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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Notas sobre a decisão da Câmara dos Deputados de não abrir uma investigação criminal contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva

1.1) Para pessoas como João Batista Olivi, do Canal Rural, o "sim "de ontem (pelo arquivamento da abertura de processo contra Michel Temer por corrupção passiva) representa a manutenção da "pinguela", como ele mesmo diz. Ele alega que a derrota do Lula e da caterva se dá por meio do emprego gerado no agronegócio.

1.2) Para o mercado financeiro, uma abertura de processo representaria quebra de confiança, uma vez que pessoas como o Rodrigo Maia, ligado ao PCB e ao Foro de São Paulo, assumiriam e destruiriam todo o estado de compromisso feito de modo a tirar o país da crise econômica mais grave de sua história (que não é só econômica - ela é também cultural e moral, o que a torna ainda mais grave, mais permanente).


2.1) Não é à toa que isso é um conservantismo - as pessoas estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. As pessoas estão pensando mais no bolso do que em Deus, tal como houve na Venezuela.


2.2) E para se pensar em Deus sistematicamente, as almas precisam ser cultivadas. E isso deve ser feito não só com evangelização sistemática - o resgate da alta cultura fará com que as pessoas consigam discernir melhor o certo do errado, aquilo que aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3) E neste ponto, o argumento da "pinguela" é tão frágil que não suportará a travessia de uma carga mais pesada, que acabará caindo no rio, que é um verdadeiro oceano de possibilidades perdidas por conta do conservantismo sistemático, que é próprio desta sociedade descristianizada e doente.

2.4) Como bem disse o colega Thomas Dresch, estou farto do pragmatismo político, um dos efeitos do conservantismo. Ou votamos no Bolsonaro ou este país amargará a volta do PT.

2.5) Alguns deputados sensatos disseram sim pela abertura do processo, já que ninguém está acima da lei, mas também disseram não à artimanha traçada pelo PT, ao tentar criar uma instabilidade política de tal modo a manter a crise por que passamos conveniente e dissociada da verdade (e isso, para a campanha presidencial de 2018, será decisivo)

2.6) O problema, o efeito prático disto, é que, ao dizer "sim" à abertura do processo, o pau-mandado dos comunistas, Rodrigo Maia, assume a presidência - e é isso que não queremos.

2.7.1) Trata-se de um erro de leitura política monstruoso.

2.7.2) Esta é uma das razões pelas quais o pragmatismo político não é nada bom.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de agosto de 2017.

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