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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Notas sobre autofinanciamento fundadas na minha experiência pessoal

1) Eu costumo ver os 28 aniversários da poupança como 28 pessoas diferentes, todas elas como um espelho de mim mesmo. Eu peço dinheiro emprestado a elas e pago o que devo a juros, uma vez que o empréstimo para a aquisição de livros e jogos de estratégia tem natureza produtiva para mim.
2.1) Os livros têm relação direta, pois eles me inspiram a escrever os artigos; os jogos, uma relação mais indireta, pois eles me preparam espiritualmente para escrever os artigos, uma vez que a finalidade precípua dos mesmos é a contemplação - uma obrigação de meio, não de resultado. Em todo o caso, um bem complementa o outro, o que me faz ser produtivo no meu trabalho de pensar.

2.2.1) Os livros, além de me ajudarem na produção de artigos, podem ser digitalizados, o que me permite vendê-los a outros contatos e obter ganhos sobre a incerteza.

2.2.2) Pela minha experiência de livreiro, livros de cinqüenta reais tendem a se autopagar mais facilmente do que livros de trezentos ou mesmo de mil reais. Conforme vou tendo ganhos sobre a incerteza, eu vou jogando tudo na poupança de modo a empoderar novos credores (no caso, os aniversários onde não tenho dinheiro algum ou muito pouco dinheiro).

2.2.3) Se todos os 28 credores me derem 10 reais cada, então eu terei um orçamento de R$ 280/mês - e em quatro meses eu serei capaz de comprar livros mais raros. É como se estivesse preenchendo círculos concêntricos de poder - quanto maior for o valor do livro e quanto mais rápido faço esse valor se autopagar, mais poderes de usar, gozar e dispor das coisas eu terei, a ponto de influir decisivamente no pensamento conservador brasileiro.

2.2.4) Quando tiver poder considerável, por conta do constante autofinanciamento, a idéia é ficar monitorando o Brasil Pré-Pagos de modo a comprar os dólares tão necessários para a compra de livros nos EUA. Assim, poderei comprar livros mais importantes ainda de modo a obter cada vez mais ganhos sobre a incerteza.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2019.

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