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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Como o sistema de reservas fracionárias cria a cultura de atravessamento comercial

1.1) As casas, além de servirem de abrigo para os membros da família, elas também servem de entreposto comercial, pois nela o bom pai de família possui uma fração das mercadorias que foram postas em comunhão visando ao bem comum de toda a comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, visando ao atendimento sistemático das necessidades de todo os seus membros.

1.2.1) Nelas o pai de família estoca coisas de modo a pagar os empréstimo de produtos que foram consumidos por ele e sua família por produtos que sejam do mesmo gênero, quantidade e qualidade.

1.2.2) Como as casas servem de entreposto comercial, elas acabam se tornando uma espécie de armazém, o que o permite especular com o preço dos produtos no mercado local, de modo a saber quando é a hora de pô-los em consignação e quando não. Dessa forma, ele estabelece uma poupança, acumulando mercadorias de modo a trocá-las por um preço mais favorável e assim ter ganhos sobre a incerteza.

2.1) Toda família deveria ter um estoque de coisas em casa e livros contábeis de modo a pagar os empréstimos devidos. É dessa forma que todo mundo vira credor de todo mundo, a ponto de favorecer uma maior integração entre as pessoas, ao estimular um maior senso de responsabilidade, a ponto de que esses empréstimos voltados ao nosso próprio consumo sejam vistos como investimentos onde devemos dar a eles uma destinação produtiva.

2.2.1) Dependendo da localização da casa do pai de família - se está perto de uma rodovia importante ou mesmo próxima a uma linha férrea -, ela pode servir de ponto de partida para uma rota comercial, onde pode oferecer seus produtos estocados em consignação no mercador local de modo a atender a demanda local.

2.2.2) Esses produtos, postos em consignação, são trocados por dinheiro. E esse dinheiro, que é moeda fiduciária, ajuda a pagar as dívidas - uma vez que ele estará remunerando a quem o ajudou naquilo que ele tanto queria, que é ter ganho sobre a incerteza, ao atender a demanda local dos mercados.

3.1) Se a quantidade de coisas acumuladas for muito grande, ele deve lançar um título escriturado, no valor dessas mercadorias.

3.2) Esses títulos são bens de primeira necessidade prática, pois convertem algo pesado e difícil de carregar em algo leve e fácil de carregar. Eles são bens preciosos e abençoados, uma vez que eles são uma fração de todas as riquezas que foram postas em comunhão e que decorrem da verdade, do verbo que fez carne, a ponto de fazer santa habitação em nós através da Santa Eucaristia.

3.3) Por conta disso, eles não podem ser recusados, pois foram criados e abençoados por uma autoridade que foi enviada por Aquele que é a verdade em pessoa, uma vez que a autoridade que administra a paróquia local aperfeiçoa a liberdade dos paroquianos, através do trabalho nas pastorais.

3.4) Para evitar que gente mal-intencionada roube o título de modo a falsificá-lo, o bom pai de família deposita esses títulos numa caixa vazia, lacrada a chave e protegida por uma armadilha, de modo a serem entregues ao portador. A caixa fica depositada no banco e só pode ser aberta se a chave for entregue ao devido destinatário.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2019 (data da postagem original).

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