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domingo, 6 de agosto de 2017

Da cultura como um motivo determinante para uma exigência do mercado por qualificação profissional

1) Você pode me dizer o seguinte: "eu preciso do diploma porque o mercado exige". Mas que fator, que motivo determinante faz com que o mercado prefira alguém com o canudo? A cultura. As pessoas, por conta da cultura, partem do pressuposto de que uma pessoa com diploma está mais qualificada do que uma pessoa sem ele.

2) Se olharmos para a realidade, há uma infinidade de pessoas que portam um diploma e são verdadeiros jumentos (até porque as faculdades não ensinam o que deve ser ensinado) - e isso não atingiu o mercado ainda. E isto é uma falha de mercado porque as pessoas estão no autoengano - e nesse encontro interpessoal, que se dá no mercado, um asno afaga sempre outro asno sistematicamente. E neste ponto, o amor ao dinheiro serve ao comunismo muito bem.

3) Por isso, o fator primordial para mudança dessa preferência está na família, pois esta é a fonte da cultura. E é da família que vou trazendo pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e seus acessórios, que seguem a sorte do principal: o pai de família. E é neste ponto que a cultura de casa vai assumindo contornos comunitários.

4) Faculdades podem ser criadas a partir da reunião de várias famílias que compartilham seus saberes de modo que os que estejam dispostos a seguir a vocação continuem o legado deixado. E é a partir da emissão de uma faculdade conhecida das famílias em vida comunitária, e não certificada pelo governo, que se começa a reduzir o tamanho do Estado. Afinal, o Estado não pode interferir naquilo que o conjunto das famílias, a comunidade, é capaz de fazer.

5.1) O verdadeiro motivo da impessoalidade está justamente no fato de que o Estado, tomado como se fosse religião, está interferindo naquilo que o conjunto das famílias é capaz de fazer. E a capacidade de prestar serviços aos semelhante,s de modo a ver o Cristo necessitado em cada um dos consumidores, é algo que uma família pode fazer. E se isso é feito sistematicamente, isso se torna economia moral de mercado, composta de distributivismo e comunitarismo.

5.2) Não é à toa que as famílias são o maior entrave ao comunismo, pois delas vêm o princípio da solidariedade e da subsidiaridade. E isso se dá em relações pessoais sistemáticas - nunca na impessoalidade, que nega a fraternidade fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de agosto de 2017.

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