1) Há indivíduos que recomendam que estudemos Law and Economics, uma vez que "as questões de justiça são flexíveis e móveis".
2) Quem costuma indicar este tipo de coisa é um liberal (da forma como o mundo chama). Esse liberal (libertário-conservantista, como eu chamo) sequer refletiu alguma vez na vida sobre o que é justiça. Para ele, deve ser uma ilusão tal qual Kelsen pensou - e neste ponto ele não diverge desse famigerado social-democrata (que é um liberal, um esquerdista, no sentido americano do termo).
3.1) Justiça é dizer a verdade contida nas relações humanas. Cristo está em nós por força da eucaristia - e entre nós, pois foi o verbo que se fez carne. E foi Ele quem proclamou a verdadeira liberdade, pois deu pleno cumprimento à lei mosaica, por meio de seu exemplo, já que era verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Se Ele é a verdade e a justiça, então toda a produção de riqueza deve ser feita de modo a se tomar o país como um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.
3.2) Por se fundar na verdade, a justiça é algo imutável, pois verdade conhecida é verdade obedecida, por ser o único caminho possível. Como Deus sabe tudo, então certas coisas são reveladas com o passar do tempo, o que dá uma flexibilidade fundada na verdade e não naquilo que é conveniente e dissociado da verdade.
4) Se a riqueza é um sinal de salvação, então a justiça é uma ilusão, uma vez que o mundo estaria dividido em eleitos e condenados. E isso edifica liberdade para o nada.
5) A doutrina católica produziu uma sólida doutrina jurídica. Se o distirbutivismo for desenvolvido com base nesses sólidos princípios de justiça, então o estudo do Law e Economics já estará superado de antemão, dado que os liberais (libertários-conservantistas) são tão revolucionários quanto os comunistas.
6) Esse estudo ainda é moda. E como toda moda, ela só semeia má consciência por onde passa. Eu aprendi a desconfiar dos modismos intelectuais. Eu sigo meu caminho e medito sobre aquilo que é verdadeiro, por estar na conformidade com o Todo que vem de Deus.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 1º de agosto de 2017 (data da postagem original).
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