1) Antes da vida online, eu costumava ir à casa dos meus contatos, de modo a manter a conversa em dia. Naqueles tempos, minha antiga casa vivia entulhada de coisas, a tal ponto que isso não causaria boa impressão nos visitantes, posto que meu pai sempre foi bem desorganizado - e sempre tive receio da fofocada de colégio, dizendo que minha casa na época era uma bagunça.
2) Por isso, para evitar bullying, eu costumava marcar meus encontros nas casas dos meus contatos. As conversas eram quase sempre unilaterais - em 100% dos casos, eu tomava a iniciativa. Quando parei de tomar a iniciativa, tudo se perdeu.
3) Hoje tenho uma casa organizada, aqui em Jacarepaguá, mas minha mãe não quer saber de visitas - por isso que não chamo ninguém aqui em casa, embora eu queira muito. A razão pela qual ela disse isso é que meu irmão impunha as visitas à família. Mesmo que eu nunca tenha feito nada relativo a isso, eu respeito a decisão de minha mãe, mesmo que eu não concorde com isso. Quando tiver meu próprio cantinho, eu recebo quem eu quiser - e não me incomodo que meus contatos passem algumas noites aqui em casa, já que eu bancarei tudo o que for necessário, de modo a que passem o dia confortavelmente comigo, como meus hóspedes.
4) Pelo menos, é o que posso fazer pelos meus pares, em tempos de rede social. Quando tiver meu canto, posso acolhê-los em casa, quando tiverem coisas a fazer aqui no Rio. Não me incomodo que minha casa sirva de hostel dos meus pares de facebook, tanto do Brasil quanto do exterior. E isso é típico da minha visão calcada na teoria da nacionidade, que estou desenvolvendo.
5) A vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus pede a hospitalidade - nunca pude praticá-la, pois meus pais têm uma visão de mundo diferente da minha. Aprendi pela experiência que não é sensato bater de frente e que a melhor forma de fazer isso é tendo sua própria casa e fazendo isso na prática. E assim o farei. Se disserem que minha casa é uma bagunça, a pessoa ficará ao relento, pois estará abusando da minha bondade - como a bondade é atribuída ao Espírito Santo, e faço isso tendo-O por meu guia, então este tipo de declaração é um pecado contra esse Espírito - por isso mesmo, Deus não perdoa.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 2016.
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