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domingo, 7 de maio de 2017

Notas sobre a relação entre concentração de bens e picaretagem

1) Quem ama mais o dinheiro do que a Deus tende a concentrar muitos bens em suas mãos - e esses bens nem sempre são consoantes à vocação, o que faria com que o enriquecimento passe a não ter uma causa justa, fundada num trabalho salvífico, feito de modo a se tomar o país como um lar em Cristo e ensinar os outros a agirem do mesmo modo.

2) Se eu não tiver na família alguém com dom para tocar uma fazenda de minha propriedade, por que razão eu teria uma fazenda, visto que não tenho os dons necessários para bem administrá-la e alimentar um país inteiro com o fruto do meu trabalho? Isso não faz sentido!

3) Se for para ganhar dinheiro, melhor que eu ganhe dinheiro com o meu próprio trabalho, nem que eu tenha a parceria de alguns poucos colaboradores que amem e rejeitem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de saírem da qualidade de empregados para se tornarem meus sócios.

4) O maior erro que há numa pessoa é querer arrogar para si qualidades e capacidades para as quais não se acha preparado, por não ter vocação para isso.

5) Isso explica por que razão nosso povo é muito dinheirista. Eles fingem ser o que não são, visto que não são sinceros. E só uma pessoa muito sincera sabe onde pode atuar e onde não pode - e assim pode conjugar as atividades que é capaz de bem desempenhar de modo a tomar o país como um lar e assim construir sua própria riqueza, ajudar os mais pobres e deixar um legado para as próximas gerações.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de maio de 2017.

Notas sobre distributivismo e talentos múltiplos

1) Hoje, os que amam e rejeitam as mesmas coisas tal como eu faço, tendo por Cristo fundamento, encontram-se dispersos pelo país afora. E até pelo mundo inteiro.

2) Se no distributivismo eu sou proprietário dos meios de produção em que se baseia o meu sustento, então nada mais lógico que o aviador fosse dono de seu próprio avião, de seu hangar e de seu próprio aeroporto, que poderia ser compartilhado com outras pessoas que estão na mesma circunstância que a dele, formando uma espécie de comunitarismo (e a guilda nada mais é do que comunitarismo fundado numa atividade econômica organizada).

3.1) Se fosse aviador, eu iria visitar meus pares, sempre que tivesse disponibilidade - e pegaria livros deles emprestado de modo a fazer o que mencionei no artigo anterior, já que sou também digitalizador de livros, além de escritor. Exemplo disso seria meu bom amigo Vito Pascaretta, que está em Curitiba.

3.2) Dessa forma, eu poderia ampliar meu senso de localidade, pois o país inteiro estaria ao meu alcance e não estaria reduzido apenas à Região Metropolitana do Rio de Janeiro. E para quem pouco se desloca, o país tende se reduzir ao Rio de Janeiro, a ponto de fomentar má consciência bairrista e separatista, como acontece em outros cantos do país.

4) Para quem tem dons múltiplos, a pessoa que é capaz de desempenhar múltiplas atividades tem direito de possuir os meios necessários para que possa se sustentar nessas atividades em que é vocacionado. E ao conjugar as duas atividades, ela acaba criando um senso específico de tomar o país como um lar, por força das duas atividades - e acaba servindo ao maior número de pessoas possível, por força desse senso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de maio de 2017.

Se a casa do meu amigo é também minha casa, então a biblioteca dele é também minha biblioteca

1) Se meu amigo Rodrigo Arantes ainda estivesse em Niterói, eu iria pegar livros emprestado junto à biblioteca dele e iria digitalizá-los. Quando terminasse de digitalizar um livro, eu devolveria o livro.

2.1) O lado bom de se ter um amigo na região é que a casa dele é também sua casa - do mesmo modo, a biblioteca dele é também sua biblioteca. Assim, você economiza dinheiro e acaba conhecendo algo interessante, coisa que normalmente pode me passar batido.

2.2) Eis o lado bom de tomar o lar dos amigos como sendo o seu lar - a maior riqueza deles, que é o saber, também será sua riqueza - e essa riqueza que deve ser distribuída. Como meus dois únicos amigos de faculdade já não se encontram mais no Rio de Janeiro, então eu me vejo forçado, por conta das circunstâncias, a investir largos recursos na construção da minha própria biblioteca.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de maio de 2017.

Notas sobre a relação entre o trabalho do digitalizador e o trabalho do monge copista, quanto à natureza de seus respectivos trabalhos

1) Uma vez, uma bibliotecária me falou que digitalização é uma cópia do livro impresso. Como conhecimento é poder, tratei de aprender essa habilidade da melhor maneira possível.

2.1) Desde que aprendi a digitalizar livros, eu me tornei uma espécie de monge copista.

2.2) Tal como nos tempos antigos, converter um livro de papel para uma versão fotografada e digitalizada do mesmo é um trabalho de paciência. É como subir e descer uma montanha. Dependendo do projeto, eu posso passar anos digitalizando o mesmo projeto.

2.3) Como é um trabalho artesanal - e faço questão que seja assim, dado que este trabalho é nobre e edificante -, ele só pode ser mantido por meio de doações; o próprio fato de ser uma atividade difícil de ser feita, cujo cumprimento dela pede homens vocacionados, faz com que essa atividade não seja mantida de forma comercial, mas por meio de doações, pois eu dedico boa parte do meu tempo livre à digitalização, quando não estou escrevendo.

3.1) Minha família e os que estão interessados em estudar são os que mais ganham com o que faço.

3.2) Meu pai mesmo, quando falta luz aqui em casa, lê os livros que digitalizei - e são esses livros que lhe fazem companhia numa noite escura, enquanto as luzes não voltam.

3.3) Como os PDF que faço são pesquisáveis, isso ajuda muito quem é cego, pois o pdf pode ser lido em voz alta a partir da fotografia que faço, já que minha câmera pode ser usada para fotografar texto, pois tem OCR (Reconhecimento Óptico dos Caracteres).

4.1) Foram esses livros que digitalizei que fizeram com que meus pais se tornassem monarquistas. E tenho certeza de que eles vão continuar ajudando muita gente.

4.2) Acredito que um dia minha atividade de digitalizador será tão bem reconhecida quanto a atividade de escritor.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de maio de 2017.

sábado, 6 de maio de 2017

Notas sobre a animalização da linguagem

Comento este estudo de caso: minha amiga Sara Rozante foi excluída de um grupo monárquico por criticar a Arábia Saudita por conta de suas políticas pró-islamismo, por serem anticristãs, o que desagradou certos pró-monarquia.

1.1) Vejo muitos movimentos monarquistas que apoiam a Arábia Saudita só porque ela é uma monarquia. Essa gente parece não perceber que esse mesmo país é muçulmano e está sempre espalhando o mal pelo mundo.

1.2) Minha amiga Sara Rozante denunciou esse tipo de comportamento de certos movimentos monárquicos. Essa gente reduziu a luta pela restauração da monarquia a uma ideologia e acabou por excluí-la do grupo de discussão.

2.1) Este é um exemplo de animalização da linguagem.

2.2) Não é porque sou monarquista que estou fechado à realidade do Brasil.

2.3.1) Do jeito como andam as coisas, eu sou favorável à intervenção militar, pois o momento atual já caracteriza um estado de exceção.

2.3.2) No entanto, por conta da presença do positivismo na caserna, o campo de visão dessa gente é bem estreito, a tal ponto que a intervenção militar se reduzirá à salvação do regime republicano, esse mesmo regime que nasceu da perfídia que fizeram para com o Imperador e que nos deixou órfãos de pai por 128 anos. Afinal, nada de bom virá de algo ilegítimo.

3.1) Este é o problema pelo qual os grupos não estão agindo em unidade: a linguagem está animalizada.

3.2) Bem que o Olavo tem razão ao dizer que é preciso um trabalho de restauração da linguagem antes de haver uma ação política, uma vez que a ação política pede um encontro de pessoas, um encontro real de individualidades de modo que possam discutir a estratégia de ação e combater em conjunto naquilo que é preciso. E nas atuais circunstâncias, é mais fácil de se fazer isso fora da internet, embora a rede seja um bom meio para se combinar um encontro.

3.3.1) As pessoas não querem se conhecer - só querem saber se você se enquadra na ideologia ou não. Como vai haver um grupo de trabalho para a desconstrução da ideologia se nem mesmo sei se o sujeito ama e rejeita as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento?

3.3.2) Ainda que se digam cristãs, as pessoas que falam coisas que são fora daquilo que Jesus pregou e ensinou já apontam que as mesmas encontram-se fora do que é conforme o Todo que vem de Deus - e isso é lógica, pois não estão fazendo do sim um sim e do não um não. A postura delas tende sempre a conservar algo que conveniente para elas e dissociado da verdade, dado que estão muito presas à matéria, tal qual Judas Iscariotes.

3.3.3) Afinal, elas não estão se encontrando com uma pessoa, que é a verdade em pessoa. Não é à toa que estas são as maiores vítimas da animalização da linguagem, pois acabaram por reduzir o cristianismo a uma crença de livro, a uma sola fide e a uma sola scriptura. E isso é degradação da inteligência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de maio de 2017 (data da postagem original).

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Maryland, terra onde começa a verdadeira nacionidade americana (e sem americanismo)

1) Segundo Alex Catharino, Maryland tem esse nome por causa da rainha Maria Tudor, irmã de Elizabeth I.

2) Na verdade, Maryland foi uma colônia fundada por católicos liderados pelo Lord Baltimore, os quais haviam fugido por conta da perseguição do Rei Henrique VIII. É terra da Virgem Maria, Nossa Senhora. O bispado primaz dos EUA fica em Baltimore.

3) Se os EUA tiverem de ser consagrados ao Sagrado Coração de Jesus, isso deve ser feito em Maryland (ad Iesu per Mariam, nada mais lógico).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de maio de 2017.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Que caminho seguiria se tivesse 14 anos hoje?

1.1) Se tivesse meus 14 anos hoje, temperados com tudo o que já vivi no Direito e na rede social, meu maior sonho seria fazer jornalismo esportivo numa faculdade americana. Meu maior sonho seria trabalhar na YES (Yankees Entertainment and Sports Network) e cobrir os jogos do Yankees, meu time de baseball favorito.

1.2) Se não pudesse trabalhar na YES, eu aceitaria trabalhar na MASN (que cobre os jogo do Baltimore Orioles) ou NESN (que cobre os jogos do Boston Red Sox).

2.1) Hoje, as circunstâncias são mais favoráveis do que na época em que me vi a escolher um caminho.

2.2) Estaria aprendendo muito mais do que aprendi na escola - e tal como houve na época do grande expurgo de 2007, eu teria deletado meus colegas de sala e ficado só com aqueles com os quais tenho algo a aprender. Faria voto de pobreza em matéria de opinião - e não diria nada até o dia em que teria conhecimento de causa de modo a dizer o que digo hoje.

3.1) Se fosse jornalista esportivo, eu teria dois perfis: um só sobre coisas do time que estou a cobrir e um outro só para essas coisas que faço por aqui.

3.2.1) Quem quisesse conhecer meu trabalho de analista político acerca da realidade brasileira, eu deixaria a pessoa se sentir à vontade. Só não sou muito acolhedor com esquerdistas, nem com gente que é anticatólica ou antimonárquica.

3.2.2) Afinal, quem conhece meu pensamento sabe que não considero essa gente compatriota, dado que não tomam o país como um lar tendo por fundamento o Crucificado de Ourique - como são apátridas, por conservarem o conveniente e dissociado da verdade, jamais vou fazer aliança com essa gente, pois o poder não é destinado aos apátridas, mas para os que tomam o país como um lar em Cristo, na conformidade com o Todo que vem de Deus. E é isso que é estar à direita do Pai, pois este é o verdadeiro conservadorismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de maio de 2017.