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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Reflexões sobre autofinanciamento fundadas na minha experiência pessoal - síntese de três postagens

1) Eu costumo ver os 28 aniversários da poupança como 28 pessoas diferentes, todas elas como um espelho de mim mesmo. Eu peço dinheiro emprestado a elas e pago o que devo a juros, uma vez que o empréstimo para a aquisição de livros e jogos de estratégia tem natureza produtiva para mim.

2.1) Os livros têm relação direta, pois eles me inspiram a escrever mais artigos; os jogos, uma relação mais indireta, pois eles me preparam espiritualmente para escrever os artigos, uma vez que a finalidade precípua dos mesmos é a contemplação - uma obrigação de meio, não de resultado. Em todo o caso, um bem complementa o outro, o que me faz ser produtivo no meu trabalho de pensador.

2.2.1) Os livros, além de me ajudarem na produção de artigos, podem ser digitalizados, o que me permite vendê-los a outros contatos e obter ganhos sobre a incerteza, através do comércio. E quanto mais ganhos sobre a incerteza eu vou tendo, mais vou jogando tudo na poupança de modo a empoderar novos credores (no caso, os aniversários onde não tenho dinheiro algum ou muito pouco dinheiro).

3.1.1) Se todos os 28 credores me derem 10 reais cada, então eu terei um orçamento no paypal de R$ 280/mês. Se  os R$ 10,00 que tomo de cada credor forem pagos em três meses, então a tendência é fazer quatro tomadas massivas por ano, a ponto de nelas ser capaz de comprar livros mais raros, se as coisas se mantiverem desse jeito. É como se estivesse preenchendo círculos concêntricos de poder, pois estarei concentrando os poderes de usar, gozar e dispor dessas coisas raras e caras em minhas mãos.

3.1.2) Se em cada um desses aniversários onde peguei empréstimo eu receber doações dos meus leitores, então a velocidade de quitação do débito só aumenta, a ponto de se tornar mais fácil quitá-lo.

3.1.3) É como se a doação servisse de catalisador, acelerando assim o tempo de quitação da dívida de modo a ter menos parcelas para pagar. Com isso, posso pegar um empréstimo maior, pagando juros menores - no caso, os aniversários da poupança, que tendo a enxergá-los como se fossem pessoas. Por força disso, estarei constantemente renegociando dívidas comigo mesmo de maneira mais favorável, a ponto de poder pedir mais dinheiro emprestado de modo a adquirir material melhor e mais caro.

3.2.1) Se eu tivesse doadores fiéis a ponto de receber doações em todos os 28 aniversários da poupança, a tendência é facilitar ainda mais a expansão do meu trabalho, pois estarei pagando mais rápido os empréstimos que tomo da minha própria poupança.

3.2.2) Para que isso ocorra, os 28 credores, essas 28 pessoas imaginadas, precisam participar da relação tanto quanto os meus leitores, o que fará com que o acordo seja constantemente modificado de modo a beneficiar ainda mais a minha pessoa. Isso é perfeitamente possível quando eles todos estão reunidos em torno da mesma pessoa, uma vez que estou reunindo esses credores imaginários e esses doadores reais num único sistema.

4.1) Quando alguém está em dívida, as pessoas se envolvem de modo a ajudarem quem está precisando, fortalecendo assim a solidariedade, a integração entre elas.

4.2.1) As doações que recebo dos meus leitores são investimentos que só fortalecem o caráter produtivo da relação que tenho para com eles, uma vez que um bom escritor aumenta a inteligência de quem está ao seu redor, tornando a relação de amizade com os leitores uma relação produtiva, pois ela aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2.2) Dessa forma, os meus leitores - que são devedores, por conta do serviço que faço em razão da honra que deve ser dada a Cristo - acabam fazendo com suas doações acabem catalisando o pagamento da dívida que eu tenho para com esses credores imaginários - e esses credores se resumem a um só pessoa: eu mesmo, quando faço uma compra de modo a aperfeiçoar minha atividade intelectual organizada, em Cristo fundada.

5.1) Na ética protestante, por conta de não haver uma integração entre as pessoas fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, o credor - que é uma pessoa diferente da pessoa do devedor fisicamente falando - não está interessado em participar da relação, a ponto de a relação de crédito ser impessoal, dado que o credor é rico no amor de si até o desprezo de Deus, uma vez que ela está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, por conta de vaidade.

5.2.1) Por preferir o dinheiro à minha honra, essa pessoa não irá querer participar da relação pessoal de crédito, uma vez que está preferindo bens presentes a bens futuros, por conta de ser materialista, uma vez que não está vendo Cristo na minha pessoa. Por força disso, ela toma de antemão que não vou pagar a dívida a ponto de apostar contra mim por força disso - o que caracteriza especulação, uma vez que ela me vê como um "condenado".

5.2.2) Isso faz com que a dívida perca seu caráter de investimento, a ponto de ser servida de maneira vazia, uma vez que a função da dívida foi separada das pessoas que participaram de sua emissão, a ponto de se tornar impessoal, improdutiva e meramente especulativa. Esse "credor" - que na verdade é explorador - faz dessa aposta sua fonte de riqueza, seu sinal de salvação, a ponto de colocá-la num papel para circular e cedê-la a um terceiro, estranho à relação - o que acarretará conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida. E isso é uma espécie de estelionato - e só os estelionatários se acham salvos de antemão, por se julgarem acima das leis de Deus e dos homens.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2019.

Do investimento como forma de acelerar o pagamento das dívidas - relatos da minha eperiência pessoal

1) Se eu direcionar as doações dos leitores para os dias onde estou devendo à poupança, em razão das aquisições que faço, eu vou reduzir o tempo de pagamento da dívida até quitá-la completamente. É como se a doação servisse de catalisador, acelerando assim o tempo de quitação da dívida de modo a ter menos parcelas para pagar. 

2) Para que isso ocorra, o credor precisa participar da relação tanto quanto os devedores do devedor, o que fará com que o acordo seja constantemente modificado de modo a beneficiar ainda mais o bom devedor. Isso é perfeitamente possível quando credor e devedor estão na mesma pessoa.

3.1) Na ética protestante, por conta de não haver uma integração entre as pessoas fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, o credor - que é uma pessoa diferente da pessoa do devedor - não está interessado em participar da relação, a ponto de a relação de crédito ser impessoal, dado que o credor é rico no amor de si até o desprezo de Deus, uma vez que ele está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, por conta de vaidade.

3.2.1) Por preferir o dinheiro à minha honra, essa pessoa que não está querendo participar da relação pessoal de crédito, uma vez que está preferindo bens presentes a bens futuros, por conta de ser materialista. Por força disso, ele toma de antemão que não vou pagar a dívida, a ponto de apostar contra mim por força disso, o que caracteriza especulação, uma vez que ele me vê como um "condenado".

3.2.2) Isso faz com que a dívida perca seu caráter de investimento, a ponto de se tornar uma relação improdutiva, uma vez que a função da dívida foi separada das pessoas que participaram de sua emissão, a ponto de se tornar impessoal e meramente especulativa. Esse "credor" - que na verdade é explorador - faz dessa aposta sua fonte de riqueza, um sinal de salvação, a ponto de colocá-la num papel para circular e cedê-la a um terceiro, estranho à relação - o que acarretará conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida. E isso é uma espécie de estelionato.

4.1) Quando alguém está em dívida, as pessoas se envolvem de modo a ajudarem quem está precisando, fortalecendo assim a solidariedade, a integração entre elas.

4.2.1) As doações que recebo dos meus leitores são investimentos que só fortalecem o caráter produtivo da relação que tenho para com eles, uma vez que um bom escritor aumenta a inteligência de quem está ao seu redor, tornando a relação de amizade com os leitores uma relação produtiva, pois ela aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2.2) Dessa forma, os leitores, que são devedores do escritor, acabam fazendo com suas doações acabem catalisando o pagamento da dívida que esse escritor tem com o credor, que é ele mesmo, quando ele faz uma compra de modo a aperfeiçoar sua atividade intelectual organizada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 03 de maio de 2019.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Notas sobe o efeito das doações dos leitores em aniversários onde peguei dinheiro emprestado para aprimorar os meus trabalhos

1) O que é preferível? Pegar 20 reais em 4 meses ou 10 reais em 2? Melhor que se pegue 20 em 4, se a prioridade é comprar livros, digitalizá-los e revendê-los aos que estão na rede.

2) Se nesses aniversários onde peguei empréstimo eu receber doações dos meus leitores, então a velocidade de quitação do débito só aumenta, a ponto de se tornar mais fácil quitá-lo. Com isso, posso pegar um empréstimo maior, pagando juros menores a esse credor - no caso, o aniversário da poupança, que tendo a enxergá-lo como se fosse uma pessoa. Trata-se de preenchimento dos círculos concêntricos, uma vez que estarei constantemente renegociando esse empréstimo comigo mesmo de maneira favorável.
3) Se eu tiver doadores fiéis a ponto de receber doações em todos os 28 aniversários da poupança, a tendência é facilitar a expansão do meu trabalho, pois estarei pagando mais rápido os empréstimos que tomo da minha própria poupança. E esse trabalho tenderá a ser multiplicado com o comércio.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2019.

Notas sobre autofinanciamento fundadas na minha experiência pessoal

1) Eu costumo ver os 28 aniversários da poupança como 28 pessoas diferentes, todas elas como um espelho de mim mesmo. Eu peço dinheiro emprestado a elas e pago o que devo a juros, uma vez que o empréstimo para a aquisição de livros e jogos de estratégia tem natureza produtiva para mim.
2.1) Os livros têm relação direta, pois eles me inspiram a escrever os artigos; os jogos, uma relação mais indireta, pois eles me preparam espiritualmente para escrever os artigos, uma vez que a finalidade precípua dos mesmos é a contemplação - uma obrigação de meio, não de resultado. Em todo o caso, um bem complementa o outro, o que me faz ser produtivo no meu trabalho de pensar.

2.2.1) Os livros, além de me ajudarem na produção de artigos, podem ser digitalizados, o que me permite vendê-los a outros contatos e obter ganhos sobre a incerteza.

2.2.2) Pela minha experiência de livreiro, livros de cinqüenta reais tendem a se autopagar mais facilmente do que livros de trezentos ou mesmo de mil reais. Conforme vou tendo ganhos sobre a incerteza, eu vou jogando tudo na poupança de modo a empoderar novos credores (no caso, os aniversários onde não tenho dinheiro algum ou muito pouco dinheiro).

2.2.3) Se todos os 28 credores me derem 10 reais cada, então eu terei um orçamento de R$ 280/mês - e em quatro meses eu serei capaz de comprar livros mais raros. É como se estivesse preenchendo círculos concêntricos de poder - quanto maior for o valor do livro e quanto mais rápido faço esse valor se autopagar, mais poderes de usar, gozar e dispor das coisas eu terei, a ponto de influir decisivamente no pensamento conservador brasileiro.

2.2.4) Quando tiver poder considerável, por conta do constante autofinanciamento, a idéia é ficar monitorando o Brasil Pré-Pagos de modo a comprar os dólares tão necessários para a compra de livros nos EUA. Assim, poderei comprar livros mais importantes ainda de modo a obter cada vez mais ganhos sobre a incerteza.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2019.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Dos efeitos da ética protestante nas relações trabalhistas - notas sobre a figura do contractor, o agente terceirizado


1.1) Todo empregado está sujeito à proteção e autoridade de quem patrocina sua atividade organizada. Por isso, mesmo está sob a dependência de todo aquele que age como se fosse um Cristo, quando se faz às vezes de vigário ou mesmo de mecenas. 
 


1.2) O empresário e seus funcionários são empregados de toda uma população que age no mundo tal como um Cristo necessitado. E esses Cristos necessitados são pessoas conscientes - querem ser bem tratadas, pois o humilde por Deus foi elevado, uma vez que Ele ama os mais pobres.


 
2.1) Os EUA criaram a figura do contractor, uma espécie de empregado que serve aos outros visando ao próprio interesse - mais ou menos como é a figura do agente livre no âmbito esportivo.


 
2.2) Ele vende seu serviço a outra pessoa como se fosse banana na feira. A pessoa que toma esse serviço age como consumidora - ela não tem o direito de cobrar por um serviço melhor. E a tendência é esse serviço ser mal cumprido, contra o qual não se admite exceção.


 
3.1) O contractor - que costuma ser chamado de terceirizado - não está se doando de tal maneira que o tomador de seu serviço veja nele um Cristo prestador de serviço e, até certo ponto, um Cristo necessitado. Ele está fazendo um papel social, agindo tal como um ator num teatro.



3.2) Trata-se de uma relação de emprego fingida, uma vez que não há uma relação de lealdade cultivada entre patrão e empregado, até porque o que mais importa é a riqueza ser tomada como sinal de salvação, uma vez que o fim do homem está nele mesmo.



4.1) Enfim, a impessoalidade nas relações trabalhistas estabelece uma ordem social com fins vazios, de tal maneira que acaba matando o senso de integração entre as pessoas, o senso de comunidade.



4.2) A empresa deixa de ser uma associação onde as pessoas estabelecem uma atividade economicamente organizada de modo a servir à comunidade necessitada. Ela passa a ser uma organização voltada ao próprio interesse, como se a riqueza fosse um sinal de salvação, uma vez que elas estão a acreditar que o mundo foi mesmo dividido entre eleitos e condenados.



José Octavio Dettmann


 
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2019.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Notas sobre a relação entre política e biologia

1) Se a sociedade é vista como um organismo biológico, então os movimentos sociais são movimentos mecânicos - movimentos de poder fundados na luta de classes, no conflito de interesses qualificados sistematicamente pela pretensão resistida -, enquanto as transformações sociais estão associadas à química, onde na natureza nada se perde, nada se cria, pois tudo se transforma, uma vez que a sociedade se funda no homem, pelo homem e para o homem.

2) Atentem sempre para a relação da biologia com a política e vocês verão porque o liberalismo e o socialismo decorrem de uma visão de mundo onde a sociedade foi dividida entre eleitos e condenados, o que justifica a visão de luta de classes. O combate à mentalidade revolucionária passa também pelo combate ao protestantismo, que abriu à caixa de Pandora, quando contestou a autoridade da Igreja.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de abril de 2019.

Por que o liberalismo e o socialismo decorrem da visão de que o fim do homem está nele mesmo?

1.1) No liberalismo, o homem tende a ter um fim em si mesmo. Se ele tem um fim em si mesmo, então a polis tem um fim nela mesma.

1.2) Isso tem profunda relação com a biologia, onde a vida tem uma função essencialmente fisiológica. Se tudo está na vida e nada pode estar fora dela ou contra ela, então tudo está no homem, pelo homem e para o homem, a ponto de dizer que tudo está no Estado e nada pode estar fora do Estado ou contra o Estado. A negação dessas coisas é a morte - e a morte não pode ser superada.

2.1) Se a a sociedade for tomada como um conjunto de homens cujos fins estão neles mesmos, então a sociedade tem seu fim nela mesma, como se fosse um organismo biológico. Se todos têm direito à sua verdade, a organicidade dá lugar à mecanicidade, uma vez que fisiologia é essencialmente mecânica e bioquímica.

2.2) Não é à toa que socialismo, liberalismo e totalitarismo são irmãos siameses. Eles reduzem o homem a um mero corpo biológico. Se o objetivo é a satisfação do corpo, egoisticamente falando, então o homem se torna uma espécie de animal que mente. Para ele, o direito e a justiça são preconceitos - e nesse ponto, ele se torna o pior dos animais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de abril de 2019.