1) Identidade (id + entidade): o ente é isto, é o que ele é. É a expressão da realidade, dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus.
2) É a razão de ser de todas as coisas, a ponto de gerar um mito fundador que vai ser a razão de ser um povo de modo a tomar as terras que ocupa como um lar em Cristo, por conta de se servir a Ele e terras distantes. Por essa razão, a verdadeira identidade é a portuguesa, pois ela gera um mitologema verdadeiro.
3.1) Não podemos falar em "identidade brasileira". Ela se baseia na falsa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, o que levou o Brasil a desviar-se do caminho sagrado fundado em Ourique e se tornar anticristão por força disso.
3.2.1) Toda razão de ser falsa leva a uma falsa ordem onde a liberdade será servida com fins vazios. Trata-se de uma falsa entidade; ela não foi fundada no id - coisa que remete ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - mas no ego, no conservantismo dos maçons, gente essa rica no amor de si até o desprezo de Deus.
3.2.2) O ego tende a se inflar a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele, eis o superego na política.
4.1) Se tivermos que buscar um caminho próprio, dentro da nossa circunstância (de que somos portugueses nascidos na América), então o verdadeiro caminho será pautado pelo fato de que nascemos sob o signo da Santa Cruz, tal como vemos na primeira missa celebrada nestas terras. Como o pau-brasil foi nossa primeira riqueza, então serviremos a Cristo em terras distantes por meio da santificação através do trabalho. E neste ponto a capital dessa razão de ser deve ser fundar no estado do Espírito Santo, onde o lema do estado é "trabalha e confia".
4.2) É trabalhando e confiando no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que tomamos múltiplos lugares como um lar em Cristo. Neste ponto, o Brasil será idêntico a Portugal no contexto do continente americano, onde temos esta terra como berço e o mundo para morrer.
4.3) Estas seriam as verdadeiras fundações espirituais da pátria - elas não se fundam na independência, numa luta onde portugueses e brasileiros são classes antagônicas, mas numa completa confiança e de dependência de Deus, a ponto de todas as partes da Lusitânia Dispersa cooperarem juntas de modo que o Reinado Social de Cristo Rei seja uma realidade em toda a cristandade.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 20 de maio de 2019.
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