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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Notas sobre a necessidade de traduzir livros de interesse geral para o português

1) Certa ocasião, nas minhas muitas andanças online que fiz na década passada, eu percebi que há muitos livros sobre a História da Holanda e de outros povos em geral escritos em inglês. Mesmo que as publicações não tenham relevância para o público americano, são informações úteis, principalmente por conta de seu valor acadêmico e por conta de seu valor investigativo - e essas obras atendem a um nicho de mercado, interessado em coisas de interesse geral, sempre disposto a saber mais.

2) Essas obras, que têm valor, poderiam ser traduzidas para o português. O problema é que, nesta terra de apátridas, eu não poderia publicá-las comercialmente, a não ser disponibilizá-las na forma de crowdfunding, através dos meus pares.

3) Quando melhorar meu domínio sobre a língua inglesa, eu vou dar um jeito de traduzir o Cosmópolis de Danilo Zolo e publicá-lo em edição bilíngüe (inglês - português, sendo que a edição em português, por mim feita, terá um estudo crítico sobre isso). Enfim, já estou de saco cheio de gente como o sr. Fábio Salgado de Carvalho, que fica ralhando os outros e não faz a caridade de traduzir um livro para a nossa língua, de modo a que mais pessoas possam entender aquilo que é bom e necessário. Ele, que se diz fluente até em japonês, nunca fez essa caridade. E não sei por que há tanta gente que segue um traste desse, que só sabe ralhar os outros, quando alguém comete um simples erro de vírgula, ao separar sujeito de objeto, um erro básico de sintaxe.

4) Só não traduzo para outras línguas porque nunca tive um professor sério, como tive em português. O único professor de línguas sério foi o meu padrinho, que me ensinou um pouco de polonês, mas a turma logo perdeu o interesse e ele desistiu de dar aulas.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Comentários sobre a Cristologia Ouriqueana

1) Na Cristologia Ouriqueana, nós estudamos a figura de Cristo, enquanto "construtor e destruidor de reinos e impérios".

2) Se Cristo é Rei, então seu reino não tem fim e se estende até os confins da Terra - e é natural supor que o poder de forjar e destruir reinos está relacionado à sua natureza divina, pois Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. É por conta de sua natureza divina que Cristo prometeu a vitória a D. Afonso Henriques e seus sucessores, se confiassem naquilo que Cristo prometeu.

3) O próprio fato de Cristo prometer a vitória já mostra que o princípio da Aliança do Altar com o Trono é uma cláusula constitucional pétrea, fundada na Lei Natural, já que Cristo é a verdade - e que nenhum governo, ou regime de governo, que ouse separar Igreja de Estado, o produto dessa Aliança, será legítimo, mesmo manipulando a história ou a consciência nacional, tal como se deu no plebiscito de 1993.

4) A missão de servir a Cristo em terras muito remotas pede toda uma estrutura de Estado e de governo de modo a que esse propósito seja cumprido. Isso pede uma teoria de Estado específica, que não admite comparação com todas as outras pré-existentes. Esta estrutura é única só pode ser compreendida dentro dos propósitos que o próprio Cristo estabeleceu desde Ourique. Até porque Cristo é Deus, enquanto as demais foram criadas por sabedoria humana dissociada da divina.

5) É dentro dessa estrutura que você compreenderá o senso de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado totalitário, fruto de sabedoria humana dissociada da divina. A ocupação de outros territórios pede o conhecimento das circunstâncias locais e o modo como isso influi no senso de se tomar o país como se fosse um lar, tendo por Cristo fundamento.

6) Esses são alguns pontos que gostaria de apontar sobre a necessidade de estabelecer um estudo desse Estado fundado na promessa estabelecida em Ourique.

7) Além do estudo dos fins desse Estado, precisamos estudar os fundamentos da restauração dessa ordem de coisas, interrompida por conta da Revolução Liberal do Porto e da queda das monarquias do Brasil e de Portugal. E isso remete a uma outra promessa: a promessa que Cristo fez à Santa Faustina, dizendo que da Polônia viriam os ventos dessa mudança, a partir de São João Paulo II.

8) São João Paulo II é chamado de "papa peregrino" porque serviu a Cristo em terras remontas, fazendo o que foi edificado desde Ourique. O ponto de contato entre a antiga promessa e a nova está neste Vigário de Cristo, em específico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre duas cristologias importantes, fundadas nas promessas de Cristo

Existem duas cristologias fora da Bíblia, mas que estão registradas na História, na forma de milagre, que devem ser estudadas:

1) A primeira delas é a cristologia estabelecida em Ourique: Cristo escolheu os portugueses para servirem a Ele em terras muito remotas, já que Cristo queria forjar um Império que melhor servisse aos seus propósitos. Em Ourique, o Império Português e sua conseqüente grandeza é obra salvífica do Senhor, a ponto de o interesse nacional ser casado com a causa universal, com aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

2) A segunda cristologia está na promessa de que Cristo fez à Santa Faustina dizendo que da Polônia viriam os ventos necessários para a restauração do mundo cristão, após os anos de comunismo e da Revolução Francesa. E esse herói que traria os ventos da mudança seria São João Paulo II, cuja ascensão também foi prevista por São Pio de Petrelcina.

3) O estudo dessas duas cristologias, que revelaram promessas muito importantes para a Cristandade, pede um estudo comparado dessas duas tradições - e os herdeiros dessas duas promessas devem tomar esses dois países como se fossem um mesmo lar em Cristo, de modo a que os ventos da mudança restaurem a missão salvífica que foi estabelecida desde Ourique, destruída por conta da ação revolucionária dos que buscaram liberdade fora da liberdade em Cristo, coisa que derrubou as monarquias do Brasil e de Portugal, condenando o mundo português como um todo à mediocridade da qual ainda é prisioneira.

Notas sobre a cooperação tecnológica

1) Quando vários países são tomados como se fossem um mesmo lar, o desenvolvimento tecnológico desses países focará mais aquilo que está dentro de suas circunstâncias geográficas e sociais. O desenvolvimento tecnológico deixa de ser algo padronizado e se torna diverso, pois o clima e a diversidade cultural favorecem o desenvolvimento de nichos. E as boas idéias de modo a resolver os problemas mais básicos nas circunstâncias locais podem ser aproveitadas em outros lugares, desde que adaptadas para a realidade desses países importadores da inovação tecnológica.

2) Eis aí outra grande vantagem dos diplomatas perfeitos, os que eventualmente possuem dupla nacionalidade e que tomam países tão distintos, como Brasil e Itália, como se fossem parte de um mesmo lar. Conhecendo as duas circunstâncias, eles tendem a centralizar num único sistema aquilo que é necessário para desenvolver uma pesquisa comum, que tenda a algo universal. E é esse conhecimento que vai fazendo a diferença.

3) A cooperação tecnológica de um País A e B depende de uma comunidade formada de cidadãos de A em união com B. Se não houvesse isso, não haveria a universalização do conhecimento.

Notas sobre a atividade intelectual organizada

1) Aproveitando a idéia do meu contato Fernando Rodrigues Batista, eu vou tentar construir um diário de leituras, copiando diretamente do livro tudo o que julgar relevante. Do que for destacado, farei análises quanto a isso, tal como fiz em alguns pontos dos Princípios de Economia Política, de Carl Menger.

2) idéia é muito boa e vou tentar tirar um dia ou outro para isso. Afinal, preciso ficar desconectado da internet de tempos em tempos, seja para efeito de leitura, seja para efeito de sistematização das idéias produzidas.

3) Antes da rede social, para se escrever algo edificante, eu precisava buscar o conhecimento e centralizar toda a informação dispersa em mim, de modo a produzir uma informação de qualidade. Isso era trabalhoso e caro - e a produção não era muito grande e consistente.

4) Com o advento da rede social, eu não preciso mais ter que correr atrás da informação - a informação vem naturalmente a mim. Basta que eu me associe a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

5) O advento da rede social gerou uma divisão do trabalho intelectual, de modo a que pudesse surgir think tanks, pessoas jurídicas de direito privado cujos empregados são regidos pela CLT e cuja relação de emprego se dá através da internet e da rede social, o que no direito se chama trabalho à distância ou teletrabalho. Esses empregados se especializam com base no que sabem fazer de melhor: alguns compartilham notícias, há outros que fazem análises, há outros que compartilham suas leituras e assim sucessivamente. O grande segredo é filtrar o que realmente interessa. Diante dessa divisão do trabalho, passei a produzir muito mais do que produzia, pois passei a escrever muito mais do que escrevia. Passei a escrever artigos melhores, mais consistentes.

6) Vai chegar um dia em que precisarei de um computador desconectado da internet de propósito, de modo a que eu faça o trabalho de sistematização das idéias. Pois o grande trade-off da rede social é que ela te distrai deste trabalho importante. Enquanto estou focado neste trabalho, muita informação corre solta, paralelamente a esse trabalho - e tudo o que realmente interessa acaba se perdendo. Por isso que o apoio desses colaboradores é muito importante, se a atividade intelectual se tornar uma atividade econômica organizada - e isso só é possível com a ação da livre iniciativa, coisa que o governo tanto reprime.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Para se escrever bem, é preciso uma vida interior muito rica

1) Um escritor necessita de uma vida interior muito rica, de modo a escrever bem.

2) Uma das melhores formas de se desenvolver bem esse trabalho é viver a vida na clausura da própria casa, fazendo-a seu mosteiro. Por isso, viva a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus e vá rezando e meditando sobre cada linha de tudo o que você lê ou ouve por aí. Uma vida reta, uma fé reta e uma consciência reta é fundamento para um trabalho muito fecundo. 

3) Você não precisa ler muito para saber das coisas - basta meditar sobre o pouco que se aprendeu e ter muito senso de empiria sobre as coisas. A assistência do Santo Espírito de Deus ajuda a separar a verdade da mentira.

4) Se você leu muito numa fase da vida, na outra você escreve fundado no que você lembra, com base que você já leu ou já ouviu falar. Quando se medita, você passa a ter algo mais fundamentado e qualificado do que aquilo que se funda em leitura demasiada, pois ter a ajuda do Espírito Santo para se escrever pede retidão e nem sempre isso é fácil de ser conseguido. E só por isso tem mais valor - pois a sabedoria não necessita da citação de uma vasta bibliografia. Ela precisa de uma alma cultivada - e só.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre o comunitarismo editorial

1) Uma editora nasce de modo a atender a comunidade dos que lêem obras de um autor ou de autores que a ele estão associados, tendo por Cristo fundamento.

2) Sem essa comunidade dos leitores, fundada na verdade em Cristo, jamais haverá desenvolvimento cultural, muito menos aperfeiçoamento do idioma, de modo a ser uma santa ferramenta que leva o povo a tomar o seu país como se fosse um lar, em Cristo.

3) A santificação do vernáculo depende da santificação do trabalho do escritor e da capacidade que este tem de pescar homens através de seus escritos. 

4) A dessacralização da língua, por meio de constantes deformações ortográficas, leva à apatria sistemática. Pois a ignorância forjada é uma contra-cultura, já que visa conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, fundado na mentalidade revolucionária. Nada é mais diabólico do que isso.