1.1) Numa votação política, não há a obrigatoriedade da fundamentação do voto, tal como temos na Justiça.
1.2) Se formos levar em conta a atual realidade política, as fundamentações seriam as mais estapafúrdias, o que terminaria fazendo com que a decisão do plenário fosse nula, por conta de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.
2) Se a representação política fosse séria, o fato de se discordar da decisão de se arquivar o processo contra Temer por corrupção passiva (e este é o significado do "sim" no plenário) poderia ser desdobrado num não à artimanha política que o PT estaria causando de modo a prejudicar a melhora da situação econômica do país. E isso seria um caso de não-sim (mas não de um nie-tak, pois esta emenda, ainda que torta, acabaria produzido um caminho reto, endireitado, apesar de provisório - e isso faria com que o argumento da pinguela do João Batista Olivi fosse correto, se admitíssemos que a crise fosse tão-somente econômica, o que não é verdade).
3) Esse não-sim seria um não à dissimulação armada pelo PT. E neste ponto, políticos honestos estariam fazendo do sim um sim e de seu não um não, o que é crucial para a Campanha Presidencial de 2018. E neste ponto, o Bolsonaro, que é conhecido por sua honestidade, tomou uma decisão boa, pois ele pode usar isto a seu favor na campanha - e seus eleitores vão votar nele por conta deste fundamento, se as eleições fossem motivadas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 3 de agosto de 2017.
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