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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Nos consultórios médicos ocorre troca autística: sou curado do mal-estar físico, mas posso sair de lá com mal-estar espiritual, por conta da tv do consultório estar sintonizada na globo

1) Quando vou a um consultório médico, eu vou para me tratar de uma doença, de um mal-estar físico.

2) Se no consultório médico há uma tv sintonizada na Globo, então ocorre uma troca autística. Troco mal estar físico por mal estar espiritual, pois a Globo estaria inoculando todo um lixo que a longo prazo só me deixará ainda mais doente e de maneira mais grave.

3) Já não seria caso de tratar um canal como a Globo como um caso de lixo hospitalar?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2017 (data da postagem atualizada).

Considerações sobre o que é uma economia de ordem privada

1) Economia de ordem privada é necessariamente economia reservada, fundada na pessoalidade.

2) Sirvo ao meu cliente porque o conheço, pois sei que ele tem um bom caráter, uma vez que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Se o conheço, então confio nele.

3) Certamente terei poucos clientes, pois poucos são realmente assim. Poderei cobrar um pouco mais caro, mas o trabalho será feito de melhor qualidade, pois sei o que meu cliente deseja.

4) A ordem privada pode se expandir, se houver indicação - se meu cliente ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo, então ele indicará para uma outra pessoa que comungue dos mesmos valores.

5) Para um consultório dentário ou médico funcionar dentro daquilo que falei no artigo anterior, então a amizade precisa ser a base da sociedade política e da prestação dos serviços em sociedade. Se não trato meu cliente como um amigo, não haverá uma boa prestação de serviço - e se não houver uma boa prestação de serviço, eu não poderei ser bem remunerado.

6.1) Se a minha clientela é seletiva, isso não quer dizer necessariamente que condenei de antemão quem não é assim. Muito pelo contrário; quem escolheu conservar o que é conveniente e dissociado da verdade sofrerá as conseqüências de seu conservantismo, pois ficará privado dos meus serviços.

6.2) Para a sorte dele, eu sou apenas um - por enquanto, a maioria dos profissionais liberais não pensa da mesma forma que eu. Agora, se um número considerável de pessoas começar a agir da mesma forma que eu ajo, o conservantista vai ter que rever seus conceitos de modo a ser tratado como se fosse gente.

6.3.1) É este aspecto da guerra cultural que precisa ser trabalhado.

6.3.2) A economia de mercado é uma economia de encontro de pessoas que comungam dos mesmos valores fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus - ela não pode ser tomada como uma economia de sujeição, a ponto de relativizar a todos os valores mais sólidos, fundados na verdade, se liqüefazerem no relativismo moral.

6.3.3) Afinal, o conservantista é como um líqüido; ele assume a forma do copo ou da garrafa, dependendo da circunstância. Não é à toa que é extremamente importante não confundir o chá com a xícara.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2017.

Comentários:

Róger Badalum:  

1) Entendo como economia de ordem privada tratar-se de microeconomia - e isso está relacionado com administração. 

2) O fornecedor dos serviços depende das necessidades do cliente - afinal, não há como fugir disto, pois esta crise não está fácil pra ninguém. Todo o problema talvez esteja na macroeconomia, nas políticas de Estado, principalmente naquelas com financiamento estatal. É apenas uma observação.

José Octavio Dettmann: Há as necessidades dos clientes e os valores. Nem sempre uma necessidade é fundada na verdade. E uma necessidade falsa faz com que o serviço seja mais um malefício do que um benefício. A necessidade vem dos desejos - uma coisa psicológica. E a psicologia vem de uma alma ordenada ou desordenada para a verdade.

Róger Badalum: Sim. Justamente nas necessidades sem valores usam da PNL (em propagandas), estimulando o desejo e aumentando o consumo - algo que não tem como querermos proibir. Agora, não é fácil estimular consumo através de valores - aqui o problema -, onde acaba prevalecendo a real necessidade.

José Octavio Dettmann: E a real necessidade pode ser na verdade uma necessidade imaginária. O consumismo faz do produto uma espécie de ídolo.

Notas sobre o que faria se tivesse um consultório dentário ou médico, em contexto de guerra cultural


1) Se eu fosse dentista ou médico, eu não seria um funcionário público autônomo, um profissional liberal que atende indistintamente a qualquer do povo sem se importar com a ideologia ou com a religião, uma vez que as pessoas se encontram alheias à guerra cultural ou à guerra híbrida que nos bate à porta. E tal como houve em Ourique, eu faria da minha profissão uma forma de servir a Cristo para o bem de meu próximo, mesmo que esteja distante - geograficamente distante - de mim ou distante da realidade.

2) Tal como ando fazendo em casa, já que o consultório seria uma extensão da minha casa, os livros que digitalizei ficariam à disposição dos que me procuram, esses que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - e eles vão lendo e estudando as coisas. Assim, as pessoas vão adquirindo conhecimento e aprendendo muita coisa.

3) Eu não porei a TV na globo. A TV do meu consultório ficará ligada numa playlist do youtube, onde a pessoa ouvirá Olavo de Carvalho, Loryel Rocha e outras grandes personalidades do pensamento atual.

4.1) Afinal, a razão da minha vida, a minha vocação, é fazer da atividade de servir ao meu próximo a verdadeira profissão de fé fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, dado que é um apostolado voltado para a verdade. Afinal, ela não precisa ser minha, muito menos do meu seu semelhante, de modo que seja nossa.

4.2) Se minha profissão se tornar uma fé fundada no dinheiro, então eu acabaria crendo que a riqueza é um sinal de salvação, a ponto de fazer da autonomia uma liberdade voltada para o nada. E isso acabaria semeando relativismo moral.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Notas sobre a importância de Nossa Senhora no processo de capitalização moral

merry-go-round - (carrossel em inglês)
1) Atentem que merry tem a mesma pronúncia de Mary (Maria, em inglês)

2) Se a mãe do meu Senhor fosse uma mulher qualquer, ela seria uma maria-que-dá-voltas em todo mundo e viraria fumaça, para não ser pega na mentira.

3) Se Maria fosse uma mulher qualquer, não haveria segunda Eva - e nem segundo Adão. Logo, Jesus não seria Deus - e o cristianismo não seria verdadeiro. É dentro desta lógica que se opera o cristianismo judaizante - farisaico, a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

4) Dentro daquilo que é fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, as coisas se operam dentro de ciclos. E é em tornos desses ciclos que se opera a capitalização moral.

5) Sempre que você organiza uma atividade de modo que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu, devemos levar nossos pedidos à mãe do Nosso Senhor, que é nossa advogada. Se o pedido for fundado em boa razão, Nosso Senhor, que é justo juiz, concederá o pedido. E ninguém vai ao pai senão por Jesus.

4) Como o tempo é prerrogativa de Deus, os juros arbitrados à atividade organizada de modo a servir a Cristo são livres - bênçãos são acumuladas de uma maneira abundante, pois o amor de Deus é infinito.

5) E esse ciclo é uma ciranda, tal qual um carrossel. A cada revolução vem sempre uma renovação - uma continuidade, nunca uma ruptura.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2017.

Sobre o trabalho de filosofia da linguagem do Dettmann

1) A percepção semântico-etimológica (digamos) é coisa que nunca existiu em profundidade, no sentido de um estudo sistemático, da forma como o colega José Octavio Dettmann faz.

2) Os falantes de latim provavelmente não viam na própria língua essas nuances que vemos no trabalho do Dettmann e que hoje conseguimos enxergar. Eles apenas iam falando as palavras mais ou menos identificadas com coisas, sem analisá-las, sem desmembrar as palavras em morfemas e aproximar sucessivamente os significados.

3) Essa técnica de desmembrar palavras é algo que exige um sólido conhecimento filosófico. E se a pessoa tiver conhecimento de línguas estrangeiras, a pessoa vai alargando a língua sem destruí-la.

Maurício Silva

Facebook, 22 de agosto de 2017.

Como cheguei à esta nuance que leva à perversão da palavra "cooperação"?

coop - poleiro (em inglês)

coopera - coop + opera (operar significa criar uma atividade organizada de modo a produzir lucro. Por isso tem um fim em si mesmo, tal como um dispositivo mecânico)

cooperação - coop + opera + ação (a atividade organizada de modo a produzir lucro começa a exercer uma influência nas pessoas. Uma influência cultural feita de tal forma que muitos buscam o sucesso imitando os métodos de quem bolou esse sistema, uma vez que a riqueza é uma espécie de sinal de salvação)

cooperativismo - coop + opera + ativismo (a ação organizada de modo a produzir lucro exerceu uma influência cultural tão profunda e tão arraigada que acabou formando um movimento de pessoas que conservará isso conveniente e dissociado da verdade, uma mentalidade revolucionária. A partir deste momento a riqueza como sinal de salvação passará a ser uma norma da sociedade. E quem conservar os valores antigos, por serem convenientes e sensatos - fundados na conformidade com o todo que vem de Deus - será perseguido a ponto de a oposição ser eliminada sistematicamente.

1.1) Como falei nos artigos anteriores, nesses ambientes empoleirados sempre encontraremos gente com mentalidade empoderada.

1.2.1) Em meio aos porcos, aos conservantistas, há as galinhas histéricas, que vivem a cacarejar e a fofocar, gente pobre em espírito e rica em neurose.

1.2.2) No meio dessa balbúrdia, há os playboys saradões que só cultivam o corpo de tal modo a ficarem tão fortes quanto um touro - e como acessório segue a sorte do principal, atrás do touro vem as republicanas, as vacas que saem à caça destes seres inferiores só porque eles têm um cartão de crédito, um carro e podem lhes bancar passeios caros e viagens ao exterior de modo a custear seus banhos de loja. E no meio dessa gente, há algumas famílias que vivem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

1.3.1) A fungibilidade está no fato de que todos são animais (gênero).

1.3.2) Numa ação cruzada, isso não só reduz a dignidade do ser humano como também humaniza os animais, uma vez que o igualitarismo dilui as qualidades inerentes das espécies, e dos indivíduos de cada espécie, e infla as quantidades, a ponto de todos serem substituíveis pelo mesmo gênero, quantidade e qualidade, pois a ontologia do particular, do ser enquanto ser inerente da espécie, foi solenemente ignorada de maneira conveniente e dissociada da verdade - e isso foi feito de modo a atender a uma necessidade prática, a ponto de gerar um pragmatismo político).

1.3.3) E isto é uma ideologia de gênero (não no sentido sexista do termo, mas no sentido mais lato - como todos são animais, uns são trocados pelos outros, a ponto de gerar impessoalidade).

1.3.4) Em sentido estrito, a ideologia de gênero, enquanto sinônimo de androginia, é indiferente ao sexo do ser humano e aos atributos inerentes do sexo do membro da espécie humana (assim, um homem pode ser substituído pela mulher e vice-versa a ponto de terem a impressão de que o corpo com o qual você nasce é uma prisão - e a alma, desejando escapar do corpo tal como um gás, deseja desmanchar o que é sólido no ar, uma vez que o ambiente de liberdade voltada para o nada - base para o relaiivsmo moral - liqüefez tudo, como disse Zygmunt Baumann).

1.3.5) Uma coisa preparou para a outra, através de ações sucessivas.

2.1) Afinal, para esses liberais (no sentido americano do termo, como esquerdistas que são) o homem é uma folha de papel que aceita qualquer coisa.

2.2) E isso edifica liberdade com fins vazios que só conduzirão ao fim da História e ao fim do último homem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2017 (data da postagem original).

Por que o termo "conservative" em inglês não é conservadorismo, no sentido luso-greco-latino do termo?

1) Quando uma atividade organizada é voltada para si mesma, nós temos ativismo. E esse ativismo é tomado como se fosse coisa até se tornar uma religião, em que tudo está no homem para o homem. E desse humanismo vem a filantropia, do homem pelo homem.
 
2) É neste sentido que Aristóteles dirá que o fim da polis é ser o lugar da felicidade do homem, já que a polis serva e a si mesma. E nesse ponto, nacionidade (tomar o país como um lar) e nacionalidade ( tomar o país como religião) se equivalem, uma vez que a polis terá um culto doméstico sistemático, já que todos os cidadãos são partes de uma mesma família (por isso que muitas das polis tinham monarquias - e por causa do paganismo, muitas delas se corrompiam em tirania).

3) Quando Santo Tomás de Aquino diz que a função da polis é servir para algo maior do que ela mesma, coisa que aponta para a conformidade que vem de Deus, eis aí que surge a política como a ordenação e organização da vida da cidade de modo que ela seja tomada como um lar em Cristo, coisa que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

4) Conservar o que é conveniente e sensato se torna uma atividade organizada - e do acúmulo do conhecimento das verdades conhecidas que obedecemos às coisas, uma vez que Deus já se fez carne e passou a habitar em nós. E é por meio da eucaristia que conservamos a dor de Cristo - é por ter o Cristo em mim que tenho a lei mosaica no meu coração e passo a viver a liberdade em Cristo.

5.1) O sentido greco-latino do conservadorismo é muito diferente do sentido anglo-saxão, que é um ativismo conservantista, em que se conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.

5.2) É desse ativismo conservantista que o cristianismo se torna mais judaizante. E neste ponto, a civilização judaico-cristã, da qual emerge o falso liberalismo (a ordem libertário-conservantista, como eu chamo), é uma anticivilização, uma vez que pretende tomar o lugar da ordem decorrente do casamento de Jerusalém, Roma e Atenas, a qual se chama civilização greco-latina. E essa civilização esvazia a ordem espiritual, a ponto de imanentizar tudo, criando um vácuo para que os muçulmanos ocupem tudo e destruam tudo, a ponto de criar um fim da História, no dizer de Francis Fukuyama.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2017.