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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Notas sobre o que faria se tivesse um consultório dentário ou médico, em contexto de guerra cultural


1) Se eu fosse dentista ou médico, eu não seria um funcionário público autônomo, um profissional liberal que atende indistintamente a qualquer do povo sem se importar com a ideologia ou com a religião, uma vez que as pessoas se encontram alheias à guerra cultural ou à guerra híbrida que nos bate à porta. E tal como houve em Ourique, eu faria da minha profissão uma forma de servir a Cristo para o bem de meu próximo, mesmo que esteja distante - geograficamente distante - de mim ou distante da realidade.

2) Tal como ando fazendo em casa, já que o consultório seria uma extensão da minha casa, os livros que digitalizei ficariam à disposição dos que me procuram, esses que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - e eles vão lendo e estudando as coisas. Assim, as pessoas vão adquirindo conhecimento e aprendendo muita coisa.

3) Eu não porei a TV na globo. A TV do meu consultório ficará ligada numa playlist do youtube, onde a pessoa ouvirá Olavo de Carvalho, Loryel Rocha e outras grandes personalidades do pensamento atual.

4.1) Afinal, a razão da minha vida, a minha vocação, é fazer da atividade de servir ao meu próximo a verdadeira profissão de fé fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, dado que é um apostolado voltado para a verdade. Afinal, ela não precisa ser minha, muito menos do meu seu semelhante, de modo que seja nossa.

4.2) Se minha profissão se tornar uma fé fundada no dinheiro, então eu acabaria crendo que a riqueza é um sinal de salvação, a ponto de fazer da autonomia uma liberdade voltada para o nada. E isso acabaria semeando relativismo moral.

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