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quarta-feira, 15 de maio de 2019

A burocratização da Igreja fez com que o celibato fosse servido com fins vazios

1) Desde que a Igreja se tornou uma burocracia, houve uma espécie de imanentização.

2.1) Muitos jovens enxergam o sacerdócio como uma carreira, nunca como uma vocação. Eles se tornam burocratas, em vez de serem pais de muitos. Neste sentido, eles se tornam uma classe ociosa.

2.2.1) É justamente porque os sacerdotes se tornaram carreiristas que a Igreja Católica se tornou uma instituição de rent-seeking, a ponto de ser equiparada com as igrejas protestantes, se levarmos em conta a sociologia liberal. Isso acaba fazendo com que a Igreja acabe perdendo sua natureza de instituição de caridade, a ponto de perder de vez sua natureza salvífica.

2.2.3) Isso faz com que o celibato seja servido com fins vazios, improdutivos. A relação com os fiéis será mais impessoal, a ponto de esvaziar ainda mais as paróquias.

3.1) Além desse problema do carreirismo, há a infiltração dos comunistas na Igreja, sobretudo nos seminários.

3.2) Jovens efeminados e ricos no amor de si até o desprezo de Deus são escolhidos em detrimento dos verdadeiros vocacionados, os quais acabam seguindo o laicato consagrado ou mesmo se casando, a ponto de se tornarem diáconos permanentes e serem elevados eventualmente ao sacerdócio através da viuvez.

3.3) O x da questão não é o celibato em si, mas o fato de a Igreja ter se tornado uma burocracia. Em algum ponto da História a Igreja sofreu um desvio de finalidade - o que o Concílio Vaticano II fez foi tornar esse problema evidente. Isso desvirtuou o sacerdócio, a ponto de os sacerdotes serem reduzidos a burocratas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de maio de 2019.

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