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quarta-feira, 18 de julho de 2018

O presidencialismo é a ordem social do exercício arbitrário das próprias razões

A ideia revolucionária se implanta na alma das pessoas quando elas acreditam que a soberania advém do povo e não de Deus. E como cada indivíduo tem uma vontade particular, não se podendo atender à vontade particular de cada um, elege-se uma vontade qualquer como sendo a “vontade geral” e se a implanta, mesmo que à revelia do povo. E aquilo que parecia ser uma libertação, escapar da vontade soberana e perfeita de Deus, se torna um dos principais instrumentos para a tirania.

Roche Maria do Egito (A.K.A Rochelle Cysne)

Facebook, 17 de julho de 2018

https://web.facebook.com/roche.cysne.3/posts/205841846937160

1.1) Exercício arbitrário das próprias razões implica fazer justiça com as próprias mãos.

1.2) Essa pessoa toma como parâmetro que justiça é a lei do mais forte. Por isso que nos Estados tomados como se fossem religião somos governados por "homens fortes", que fazem da carta constitucional "uma licença de corso". Não é à toa que repúblicas presidencialistas descristianizam sociedades inteiras, preparando o caminho para o comunismo.

2) Fazer justiça implica ver a verdade contida nas relações humanas. O justo juiz dá pleno cumprimento à lei e precisa imitar o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem, de modo a aplicar a justiça, uma vez que a lei positiva precisa ser vista como um mecanismo de legítima defesa contra o arbítrio, coisa que se dá a partir do momento em que começam a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de isso desaguar numa tirania.

3) A partir do momento em que a Cruz é retirada dos tribunais, o homem forte se torna o juiz, a ponto de não haver mais a quem recorrer, nem mesmo a Deus. E o exercício arbitrário das próprias razões se torna a regra de todas as ações, não a verdade. Eis a falência da ordem constituída - o povo não viu em Deus a fonte de seu verdadeiro poder.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de julho de 2018.

Comentários:

João Damasceno: Sempre pensei nisso, amigo. A democracia é uma forma de autotutela, pois a vontade da maioria (mais forte) é imposta sobre a minoria ( mais fraca), independente do compromisso com a verdade ou utilidade da gestão pública.

Segredo para ser meu discípulo

Hoje um contato meu me pediu para ser meu discípulo. Como sei que mais cedo ou mais tarde terei mais gente me pedindo isso, então escrevi algumas coisas para os que desejam seguir os meus passos na vida intelectual:

1) Nunca me tome como religião, pois não sou guru de seita. Se há algo em que estou errado, me corrija, pois isso é caridade intelectual.

2) Tente juntar suas experiências com as minhas, no tocante a tomar o Brasil como um lar em Cristo, por força de Ourique. Caso você esteja na Lusitânia Dispersa, seja a ponte de modo a conjugar o que você sabe lá fora com o que há aqui dentro.

3) Ame e rejeite as mesmas cosas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Monte todo o seu círculo social somente com pessoas que comungam neste princípio. Dentre eles, escolha os melhores, que vão ajudar você no seu trabalho.

4) Odeie com todas as forças tudo o que decorre do fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, pois o conservantismo ofende a Deus gravemente.

5) Colabore comigo naquilo que mais precisar (seja com dinheiro, livros ou alguma outra coisa).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de julho de 2018.

Mais uma verdade sobre o capitalismo

"O capitalismo, em sua natureza teleológica, esconde uma pretensão utópica: a redenção da humanidade por vias econômicas, ou como dizia o Pe. Meinvielle: "o paraíso econômico na terra". Se o socialismo é com toda justiça recriminado pela pretensão insana de estabelecer uma sociedade igualitária, o capitalismo é, com o mesmo rigor, recriminado por acentuar além da medida a desigualdade, de modo que é comum, no capitalismo liberal o monopólio de um único homem superar o PIB de muitos países. Nos dois casos uma injustiça flagrante é constatada. A desigualdade é uma condição natural das sociedades, mas a desigualdade exacerbada no capitalismo é artificializada. E poderia ser corrigida com o triunfo da "desprezada" caridade, o que tornou-se, também, uma utopia, mas que ainda é a fonte vital de propostas econômicas marginalizadas, como o distributivismo e o "socialismo cristão" de Leão XIII".

Erick Ferreira

Trecho de um livro que ele pretende publicar em breve

Facebook, 17 de julho de 2018.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Segredo para não ter problemas no estrangeiro: respeitar as leis de lá

1) Qual é a melhor pedagogia para se respeitar as leis de lá? Respeitando as leis daqui. Exemplo: se você atravessa uma rua fora da faixa de pedestres ou quando o sinal ainda está vermelho, mesmo que não haja nenhum carro a passar por perto, então a probabilidade de você reproduzir tal conduta lá é alta. Enquanto aqui não tem punição, enquanto lá a lei é aplicada. 

2) Se você é multado lá, então você certamente vai precisar fazer uma transferência bancária internacional, pagando uma taxa de câmbio exorbitante, fora da taxa oficial (já que temos uma máfia do câmbio), bem como esperar um prazo de dois a cinco dias de modo que a transferência seja feita (e nesse período, os bancos ganham dinheiro enquanto isso). Meu irmão foi multado na Alemanha por estacionamento proibido e está tendo uma dor de cabeça por lá.

3.1) Quando falo que é preciso tomar dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo, eu digo isso pela seguinte razão: Deus preza o direito e a justiça.

3.2) Se você toma o pais como um lar em Cristo, você não será punido por força do erro de proibição, por conta de ser estrangeiro, e poderá passar sua experiência a quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.3) Quando você constrói as pontes que decorrem da verdade, fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus, então você contribui para a formação de uma cultura comum tendo por fundamento tomar esses dois países como um mesmo lar - e isso será levado em conta se essa cultura for tão influente a tal ponto que nenhum Ministério das Relações Exteriores poderá ignorar. E essa cultura comum será uma cultura única - por isso que não acredito em multiculturalismo, pois isso faz com que a integração esteja sempre na mão do Estado, que será tomado como se fosse religião, já que tudo estará no Estado e nada estará fora dele ou contra ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de julho de 2018 (data da postagem original).

Algumas características da minha ficção, caso algum dia aprenda a contar histórias

1) Caso um dia eu seja capaz de contar uma boa história, meus personagens todos terão sobrenomes poloneses, alemães, suecos, ingleses e até finlandeses, embora o cenário seja quase sempre o Rio de Janeiro.

2) Não que eu não despreze os sobrenomes portugueses - na verdade, sempre gostei de nomes diferentes e achei que isso fosse mais fácil de individualizar os meus personagens.

3) O que há de português neles é que todos são católicos, bem católicos. Além disso, todos falam português e têm uma lealdade quase canina com tudo aquilo que decorre de Ourique, pois tomam o Brasil como um lar em Cristo por força disso, muito mais do que os nascidos aqui e que ficam a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Essa é a essência ficcional dos meus personagens.

4) Quanto à parte real, os fatos todos decorrerão de coisas que vi ou vivi, assim como de coisas que conheci por meio de outras pessoas, cujo depoimento farei registro, se tiver oportunidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de julho de 2018.

Por que a economia é uma ciência moral?

1) Se economia é ciência moral e se moral é lei que se dá na carne de cada um de nós de modo a estarmos diante d'Aquele que nos criou, então a economia é o estudo da organização do país tomado como se fosse um lar em Cristo de tal maneira que a riqueza, adquirida por conta do trabalho nobre e santificador, ajude na construção de um bem comum, feito de tal maneira que prepare a todos os que amam e rejeitam as mesmas tendo por Cristo fundamento de modo a todos irem para a pátria defiintiva, que se dá no Céu.

2) Obviamente é uma ciência que ajuda na formação da polis, pois sistematiza todo o conhecimento empírico acumulado pelos indivíduos, ao longo de gerações, de modo a apontar para aquilo que é universal, para aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que verdade conhecida é verdade obedecida, como bem disse Platão. Por isso que falamos em economia política, pois a polis, para ser virtuosa, deve imitar a Jerusalém Celeste, a cidade de Deus.

3.1.1) Não custa lembrar que, para Aristóteles, a Ética dividia-se em Política e Economia.  

3.1.2) Tanto é verdade que a organização do lar de modo a construir riquezas que ajudem na construção do bem comum necessita da orientação das autoridades legítimas investidas de poder de modo a nortear o que precisa ser feito para o bem de toda a polis, de todas as famílias que fazem parte dela - por isso mesmo, a administração do bem comum necessita de liderança. Por isso mesmo, toda economia necessita de política - se pátria é família ampliada, então o princípio da subsidiariedade é sempre observado, uma vez que primeiramente observamos a economia doméstica, matrimonial por excelência, para só depois deduzirmos os princípios gerais que torneiam a economia da polis como um todo, uma vez que o todo, fundado em Cristo, é maior do que a soma das partes, as famílias.

3.2) No mundo onde a riqueza é tomada como um sinal de salvação, visto que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados por conta da ação de um demiurgo, economia e política estão num mesmo círculo, um círculo secante. É nisso que dá ficar imitando a ética que decorre da cosmovisão protestante - se a riqueza é tomada como se fosse salvação, então todo país rico será tomado como se fosse religião, posto que foi eleito por Deus para ser grande, de Primeiro Mundo, ao passo que todo país pobre está condenado a uma condição inferior de antemão, a ser parte eternamente do Terceiro Mundo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de julho de 2018 (data da postagem original).

O caminho da excelência é como plantar carvalhos, não couve - notas sobre a melhor maneira para preencher as 5 mil vagas de seu perfil no facebook

1) Enquanto muitos buscam a popularidade, preenchendo rapidamente as 5 mil vagas do perfil com qualquer porcaria, eu tomei a direção oposta: preencher as 5 mil vagas do meu perfil com o que há de melhor, o que toma muito tempo. Afinal, atuar na rede social é mais ou menos como eu faço no campo da digitalização: é um trabalho de paciência e diligência, que deve ser feito da melhor maneira possível.

2) Os que buscam popularidade plantam couve - eles conseguem os resultados de maneira rápida, mas a duração da glória é pouca, posto que se funda no amor de si até o desprezo de Deus.

3.1) Os que buscam a excelência plantam carvalho. Preencher as 5 mil vagas de um perfil de rede social com o que tem de melhor leva muito tempo, mas, quando isso é feito, você consegue gente que vai ouvir o que tem a dizer e que vai ser fiel a você para o resto da vida, ainda que em terras distantes, pois estas pessoas amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.2) Cada pessoa adicionada de excelente qualidade é como um lago cheio de peixes - é preciso pescar nesse lago também até conquistar o apoio dos peixes que estão associados a este lago. Mas isso não pode se fundar no amor de si - as coisas precisam se pautar na conformidade com o Todo que vem de Deus. Afinal, na rede social, você é um pescador de homens, um semeador de consciência.

4) Ser conhecido a longo prazo tem muito mais valor do que ser conhecido rapidamente, pois quem quer a excelência deseja o sincero reconhecimento dos melhores, ao passo que o medíocre quer o reconhecimento do mundo, ainda que este despreze o trabalho do medíocre, uma vez que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de julho de 2018 (data da postagem original).