo o que há nos austríacos tem marca kantiana - que deve ser podada, tal qual se faz com um bonsai.

4) Se as pessoas se preocupassem em fazer o que faço - que é estudar a realidade - e evitassem o doutrinarismo e a discussão puramente abstrata, um caminho do meio poderia ser estabelecido, de modo a haver justiça na sociedade e a propagação dos valores que se fundam na verdade, coisa que leva o país a ser tomado como se fosse um lar em Cristo, por ser Ele a verdade.

5.1) O distributivismo não é apenas um desses caminhos do meio.

5.2) Há também um outro chamado solidarismo (doutrina essa que levou à fundação da economia da comunhão, um distributivismo à brasileira).

5.3) O nacionismo, da forma como estou tentando descrever da melhor maneira possível, é também um desses caminhos.

5.4) Até onde pude saber da Rerum Novarum, o caminho do meio, a terceira via, é o caminho da virtude. E esse caminho não é único - há vários caminhos que devem ser estudados e examinados com cuidado. O sensato deve estudar tudo com cuidado - e deve se reunir com todos aqueles que agem da mesma forma, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2017.

Continuação da história que estava contando

1) Com o dinheiro acumulado da atividade intelectual, a importadora antes fundada para a economia pessoal passaria a ser voltada para a economia familiar, atuando nas duas pontas do Atlântico. É como estivesse preenchendo um círculo concêntrico, de modo a servir a Cristo em terras distantes.

2) Se meus parentes tivessem atividade econômica organizada em Portugal e amassem mais a Deus do que o dinheiro, eu estudaria o mercado do meu lugar, o Rio de Janeiro, de modo a angariar clientes para a economia da família, que está em Portugal.

2.1) Se na família houvesse verdadeira amizade, fundada no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, eu pegaria alguns produtos da família em consignação e os venderia no Brasil, quando terminasse o período de loucura da cidade. Abriria uma poupança em reais [1], por força dessa relação familiar, uma vez que isso é uma verdadeira sociedade de fato - e o dinheiro ficaria depositado na poupança, rendendo juros durante um longo prazo, uma vez que na Europa os juros estão no momento negativos.

2.2) Quando voltasse a Portugal, quando chegasse o tempo de ficar lá, eu entregava esses reais pessoalmente aos meus familiares. E esse dinheiro poderia ser usado para fazer compras no Brasil, quando viessem aqui, ou convertido em euros, quando houver um câmbio mais vantajoso. Ou, para ser mais sensato, eu deixaria na poupança - e comprava as coisas de que minha família necessita no Brasil e traria para Portugal, como bem pessoal. E quando estivesse com eles, eu dava essas coisas de presente, como forma de pagamento.

2.3) Assim, nas relações familiares, não haveria a presença de intermediários. Numa relação em que uma e outra ponta são controladas pela mesma família, os acordos tendem a ser mais pautados numa dação em pagamento e não em câmbio, uma vez que em ambiente familiar a confiança é a regra que norteia todas coisas.

[1] Por que pretendo abrir uma poupança por força dessa sociedade de fato?

1) Embora a renda da poupança não esteja boa, no momento em que escrevo este artigo, nela eu não pago imposto de renda.

2.1) Além disso, se eu quiser investir em ações, eu preciso fazer negócios com alguém que ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, que ame a Deus mais do que o dinheiro e que tenha um plano de negócios que faça com que eu invista na atividade dele de modo a beneficiar uma nação inteira - no momento, não conheço alguém com tal mentalidade.

2.2) Jamais colocarei dinheiro na bolsa - além de ser um ambiente impessoal, o sobe-e-desce das bolsas pode matar uma pessoa do coração, quando esta ama mais o dinheiro do que a Deus, por força da angústia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2017.

Por que ser luso-brasileiro é vantajoso, nas atuais circunstâncias? O caso da atividade intelectual

1.1) A primeira atividade econômica organizada que se deve ter em mente, quando se toma um país como um lar em Cristo, é uma importadora, ainda que para fins pessoais. Podemos dizer que esta é a primeira das indústrias de base, pois ela permitirá, ao longo prazo, a substituição de importações.

1.2) Para se ter uma importadora, você precisa ter membros da família que estejam atuando como diplomatas perfeitos de modo que o seu país e o país onde seus antepassados nasceram sejam tomados como um mesmo lar em Cristo. Com a ajuda da família, você pode abrir uma conta no exterior e receber dinheiro de doação nessa conta, uma vez que o câmbio e a proibição de receber euro no Brasil são uma verdadeira sacanagem - é por isso que repudio nacionalismo monetário. Para alguém como eu, que faz trabalho intelectual dessa maneira, é um excelente negócio.

1.3) Eu não fui abençoado com esta circunstância, embora isso não me impeça de discorrer sobre isso. Eu só tenho parentes por parte de mãe, pois meu pai é filho único, e eles são muito desunidos - se eles fossem unidos, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, eles teriam a consciência reta, a ponto de irem servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique. E neste ponto, muitos deles iriam se estabelecer em Portugal de modo a servirem seus semelhantes, receberem em Euro e assim ajudar a família naquilo que for necessário. Meu trabalho como escritor seria mais divulgado e eu poderia ganhar dinheiro publicando livros, já que na Europa, assim como nos EUA, a cultura de doação existe.

2.1) Se tivesse domicílio tanto em Portugal quanto no Brasil, tudo o que comprasse já estaria nacionalizado em minha pessoa, por serem bens pessoais, uma vez que esses itens estariam me servindo de modo a incrementar as minhas atividades intelectuais organizadas, o que viabilizaria uma atividade econômica futura. Assim, quando passasse meu tempo de domicílio em Portugal para o tempo de domicílio no Brasil, eu levaria o que adquiri em Portugal comigo como se fosse bem pessoal - e bem pessoal não é considerado bem importado, uma vez que bem importado tem natureza comercial, ânimo de lucro porque se pauta na impessoalidade.

2.2) Chegando ao Brasil, esses livros que comprei como se fosse nacional português acabariam gerando muito mais artigos, a ponto de virarem livros, se fossem publicados. Ainda que a legislação portuguesa eventualmente não reconheça isso como vínculo à comunidade, isso é uma forma de tomar o país como um lar em Cristo, dado que estou servindo a Cristo em terras distantes, ao retornar ao ponto de partida. Logo, a legislação portuguesa estaria fora da Lei Natural - portanto, inconstitucional.

2.3.1) Como Portugal é membro da comunidade européia, os livros que comprar na Espanha, França, Itália e Alemanha de modo a a me aprimorar na atividade intelectual, são nacionalizados por força de ser nacional de um país-membro da comunidade.

2.3.2) Isso é meta-nacionalidade, uma vez que esses produtos de diferentes nações acabem sendo nacionalizados na minha pessoa enquanto bem pessoal, pois a livre circulação de pessoas faz com que o senso de tomar o país como um lar tendo por base a cultura produzida acabe se transformando numa nacionidade compartilhada - e esse senso é emprestado de modo a que os países-membros acabem se desenvolvendo, o que caracterizaria distributivismo.

2.4.1) Uma nacionidade européia poderia ser formada se houvesse um consórcio, uma colaboração mútua, se esse senso de tomar o país como se fosse em Cristo fosse distribuído a todos os países do bloco, o que ensejaria o renascimento da Idade Média.

2.4.2) Mas a União Européia está de costas para Deus, o que faz com que haja uma reversão do fluxo: a apatria e a má consciência sistemática acabam sendo distribuídas em massa e isso acaba edificando liberdade para o nada, a ponto de ser presa fácil das invasões islâmicas, mascarada de crise humanitária, por força da Guerra Civil que há lá na Síria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2017.

Notas sobre a importância de se ter dois domicílios

1) Quando se toma dois ou mais países como um mesmo lar [1], é importante que você tenha dois domicílios.

2) No meu caso, que moro no Rio de Janeiro, eu ficaria fora da cidade durante o período que abrange o Natal e o Carnaval, se tivesse essa possibilidade. Esta cidade, por conta do consumismo e dos festejos desordenados [2], fica uma loucura a ponto de ninguém respeitar o ir e vir alheio. Esse é o período em que me sinto preso. Além disso, o calor é insuportável - e se eu usar o ar condicionado, eu pago uma fortuna em ICMS, uma vez que a energia elétrica é cara.

3.1) Durante esse período, minha tendência é ficar no EUA, pois posso comprar material para incrementar minhas atividades intelectuais organizadas. Eu compraria um imóvel de modo a ter um domicílio nos EUA e faria uso próprio desse imóvel durante esse período de loucura que ocorre no Rio; no resto do ano, eu o deixaria alugado até o tempo da loucura chegar novamente, posto que isso é cíclico.

3.2) A tendência é me estabelecer na Flórida, por conta de o clima ser semelhante ao do Brasil.

4.1) Por conta de ter dois domicílios, todos os produtos que compro nos EUA têm caráter de compra interna, uma vez que estou domiciliado nos EUA e presente no país - e não de importação, uma vez que não há ânimo de lucro, por força de usar os serviços de frete, coisa que caracterizaria uma economia entre ausentes, impessoal.

4.2) Quando voltasse para o Brasil, os itens que comprei seriam incluídos na minha bagagem pessoal. Como é item de bagagem pessoal, não pode ser considerado como bem importando, mas nacionalizado por conta de ser item pessoal, por conta de tomar os EUA como um lar da mesma forma que tomo o Brasil.

5) Os livros e equipamentos que comprei nos EUA serão por mim usados de modo a aprimorar minhas atividades intelectuais, após o carnaval. Além disso, o clima fica mais ameno no hemisfério sul, o que é excelente para se trabalhar.

[1] Aqui eu tenho de explicar o conceito de domicílio e discorrer sobre isso:

1) No Direito, domicílio é o lugar onde posso ser encontrado.

2.1) Se eu tomo um lugar como um lar, então eu pretendo ficar nele por tempo indeterminado. Se não houver mudança nas circunstâncias que me fizeram tomar o lugar como um lar, eu tendo a ficar nele de maneira definitiva.

2.2) Se tenho um período fixo do ano em fico nos EUA de maneira habitual, então estou tomando este país como meu lar também. Só não é em tempo integral porque há coisas no Brasil de meu interesse que fazem com que minha presença na Terra de Santa Cruz se torne mais permanente. É por conta dessas duas circunstâncias que tomo os dois países como parte do mesmo lar em Cristo: há coisas nos EUA que farão minha permanência no país mais permanente e há coisas no Brasil que fazem com que eu fique nesta terra de  maneira mais permanente.

3) O fato de ter múltiplo domicílio não quer dizer que eu que tenha dupla nacionalidade. A maior prova disso é que posso ser  brasileiro e morar nos dois lugares. É prova de nacionidade - e é por força disso que posso vir a me tornar diplomata perfeito, mas este tipo de coisa não é reconhecida nos EUA, por serem um país infectado pela heresia modernista, coisa que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

[2] Aqui eu vou ter de explicar porque eu me sinto preso no Rio.

1) Aqui no Rio, nós temos consumismo e hedonismo durante esse período. Nosso Natal está muito descristianizado: ninguém se lembra de Jesus, mas dos comes e bebes.

2) O Carnaval ocorre na véspera da querta-feira de cinzas, início da quaresma, a preparação para a páscoa. Durante a quaresma, Jesus passou 40 dias no deserto - e é por força da mortificação que fazemos jejum, uma vez que isso se faz em memória à verdade em pessoa, que é Ele. De nada adianta se empanturrar de carne, pois esta não é a maneira correta para se preparar para a Páscoa. A terça-feira gorda zomba do Deus verdadeiro - e isso é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2017 (data da postagem original).

Notas quanto à afirmação de que toda importação representa uma exportação a longo prazo

1.1) Quando você for fazer uma importação, é conveniente que você converta a marca do porto, do produto importado para a sua marca [1]. Quando o produto for colocado à venda nas lojas, você pode promover a sua marca, o que dá a impressão no consumidor de que o produto foi feito por você. Dessa forma, a importação acaba se tornando um empréstimo feito de tal modo a você ter sua própria produção e assim ter o controle dos custos.

2) Para que a publicidade valha a pena, dois são os critérios mais importantes:

A) A tendência de o consumidor preferir um produto de qualidade - isso faz com que a pessoa tenda a confiar na marca.

B) A tendência por preferir uma marca antiga a uma marca nova. Se o critério da qualidade for satisfeito por anos a fio, então haverá a construção de uma tradição. E é com base na tradição de boa qualidade que a pessoa estará disposta a pagar um preço mais elevado de modo a saborear o trabalho feito com base na excelência, coisa que é divina em si mesma.

3.1) Para cada real em publicidade feita de modo a revelar a demanda, é provável que possa haver muitos reais em retorno por conta das vendas realizadas. Desse montante, é aconselhável que se invista em institutos de P & D de modo a aprimorar a qualidade do produto ou mesmo inventar novos produtos. Esses novos produtos depois são classificados em gênero e espécie. Se a publicidade for focada no gênero, então ela abrangerá toda a linha de produtos desse gênero.

3.2) Se há muitos gêneros sob o seu controle, então o foco é a corporação. E se a corporação estiver fundada em valores cristãos - uma vez que a conformidade com o Todo que vem de Deus leva à excelência, ao compromisso de prestar um serviço de qualidade ao seu próximo -, então isso acaba se tornando uma poderosa forma de evangelização, tal como aconteceu com a Ferrero Rocher.

4.1) Outra possibilidade decorrente do bom retorno da publicidade é fazer com que outras empresas que possuem tecnologia necessária de modo a você ampliar a sua gama de produtos acabem se juntando a sua empresa, o que faz com que a competição seja trocada por uma aliança.

4.2) A aliança tende a ser permanente e sagrada se Deus e a vocação de servir ao próximo forem o centro de todas as coisas, e não o dinheiro. Com isso, na fusão e aquisição de empresas nós temos o surgimento de uma comunidade - e os empregados antigos tendem a ser assimilados como parte da familia.

Notas:

[1] Do ponto de vista de uma economia nacional, importar um produto, uma matéria-prima sem nacionalizar (colocar sua marca nele) é como se você tivesse encontrado uma coisa sem dono - e se um produto dessa natureza for vendido no mercado, então ensejará um enriquecimento sem causa, o que é fora da conformidade com o Todo vem de Deus, pois o país não foi tomado como um lar de modo a ter marcas nacionais próprias e de qualidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2017 (data da postagem original).

Das funções do estoque numa atividade economicamente organizada

A) O caso da importação e exportação de mercadorias

1) Uma das funções do estoque, ao se administrar uma empresa, é prevenir uma eventual falha por conta da troca intertemporal decorrente da compra de mercadorias do exterior e a conseqüente venda no mercado interno.

2) A maior prova disso é que o tempo para se adquirir  um produto por meio da importação e preencher o estoque não é o mesmo tempo necessário para esvaziá-lo - esse tempo, dependendo das circunstâncias, pode ser sazonal ou mesmo eventual, como um tempo de bonança ou mesmo um tempo de crise.

3) Não é à toa que é preciso um bom entendimento da realidade social do país, que deve ser tomado como se fosse um lar, de modo a fazer os ajustes corretos e fazer uma boa intendência na empresa.

B) O caso da compra de insumos para a indústria

1) Outra função do estoque é precaver-se de uma eventual falha de mercado - nem sempre há produto disponível quando você tem necessidade de possuir um determinado produto de modo a empresa fazer bem seu trabalho, enquanto atividade economicamente organizada.

2) Quem tem um bom entendimento da realidade do país deve ser precavido - deve comprar os insumos necessários quando há oferta disponível e em abundância, pois os preços são sempre baixos. E esses insumos devem ser transformados de tal maneira a gerar um produto com alto valor agregado.

3) Um bom produto é aquele que você produz muitas unidades do mesmo tipo com um mínimo de matéria-prima - por isso, saber otimizar é uma forma de aumentar o valor agregado do mesmo.

C) Da possibilidade de esperar o melhor momento para a venda de um produto acabado (especulação)

1) Se você tiver uma economia de base familiar, tal como vemos no distributivismo, um membro da família que esteja a tocar uma fazenda pode lhe suprir a demanda por matérias-primas. Numa família grande, as diferentes vocações produzem uma divisão do trabalho e abrem novas frentes de trabalho que visam a atender às necessidades da empresa e às da vizinhança, uma vez que uns trabalham em função do outro, por conta de amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2) Quando se age dessa forma, a empresa trabalha no seu próprio ritmo e não fica tão dependente das eventuais falhas ou imprevisões do mercado - e dessa forma, poderá especular, esperando a melhor hora para se vender o produto armazenado nos estoques.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2017.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

É do pleno entendimento que nasce uma boa intendência

intender - administrar - e um dos fundamentos das administração, segundo Faiol, é o controle. Logo, intendência.

entender - compreender. Da compreensão nasce o senso de conservar o que é conveniente e sensato. E é por meio desta estrada que aprendemos a conservar a dor de Cristo e a cuidar do bem comum, de modo que a verdadeira liberdade em pessoa esteja entre nós, o que faz com que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo.
Logo, quem entende bem as coisas bem intende. Para toda beneficência há sempre uma benintendência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2017.

Por que é importante confessar-se logo, quando se falta à missa de domingo?

1) Quando falto à missa de domingo, uma das primeiras coisas que faço, quando tenho a oportunidade, é me confessar.

2) Deus é uma pessoa e Cristo é o verbo que se fez carne. Como Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, eu o levo em consideração sempre.

3) O verdadeiro amigo sempre perde perdão por suas faltas. O verdadeiro amigo de Deus sempre vai ao confessionário quando falha no seu compromisso para com Ele.

4) Entre um domingo e outro há um espaço de 8 dias. Para o Santo Padre Pio de Petrelcina, esse é o tempo necessário para se limpar os pecados - quando não se faz isso, enquanto o pecado arde e isso é flagrante, a pessoa tende a esquecer a omissão praticada, a ponto de edificar uma má consciência, um vazio tão grande na alma a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que atrai mais pecados ainda e cada vez mais graves.

5) O processo de descapitalização moral é como uma síndrome adquirida, mas a deficiência está na alma, não no sistema imunológico. E isso é mais grave do que AIDS.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2017 (data da postagem original).

Notas sobre dois tipos de faculdade de Direito

1) Existem dois tipos de faculdade de Direito: as que formam operadores do Direito (sejam eles advogados, juízes e promotores) e as que formam cidadãos, de modo que não sejam enganados pelos que se formam no primeiro tipo de faculdade.

2) As faculdades do primeiro tipo são reconhecidas pelo MEC e são uma atualização daquilo que Sócrates uma vez chamou de sofistas: gente rica em sabedoria humana dissociada da divina que vai te ensinar a defender tanto o ponto de vista A quanto o ponto de vista B de modo que seu cliente seja sempre beneficiado. Para eles, dizer o direito não tem relação com a verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus - o que importa é o pronunciamento definitivo do Estado, seja pelo provimento ou não do pedido. Não é à toa que não passam de charlatães.

3.1) As faculdades do segundo tipo, assim como o COF do professor Olavo de Carvalho, elas não são reconhecidas pelo MEC.

3.2) Nela, aquele que ama o saber e a justiça ensina a todos aqueles amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento de modo a não serem enganados pelos sofistas.

3.3) Ao terem conhecimento jurídico e rica formação filosófica, histórica e literária, eles certamente se infiltrarão numa faculdade de Direito de modo a pegar o canudo e assim fazer uma contra-revolução cultural.

3.4) Eles entrarão na universidade e acabarão com a mentalidade revolucionária desde dentro, uma vez que aprenderão nas faculdades de segundo tipo a sobreviverem ao ambiente nefasto das faculdades de primeiro tipo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2017 (data da postagem original).

Se você ama o saber, então escreva sobre isso, pois isso é fonte geradora de impressões autênticas

1) Albert Camus dizia o seguinte: se você quiser filosofar, então escreva literatura.

2) Existem dois tipos de literatura: a literatura de narração (seja ela envolvendo personagens fictícios ou reais) ou literatura de dissertação, em que envolve teses filosóficas, como é a que costumo fazer.

3) No caso da literatura de dissertação, você pode descrever argumentando ou descrever expondo, tal qual uma confissão - nela, você está diante de um ouvinte onisciente, uma vez que você não tem um destinatário específico, que pode estar na mesma cidade, no mesmo país ou em outro lugar, numa outra época.

4) Não importa qual seja o tipo de literatura que você pratica - se você for um bom escritor, você se tornará um professor de uma nação inteira, de modo que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo. E ao fazer isso, o seu país se torna uma escola de nacionidade para o mundo inteiro, a ponto de se tornar um livro de referência na cultura universal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2017.

Por que não podemos adotar o ceticismo político como um princípio próprio de quem conserva a dor de Cristo?

1) Aquilo que o mundo chama de "conservadorismo" (que na verdade se chama conservantismo) adota o ceticismo político por princípio norteador de suas ações.

2.1) A postura cética baseia-se no fato de que o homem é o animal que mente, segundo Kant. E por conta disso, a norma geral dessa postura é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, que é Cristo.

2.2) Não é à toa que o kantismo se desenvolveu numa sociedade protestante - nela, não existe a regra de amarmos uns aos outros, tal como Jesus nos amou, assim como a regra basilar de que devemos amar ao próximo como a nós mesmos, o que levaria necessariamente à descoberta do outro, base para uma economia de mercado pautada em princípios distributivistas.

2.3.1) No protestantismo, existe a regra dos eleitos e condenados - e os eleitos, em nome da salvação, poderão mentir e enganar, uma vez que se acham salvos de antemão - e isso não é muito diferente de mentir, matar e roubar em nome do islã.

2.3.2) É por conta desse vazio espiritual provocado pelo ceticismo e pelo nihilismo que o islã se aproveita e acaba invadindo a Europa de modo a colonizá-la e dominá-la, fazendo com que o antigo projeto de fazer do Mediterrâneo um lago muçulmano acabe se tornando realidade.

3.1) Muito diferente é a definição aristotélica: o homem é o animal que erra.

3.2) Enquanto a mentira é um erro essencial, proposital, algo planejado de modo a obter fins maléficos, o erro - o afastamento daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus - é acidental. É por conta de errar que o homem é um animal que prova todas as coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato. E quando a sensatez se torna sistemática, nós temos a prudência, que é uma virtude.

3.3.1) É pela prudência que nós construímos a estrada que nos leva até conhecermos a verdade, que decorre de Cristo.

3.3.2) E ao aprendermos a conservar a dor de Cristo, que morreu por nós de modo a nos salvar do pecado, nós nos tornamos conservadores. Como Cristo é a verdade, Ele é também a liberdade.

3.3.3) Como a liberdade se baseia no fato de que devemos amar uns aos outros tal como Ele nos amou e a amar Deus sobre todas as coisas, então isso faz da caridade a ordem do dia - e como isso é virtude sistemática, vira magnificência. Por isso mesmo, é o liberalismo, no sentido verdadeiro da palavra.

3.3.4) Como nos alimentamos de Sua carne e de Seu sangue, então o liberalismo é alimentado por meio de eucaristia. E como Cristo está em mim e eu n'Ele, eu me torno conservador - e é por conta disso que me torno membro da Igreja militante e acabo agindo na sociedade de modo a semear a palavra de Deus seja falando, escrevendo, seja agindo em prol do bem comum ou servindo de maneira organizada de modo a atender necessidades humanas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2017.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Das eras de nacionalismo às eras de nacionismo

1) Gellner, em debate com Borneman dizia que a História de um país é marcada por eras de nacionalismo. Como nacionalismo implica tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, então isso confirma a alegação de que a História se reduz a luta de classes, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.1) No país que é tomado como se fosse um lar em Cristo nós temos concórdia entre as classes - e o poder moderador do monarca é exercido de modo que o conflito de interesses não desagüe numa Guerra Civil.

2.2) O mundo português é dividido em várias classes que tem sua causa derivada daquela que se fundou em Ourique. E essas classes com causa são partidos.

2.3.1) Na América Portuguesa nós temos o partido português e o partido brasileiro.

2.3.2) Em certos momentos, vai ser necessário servir a Cristo em terras distantes, coisa que se dará no mundo inteiro - e neste ponto, o partido português atuará, enquanto forem assim as coisas.

2.3.3) Em outros momentos, o partido brasileiro atuará de modo a que a América não seja só dos americanos, mas também uma extensão da civilização européia que decorre do fato de se conservar a dor de Cristo, o que mata de vez o americanismo distribuído no continente, o pan-americanismo, que edifica liberdade voltada para o nada.

3) Dentro desta circunstância, a história pautada na concórdia das classes - cada uma se alternando no poder de modo a responder à missão de servir a Cristo em terras distantes, em face das circunstâncias - levará a eras de nacionidade, de senso de se tomar o país como um lar em Cristo, o que quebraria o ciclo revolucionário decorrente da Revolução Francesa. E isso só pode ser feito porque somos único império de cultura que houve na História, tal como bem apontou o professor Loryel Rocha.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

Por que na Era Clássica o comércio era uma atividade marginal, secundária?

1) Na Roma e na Grécia Antiga, a atividade mercantil era atividade marginal, secundária.

2) A prática do comércio era uma prática eventual. Não era uma coisa essencial, fundada no fato de se amar o dinheiro mais do que a Deus, o que faz com que a sociedade se torne fratricida.

3) Se tivesse de exercer uma atividade mercantil, eu não faria dela a minha atividade primária, responsável pelo meu sustento. O apelo constante ao amor próprio, como já mostrei, leva ao abuso da confiança e à prática da extorsão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

Por acaso eu sou padre?

1) Meu pai sempre me diz: "um dia, você vai ser padre".

2) Mesmo não sendo católico, na época em que cursei faculdade eu fui escolhido como confidente de 7 pessoas diferentes. Mesmo que não usasse estola, o "confessionário" vivia cheio.

3) Enquanto escrevo minhas reflexões online, tem dias que ouço confissões inbox.

4) Na época em que fui Vice-Presidente do Grupo Interconexos, eu ouvia um monte de desabafos da presidente - e neste ponto, eu me tornava um vigário de terapeuta. Online, é a mesma coisa.

5) Enquanto alguns se aproveitam e se tornam vigaristas, eu acabo me tornando um psicoterapeuta ou um pároco involuntário. Será que essa é minha vocação, além do trabalho de escritor que faço?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

Dos graus do recurso ao amor próprio até se tornar um crime

1) Quando se recorre ao amor próprio, a recusa educada é tomada como uma ofensa.

2) Quando a pessoa conhece seu trabalho online, vira chantagem emocional.

3) E não vai demorar para que a chantagem emocional se transforme numa extorsão.

4) Para quem vende produtos que apelam para a vaidade das pessoas, como os milkshakes emagrecedores, o amor próprio acaba se tornando a baleia azul do mundo adulto.

5.1) Certo estava o Olavo, quando diz que o nativo desta terra perdeu o senso das proporções.

5.2) Quando se busca mais o dinheiro do que a Deus, recorrer constantemente ao amor próprio acaba se tornando uma mendicância, uma humilhação.

5.3) Como esse produto não é fruto de um trabalho advindo de uma vocação, isso acaba gerando conflito de interesses qualificados por uma pretensão resistida. E não vai demorar muito para haver um assassinato de reputações, por força disso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

Notas sobre o problema de se recorrer ao amor próprio, quando se pede a cooperação de alguém de modo a comprar os produtos do vendedor

1) No mundo online, está surgindo agora a figura dos vendedores de porta em porta (na rede social, o mural é a porta de casa, a nossa serventia). Alguns deles batem a porta de seu mural sempre querendo te vender alguma coisa.

2) Geralmente, eles sempre recorrem ao amor próprio de modo a que você compre alguma coisa, de modo a que eu ajude a pessoa a sustentar os filhos que ela tem.

3.1) Quando digo não, por não ter interesse nos produtos, a pessoa se sente ofendida - e esta não é a minha intenção. E se a pessoa acompanha meu trabalho online, ela fica me acusando de hipócrita, de não ter Deus no coração, como já me fizeram comigo, quando bloqueei um certo alguém por estar fazendo o jogo do Reinaldo Azevedo, ao acusar a Joice Hasselmann de ser uma comunista enrustida.

3.2) Eis no que dá o problema de se recorrer ao amor próprio: no mundo online, isso acaba se tornando um jogo tão perigoso quanto a baleia azul.

3.3) Nada contra vender milkshake emagrecedor na internet, mas por que razão vem bater na minha porta? Se estivesse atenta, eu não tenho perfil de cliente para esse tipo de produto. Muito menos, os meus contatos.

4.1) Para dizer a verdade, o Brasil precisa no momento é de alta cultura e não de milkshakes emagrecedores. 

4.2) Eu posso não ganhar dinheiro na casa de milhares de reais - como esses vendedores dizem que costumam ganhar, quando cumprem as metas de venda -, mas jamais apelei para o amor próprio quando pedi doações aos meus pares, quando pedi doações aos meus amigos Roberto Smera, Vito Pascaretta ou mesmo o Daniel Gurjão. Quando não podem colaborar comigo, eu não me sinto ofendido.

5.1) Esse negócio de recorrer ao amor próprio de modo a forçar com que eu coopere com o vendedor é uma espécie de humilhação, de rebaixamento da própria dignidade.

5.2) Essas pessoas tendem a não ver o semelhante como um irmão, mas como um inimigo, se ele não comunga desse amor próprio. É por isso que não concordo com este tipo de argumento do Adam Smith, no livro A Riqueza das Nações.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

Se a monarquia for restaurada, os partidos Conservador e Liberal não me representarão, pois eles estão em conformidade com o Todo que vem do mundo, edificando liberdade voltada para o nada

1.1) Mesmo que restaurem a monarquia: os partidos conservador e liberal, os partidos do Segundo Reinado, não representarão a essência da nacionidade brasileira.

1.2.1) Até porque os membros destes partidos defenderão doutrinas estranhas àquilo que decorre das nossas origens.

1.2.2) A maior prova disso é vermos um sem-número de conservantistas defendendo idéias que só podem ser aplicadas apenas no mundo anglo-saxão, que é bem diferente do mundo ibérico. Como foi bem apontado pelo Marcelo Dantas, isso acabará sedimentando o caminho para um sétima República, já que a liberdade voltada para o nada começa da invasão vertical dos Bárbaros, como se deu na Revolução Francesa.

2.1) É por essas razões que não me considero conservador ou liberal, nos termos do mundo (uma vez que o libertário-conservantista prepara o caminho para o comunista, para o totalitário).

2.2.1) Dentro da nossa realidade, ou somos portugueses ou somos brasileiros.

2.2.2) Ou continuamos a servir a Cristo em terras distantes, tal como o Crucificado de Ourique nos mandou fazer (e essa missão se estende ao mundo inteiro - e é isso que nos faz portugueses) ou servimos a Cristo em terras distantes, de modo que a América toda não seja só dos americanos mas também de todos aqueles que façam este continente ser uma extensão da civilização européia, fundada no senso de se conservar a dor de Cristo (causa brasileira, que decorre da portuguesa).

2.2.3) Dentro de valores universais ou particulares, fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus, o partido português e o partido brasileiro se revezarão no poder, de modo a que a Cristo seja bem servido em terras distantes, uma vez que são escolas de nacionidade e não facções políticas.

2.2.4) Em certas épocas, prevalecerá a visão do partido português; em outras, a do partido brasileiro. E isso não se dará pelo recorte arbitrário do tempo do mandato, mas das circunstâncias em que se dá a nossa vida, enquanto tomamos o país como um lar em Cristo. Esta é a verdadeira técnica das tesouras que considero correta.

José Octavio Dettmamn

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

Como uma promessa impossível de ser cumprida leva ao endividamento interno sistemático de uma nação?

1) No Direito, no campo das obrigações, toda promessa é dívida, mas isso é temperado por um princípio geral do Direito: não se pode prometer o que é impossível, o que constitui um senso de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que é fora da Lei Natural - portanto, fora de todas as coisas que constituem aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

2.1) Numa campanha eleitoral, nós temos o maior descompasso entre a promessa e o adimplemento de uma obrigação avençada, motivo determinante que pode levar um pilantra a ser eleito.

2.2) Um país, onde todo o povo é reduzido a um mero órgão consultivo, pode ser medido pela quantidade de dívidas internas acumuladas por força de contratos mal cumpridos - em que o político prometeu e não cumpriu, principalmente por força de a promessa ser impossível de ser cumprida, por ser fora da realidade.

2.3) Eis aí o desastre do populismo - é nesse tipo de ordem que o princípio da não-traição à verdade revelada (de fazer do sim um sim e do não um não) é sistematicamente violado.

3.1) O maior exemplo disso é a proposta do presidente Trump de querer construir um muro na fronteira com o México.

3.2) A promessa de campanha não pôde ser cumprida por força problemas orçamentários, sem mencionar que causou um sério incidente diplomático.

3.3) Para quem toma o país como se fosse religião, eleger alguém dessa maneira revela a apatria de quem acreditou nessa proposta extravagante.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

Notas sobre a relação entre inteligência, experiência, magistério e tradição

1.1) Se inteligência é apreender a realidade daquilo que você vê, faz, ouve, sente ou vive, então o conhecimento virá da experiência.

1.2) Uma pessoa experiente é aquela que passou bastante tempo acumulando dados acerca de tudo o que viu, ouviu, sentiu, fez ou viveu. Logo, ela tem muito conhecimento a passar.

2.1) Uma pessoa sensata usará o que aprendeu dos mais experientes como um atalho, de modo a evitar repetir os erros dos outros. Se eu vejo o erro de alguém, então aquilo me é pedagogia também - assim, não cometo o mesmo erro.

2.2) Afinal, a sensatez implica conservar o que é conveniente, pois isso é a estrada que me levará a conservar a dor de Cristo mais facilmente. É por meio dela que vemos a tradição apostólica, essencial para se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

Notas sobre um dos acontecimentos mais relevantes de nosso tempo

1) Estão surgindo aos montes pessoas de valor dentro do pensamento conservador. Cada um com a sua interpretação - e com seus debates eles acabam mostrando que o Conservadorismo é maleável, é adaptável e que passa por aperfeiçoamento constante.

2) Os Liberais, a maioria deles, estão se revelando autoritários, uma vez que a má consciência dos mesmos não os faz perceber que estão a impor um pensamento unilateral e estático, o que os faz abraçar a agenda Socialista ou querer de volta a agenda destruidora que foi antes usurpada.

3) A única falta que sinto é que Conservadores e Liberais não dão importância aos formadores brazilianos desses pensamentos, importando-os do mesmo modo que os destruidores de nossa cultura: eles acabam estimulando uma nova invasão vertical dos bárbaros.

Marcelo Dantas - Facebook 25/04/2017 (https://www.facebook.com/marcelo.dantas.961/posts/756055911186216?pnref=story)

Texto revisto por José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

Notas sobre dois de tipos diálogo filosófico

1) Do ponto de vista materialista, diálogo é quando envolve duas pessoas, ao passo que monólogo envolve uma só pessoa.

2.1) Trata-se de impressão falsa.

2.2.1) No diálogo, há o encontro de duas pessoas presentes, fazendo intercâmbio de idéias, o que não deixa de ser uma caridade, um serviço feito de modo a se tomar o próximo como um espelho de seu próprio eu, o que nos prepara certamente para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

2.2.2) É da participação do outro fazendo perguntas que se tem a demanda por saber. Por isso, é interessante que a pergunta seja revelada de modo a introduzir a pessoa à sabedoria. Trata-se de uma forma de publicidade.

2.3.1) No monólogo, o diálogo se dá entre mim e um ouvinte onisciente, que é Deus. Como Ele sabe todas as coisas, não é necessário que se faça perguntas.

2.3.2) Quanto mais conto as coisas para Ele, mais Ele me conta a meu respeito sem a necessidade de dizer as coisas, pois o que digo, de tempos em tempos, é um espelho do que sou - ao me ver no espelho, eu vejo os meus defeitos e faço os ajustes necessários, uma vez que atingir a maturidade é uma luta diária e ela não termina nunca, enquanto viver neste vale de lágrimas.

 2.3.3) No monólogo, temos uma confissão. E na confissão há uma atividade contemplativa, pois diante de um ouvinte onisciente nós estamos diante de nossa própria miséria.

2.3.4) Não conheço outro remédio contra a má consciência do que a atividade filosófica nestes fundamentos - ela dá publicidade à vida interior do filósofo. E um personagem se forma a partir do momento que penetramos na sua consciência, de modo a melhor entendê-lo.

2.3.5) Não existe melhor forma de fazer isso senão escrevendo diários, pois conquistar a maturidade é conquistar o pão nosso de cada dia - afinal, não é só de pão que vive o homem; ele também se alimenta da palavra que sai da boca de Deus, que penetra em sua alma. E esta é uma das formas possíveis.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Assimilar a visão de um escritor ou de um projetista de jogos é uma forma de conseguir maturidade (e isso é uma luta constante)

José Ortega y Gasset conta que VÁRIAS VEZES na vida teve a impressão de haver chegado à maturidade. Sempre ficava faltando alguma coisa.

Olavo de Carvalho - Facebook, 25/04/2017 

(https://www.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10155191324587192)

1) O meu termômetro para a maturidade é ver se consigo assimilar os jogos que jogo, como os jogos da série civilization ou mesmo The Guild.

2) Até eu assimilar a estrutura do jogo no meu ser, isso leva muitos anos. E isso independe da quantidade de horas que jogo.

3) Quando travo contato com uma idéia que encontro em minhas leituras, até eu assimilá-la e usá-la no meu arsenal de análises, isso leva muitos anos. Precisarei escrever muito e meditar sobre isso até conseguir enxergar as coisas da forma como o autor viu. Da mesma forma, o design de um jogo de estratégia - fica muito mais fácil jogar quando você assimila a visão dos que projetaram o jogo. E aí você consegue a modificação necessária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

De que forma os erros de nossa formação enquanto nação resultaram nessa epidemia de má consciência que temos hoje?

1) O fato de o brasileiro ser muito dinheirista está intimamente ligado ao fato de não haver entre nós essa cultura de doação que mencionei no artigo anterior. As pessoas aqui são individualistas demais - e se somarmos o fato de que cada um tem a verdade que quiser, então a influência da ideologia liberal (no sentido que o mundo costuma dizer, é a que busca liberdade fora da liberdade em Cristo) foi nefasta para o povo desta terra.

2.1) Não é à toa que D. João VI estava mesmo preocupado com o avanço dessa ideologia perniciosa nesta terra - a maneira como o Brasil foi povoado não se deu por força de perseguições políticas, o que levou a que comunidades inteiras cruzassem um oceano inteiro de modo a ir fundar outro país, tal como se deu nos EUA.

2.2) Como o povoamento desta terra se deu por força de ir servir a Cristo em terras distantes, então era natural que a colonização se desse por meio de indivíduos que tivessem virtudes heróicas, como a dos bandeirantes que conquistaram esta terra. Naquela época não se conhecia botânica como se conhece hoje - por isso, muitos aqui morriam por força do clima tropical inóspito. Por isso, foi até política de Estado a miscigenação, de modo que o povoamento fosse possível, pois o mestiço teria toda uma carga genética preparada para suportar a dureza deste clima.

3.1) Talvez o grande erro tenha sido o de não ter dado educação a esta gente, o que pediria que o pai desempenhasse uma economia fundada em atividades manuais - e isso foi proibido por um tempo de modo que todos os homens disponíveis fossem usados para a empresa exploradora e conquistadora, que fez este território ser continental.

3.2) Isso cobrou um preço alto, em termos civilizacionais: a missão de ir servir a Cristo em terras distantes fez com que o mestiço, o mulato, ficasse privado da presença do Pai. E a ausência do pai numa criança, somada a tensões que há por conta dos casamentos irregulares, por conta da união de dois indivíduos de raças diferentes, chegava a criar um ambiente de neurose, pois as tensões da escravidão estavam marcadas na própria pele, o que é uma grande tragédia.

3.3.1) Talvez isso explique a cultura de fingimento que há nesta terra: as pessoas fazem isso de modo a serem aceitas por um grupo, de modo a serem protegidas por ele.

3.3.2) O problema, tal como o professor Olavo bem apontou, é que o grupo exigirá que você se adeqüe à ideologia por ele adotada - o que mata a autoconsciência, a voz interior que nos chama de modo a honrarmos a missão que herdamos nossos antepassados: ir servir a Cristo em terras distantes, sejam nestas terras ou fora do Brasil.

3.4) Se tivéssemos gente culta nesta terra, ela certamente não seria presa fácil dessas ideologias revolucionárias, que entraram por aqui sem resistência desde que fomos amputados do direito de venerarmos nosso Rei, enquanto vassalo de Cristo feito em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

Sobre a importância de gostar daquilo que não se gosta enquanto preparação para a pátria definitiva

"No livro de Mário Ferreira dos Santos, Cristianismo, a Religião do Homem, ele diz que o amor divino pelo homem não é o amor pelo que o homem é atualmente, mas pelo que ele pode vir a ser, pelo seu eu potencial. Para Deus, não existe essa história de "Ah, Ele me ama do jeito que eu sou". Não, Ele quer que você se transforme n'Ele. Transformar-se n'Ele significa que você vai ter que gostar de coisas que você não gosta, fazer coisas que você não gosta para agradá-Lo e, aí sim, conquistar a amizade íntima d'Ele. Não é assim, por exemplo, com uma garota que você quer muito conquistar? Você gosta de funk, e ela, de Beethoven. Você gosta de passar o dia inteiro assistindo ao Faustão, e ela, de ler livros. O que você faz? Começa a se esforçar para gostar dessas coisas também a fim de estreitar a intimidade com ela. E, lembre-se, Deus é uma pessoa muito sábia e nobre. Ele gosta dessas coisas. Quer ter amizade com Ele, e quem sabe até conversar pessoalmente com Ele um dia? Torne-se sábio e nobre também".
Roberto Santos - Facebook, 25/04/2017

(https://www.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10212940539091658?pnref=story)

Comentários:

1) Se eu fosse um medíocre que só gostasse de BBB, Chacrinha e Novela da Globo e gostasse de uma mulher que gostasse de ler, de estudar e de ouvir música clássica, então aprender a gostar daquilo que não gosto seria uma forma de passar pela porta estreita que me leva direto ao Reino dos Céus. Por isso, amar o meu próximo nesta circunstância valeria o esforço - e tudo o que devo fazer é me esforçar.

2) Na vida real, eu passo o dia em meio aos livros - eu costumo digitalizar meu material da biblioteca, de modo a ter algum material de consulta. Além disso, passo boa parte do meu tempo em meu quarto meditando sobre coisas importantes.

3.1) Minha vida se resume aos meus estudos, às reflexões que produzo. Minha vida não é rica de passeios, viagens ou baladas. Ainda que viva do modo mais recluso possível, tal qual um monge, foi a vida mais livre que pude ter apesar das circunstâncias, como a República, o petismo, o comunismo, o marxismo e a mediocridade dos apátridas nascidos nesta terra, que são muitos.

3.2) Além disso, eu tive a sorte de ver o nascimento da Era das Rede Sociais. Levei dez anos me preparando para ser o que sou hoje - e hoje não troco essa vida que tenho por nada.

3.3) O único porém é a falta de dinheiro - se o povo brasileiro tivesse essa cultura de doação que o americano tem, certamente estaria vivendo muito bem do trabalho que faço.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

A falsa noção de que o libertário-conservantista é de direita camufla a atividade subversiva dos mesmos, o que favorece o comunismo

1) Tomem cuidado com esse libertário-conservantista ("liberal", tal como o mundo chama) de sobrenome Mauad. Ele está fazendo um perigoso trabalho subversivo.

2) Ele está querendo destruir a civilização cristã do país em nome do humanismo e desse falso Deus chamado livre-mercado. E neste ponto, ele está a colaborar com o comunismo.

3) Quem tiver esse sujeito adicionado faça o trabalho de bloqueá-lo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

Libertários-conservantistas valer-se-ão do humanismo e do economicismo de modo a que os islâmicos invadam o país

1) Libertários-conservantistas não passam de joguete dos comunistas.

2) Sob a pecha do humanismo e do economicismo, falam que 80% a 90% das vítimas da guerra Civil na Síria são muçulmanos. Para isso, defendem que os refugiados venham aqui de modo a que tenham direito a uma nova vida e viver sua verdade, sem terem que observar as regras da casa de quem os acolhe. É em torno desse humanismo e desse economicismo que vêm o relativismo cultural e o multiculturalismo, o que favorece uma mentalidade libertária, sob a falsa alegação de que o supermercado cultural é também livre mercado. Só que essa liberdade é voltada para o nada, pois enfraquece a boa autoridade, que serve ao povo numa aliança entre o altar e o trono, tal como foi edificada em Ourique.

3) É insofismável que eles querem acabar com o cristianismo, tal como os comunistas querem. Afinal, eles preparam o caminho para o totalitarismo. E não é à toa que são tão esquerdistas quanto os comunistas. Quem pensa que eles são direita está em ilusão - quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade está à esquerda do pai, ainda que no grau mínimo.

4.1) Essa gente que defende essa idéia de jerico é tão apátrida que não percebe que o nosso país nasceu da reconquista da Península Ibérica para o cristianismo - e somos livres porque conservamos a dor de Cristo. Sabemos disso porque Ele é Deus e é a verdade em pessoa, coisa que essa gente quer relativizar, sob o argumento de que todo mundo tem a verdade que quiser.

4.2) Nós, que somos descendentes de portugueses, jamais devemos esquecer que nosso país foi fundado pela ação de Nosso Senhor Jesus Cristo e que o descobrimento de nossas terras para a cristandade representa desdobramento por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes. Nós é que devemos conquistar as terras islâmicas para Cristo - e não o contrário. E enquanto bem servirmos a Cristo nós seremos livres.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

Da importância do diário de digitalização para o digitalizador

1) Assim como o piloto de avião tem um diário de bordo de modo a relatar todas as experiências e incidentes havidos na navegação, eu manterei um diário de digitalização relativo às experiências que tenho durante a digitalização de um trabalho.

2) Das experiências acumuladas em trabalhos específicos eu vou criando estratégias gerais sobre como abordar uma determinada obra, seja ela um livro de bolso ou um livro cheio de fotografias.

3) Digitalizar é como construir uma ponte sobre o rio, pois tem um quê de engenharia. Pena que não tenho engenheiros na família especializados em fazer câmeras digitais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

Toda economia personalista, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, leva a uma economia de mercado reservado (e a guilda é economia de mercado reservado feita de maneira sistemática)

1) Quando se trabalha de maneira personalista - em que sua pessoa não pode ser substituída por outra, por não ter as mesmas qualidades que você -, a tendência é construir um mercado reservado, exclusivo.

2) Trata-se de monopólio natural e isso não é injusto, se isso for feito de maneira honesta e conforme o Todo que vem de Deus.

3.1) Por força disso, o mercado acaba se tornando um objeto - um complexo de relações sociais centrada na pessoa que bem serviu a seus semelhantes de maneira personalista - e a sucessão desse mercado só pode ser designada por testamento. Afinal, não deixa de ser uma monarquia, um pequeno reino.

3.2) Essas relações sociais fundadas em favores são mais do econômicas - há relações de aprendizagem, amizade e de conhecimento sobre uma gama de assuntos que abrange desde a política a assuntos que façam com que a empresa cresça e prospere. Por isso, o direito de usufruir desses contatos deve ser passado por sucessão hereditária - jamais por compra e venda, dado que esses estão além do comércio, a ponto de ficar fora da relação estritamente capitalista.

4) Quando se trabalha com ética fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, as relações de prestação e serviço transcendem o nível dos negócios, a ponto de clientes e prestadores de serviço serem parte de uma mesma família, de uma mesma Igreja ou serem da mesma cidade ou do mesmo país, que é tomado como se fosse um lar em Cristo.

5) Quando se faz isso sistematicamente, surgem as corporações de ofício, as guildas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Notas sobre capitalização moral e a questão da lei da preferência temporal

1) Na lei de preferência temporal, a maioria das pessoas vão preferir bens presentes a bens futuros.

2.1) Quando são preferidos bens presentes a bem futuros, nós temos uma sociedade hedonista e materialista, coisa essa que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.2) E é no hedonismo e no materialismo que nós temos uma ordem social em que as pessoas conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de servir liberdade com fins vazios e com propósitos maléficos.

2.3) O maior exemplo disso é a República - ela cria um verdadeiro ambiente de rapinagem e de constante mudança das regras do jogo que faz com que a segurança jurídica acabe se tornando um sonho distante - e isso nos afasta da pátria do Céu, uma vez que um ambiente estável é a marca de um ambiente justo, posto que o país é tomado como se fosse um lar em Cristo.

2.4) Não é à toa que a cultura de tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele caminha de mãos dadas com a fisiologia, que prepara o caminho para o totalitarismo comunista. Afinal, a corrupção é o meio pelo qual se fomenta a tirania, já que o poder é o meio pelo qual se busca uma vida de prazeres e luxos em excesso (hedonismo).

3.1) Quando são buscados sistematicamente bens futuros a bens presentes, isto é um indício claro de que as coisas estão a preparar o indivíduo para a vida eterna, para a pátria definitiva. E o país tomado como se fosse um lar em Cristo acaba se tornando uma escola para isso.

3.2) Para se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, você certamente precisará de instituições justas e estáveis, bem como precisará que o povo seja tomado como se fosse parte da família do governante e que as pessoas amem e rejeitem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Se não houver uma cultura em que devo amar o meu próximo como a mim mesmo, então não haverá legitimidade, uma vez que as autoridades não estarão sendo modelo exemplar para os seus compatriotas, os cidadãos a que servem, em nome do Rei.

3.3) Afinal, é só dentro de um país que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus que vai ocorrer a reversão da lei de preferência temporal de modo a se dar preferência a bens futuros a bens presentes, o que prepara o caminho para a capitalização e, por conseguinte, a prosperidade econômica e financeira

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2017.

domingo, 23 de abril de 2017

Fundamentos da expansão natural, por conta de se distribuir o senso de tomar o país como um lar em Cristo, com base na pátria do Céu - o caso de Roma

1) Quando você faz do seu país uma escola de nacionidade, um modelo de país a ser tomado como se fosse um lar em Cristo, todos os outros países que querem ser livres em Cristo querem ser parte do seu país, de modo a que o nacional se case com o universal.

2) O fato de ser do Brasil não quer dizer que vivo em conformidade com o Todo que vem desse lixo, desse nada. Pelé, como formador de opinião, não passa de um débil mental e samba é algo fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. Portanto, isso não é cultura e não me define como brasileiro. Isso define muito bem os apátridas nascidos nesta terra, que são a maioria da população, infelizmente.

3) Não há soberania nas Repúblicas. Quando um povo não tem Rei, eles simplesmente vão buscar a proteção de um que os ensine a tomar o país como um lar em Cristo, ao se servir a Ele em terras distantes. E neste ponto o Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves é o modelo crucial para que haja a reconciliação das Hespanhas para com sua antiga soberana. Se a monarquia não tivesse caído, certamente o Império do Brasil teria se expandido sem a necessidade de disparar um único tiro.

4) Não sou contra que a pátria se expanda naturalmente, dentro deste fundamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2017.

P.S; Agradeço ao professor William Bottazzini Rezende pelo subsídio, ao me mostrar que Roma se expandiu por meio de heranças de outros povos, que quiseram tomar seu país como um lar, seguindo o exemplo de Roma. E esta experiência foi confirmada e aperfeiçoada em Cristo.

Comentários:

Marcos Gonzales Ratier:  A maior desvantagem da República é que ele distorce a preferência temporal, uma vez que de 4 em 4 anos ocorre trocas na estrutura de Estado, ao menos em uma monarquia a figura do monarca pode estimular projetos a longo prazo, algo quase inviável em uma República. Fora isso, ainda tem as políticas econômicas irresponsáveis que podem dar certo para quem as executa e deixar o resultado ruim com quem vai assumir no próximo governo, como seria o caso da Nova Matriz Econômica da Dilma. Caso ela perdesse em 2014, iria fingir que toda a crise foi culpa de quem assumiu.

Vinícius Lima: A justificativa abestada desse ciclo é ,segundo os argumentos republicanos, "proteção ao despotismo", uma vez que é sabido que a monarquia parlamentarista foi "vendida" às gerações que a sucederam como um nefasto sistema. Esse argumento é um paradoxo; assim como a Republica, a monarquia parlamentarista está suscetível a referendo ou a plebiscito como também a projetos de substituição.