1) Se eu tiver a graça de ter uma esposa e filhos com ela, eu farei escola diagonal de modo a servir à Igreja como diácono - e como padre, caso eu fique viúvo. Não acho ofensivo à conformidade com o Todo que vem de Deus ver meus filhos como uma escola que me preparará para ser pai de muitos, como padre. Afinal, prefiro ser humilde e ser elevado pelo exemplo, pois o exemplo arrasta. Se eu for santo, se eu for perfeito neste aspecto, muitos seguirão o meu caminho de vida.
2.1) Tenho refletido muito sobre a questão dos círculos concêntricos. Através de Deus, você é chamado para uma tarefa de base, que é ser pai - e se você é bom nisso, você é chamado para uma tarefa maior. Esse tipo de coisa não se funda nos meus méritos, mas nos méritos de Cristo, pois é preciso ser muito humilde, antes de ser elevado à excelsa condição de sacerdote.
2.2.1) A razão pela qual escrevo não é de negar o celibato, mas chamar a atenção sobre este aspecto do ramo oriental da Igreja que considero muito bonito. Ele se assenta sobre a humildade, onde é preciso ser pai para depois se tornar pai de muitos e depois patriarca.
2.2.2) Infelizmente, muitos jovens escolhem o sacerdócio como uma carreira - e o fazem por razões mundanas, fundadas mais no amor de si do que no amor a Deus. Esses certamente serão maus pastores, dado que são carreirista., uma vez que estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, por conta de vaidade.
2.2.3) Por isso, acho ser mais sensato para um jovem que está cheio de hormônios na cabeça que primeiro seja padre na Igreja Doméstica (pai de família) para ser depois ser pai de muitos (padre). Eu mesmo ia acabar enfiando o pé na jaca, se entrasse para o sacerdócio muito jovem - por isso, acho melhor me casar e me tornar diácono permanente. Se eu ficar viúvo, eu terei ganho sobre a incerteza. À alegria do matrimônio será dada a alegria de ser sacerdote. E isto é um caminho honroso, digno de ser percorrido. Como homem, eu não resisto aos encantos de uma mulher. Por isso, ser marido e pai vai me ensinar a morrer para mim mesmo, o que é crucial para o sacerdócio. Afinal, filhos são uma bênção - e se eu ficar viúvo, eu poderei acumular bênção sobre bênção. Somente uma pessoa muito abençoada e posta à prova como pai dos próprios filhos é capaz de ser pastor de ovelhas, uma vez que é preciso cultivar a obediência antes de liderar.
3.1) Ser sacerdote muito jovem é um encargo muito nobre, muito heróico. Somente muito poucas pessoas fazem da vida celibatária sua razão de vida, a ponto de seguir o exemplo de Jesus. Esses que se tornam sacerdotes desde jovens são guiados pela graça de Deus, pois são movidos pela coragem. Por isso, podem ser chamados a serem bispos.
3.2) Não estou negando a vida celibatária - se o jovem tiver vocação para ser padre jovem, ótimo. A maioria deles, cheios de hormônios, terá muita dificuldade de refrear seus instintos naturais para a procriação. Por isso, eles necessitam da vida marital como o primeiro caminho para a vida sacerdotal. Isto é conseqüencia direta do Concílio Vaticano II, um de seus bons frutos. Onde isso nega o ensinamento de São Paulo? Não vejo erro nisso. Quanto radicalismo insensato, meu pai do Céu!
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 14 de maio de 2019.
2.1) Tenho refletido muito sobre a questão dos círculos concêntricos. Através de Deus, você é chamado para uma tarefa de base, que é ser pai - e se você é bom nisso, você é chamado para uma tarefa maior. Esse tipo de coisa não se funda nos meus méritos, mas nos méritos de Cristo, pois é preciso ser muito humilde, antes de ser elevado à excelsa condição de sacerdote.
2.2.1) A razão pela qual escrevo não é de negar o celibato, mas chamar a atenção sobre este aspecto do ramo oriental da Igreja que considero muito bonito. Ele se assenta sobre a humildade, onde é preciso ser pai para depois se tornar pai de muitos e depois patriarca.
2.2.2) Infelizmente, muitos jovens escolhem o sacerdócio como uma carreira - e o fazem por razões mundanas, fundadas mais no amor de si do que no amor a Deus. Esses certamente serão maus pastores, dado que são carreirista., uma vez que estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, por conta de vaidade.
2.2.3) Por isso, acho ser mais sensato para um jovem que está cheio de hormônios na cabeça que primeiro seja padre na Igreja Doméstica (pai de família) para ser depois ser pai de muitos (padre). Eu mesmo ia acabar enfiando o pé na jaca, se entrasse para o sacerdócio muito jovem - por isso, acho melhor me casar e me tornar diácono permanente. Se eu ficar viúvo, eu terei ganho sobre a incerteza. À alegria do matrimônio será dada a alegria de ser sacerdote. E isto é um caminho honroso, digno de ser percorrido. Como homem, eu não resisto aos encantos de uma mulher. Por isso, ser marido e pai vai me ensinar a morrer para mim mesmo, o que é crucial para o sacerdócio. Afinal, filhos são uma bênção - e se eu ficar viúvo, eu poderei acumular bênção sobre bênção. Somente uma pessoa muito abençoada e posta à prova como pai dos próprios filhos é capaz de ser pastor de ovelhas, uma vez que é preciso cultivar a obediência antes de liderar.
3.1) Ser sacerdote muito jovem é um encargo muito nobre, muito heróico. Somente muito poucas pessoas fazem da vida celibatária sua razão de vida, a ponto de seguir o exemplo de Jesus. Esses que se tornam sacerdotes desde jovens são guiados pela graça de Deus, pois são movidos pela coragem. Por isso, podem ser chamados a serem bispos.
3.2) Não estou negando a vida celibatária - se o jovem tiver vocação para ser padre jovem, ótimo. A maioria deles, cheios de hormônios, terá muita dificuldade de refrear seus instintos naturais para a procriação. Por isso, eles necessitam da vida marital como o primeiro caminho para a vida sacerdotal. Isto é conseqüencia direta do Concílio Vaticano II, um de seus bons frutos. Onde isso nega o ensinamento de São Paulo? Não vejo erro nisso. Quanto radicalismo insensato, meu pai do Céu!
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 14 de maio de 2019.
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