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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Notas sobre dois de tipos diálogo filosófico

1) Do ponto de vista materialista, diálogo é quando envolve duas pessoas, ao passo que monólogo envolve uma só pessoa.

2.1) Trata-se de impressão falsa.

2.2.1) No diálogo, há o encontro de duas pessoas presentes, fazendo intercâmbio de idéias, o que não deixa de ser uma caridade, um serviço feito de modo a se tomar o próximo como um espelho de seu próprio eu, o que nos prepara certamente para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

2.2.2) É da participação do outro fazendo perguntas que se tem a demanda por saber. Por isso, é interessante que a pergunta seja revelada de modo a introduzir a pessoa à sabedoria. Trata-se de uma forma de publicidade.

2.3.1) No monólogo, o diálogo se dá entre mim e um ouvinte onisciente, que é Deus. Como Ele sabe todas as coisas, não é necessário que se faça perguntas.

2.3.2) Quanto mais conto as coisas para Ele, mais Ele me conta a meu respeito sem a necessidade de dizer as coisas, pois o que digo, de tempos em tempos, é um espelho do que sou - ao me ver no espelho, eu vejo os meus defeitos e faço os ajustes necessários, uma vez que atingir a maturidade é uma luta diária e ela não termina nunca, enquanto viver neste vale de lágrimas.

 2.3.3) No monólogo, temos uma confissão. E na confissão há uma atividade contemplativa, pois diante de um ouvinte onisciente nós estamos diante de nossa própria miséria.

2.3.4) Não conheço outro remédio contra a má consciência do que a atividade filosófica nestes fundamentos - ela dá publicidade à vida interior do filósofo. E um personagem se forma a partir do momento que penetramos na sua consciência, de modo a melhor entendê-lo.

2.3.5) Não existe melhor forma de fazer isso senão escrevendo diários, pois conquistar a maturidade é conquistar o pão nosso de cada dia - afinal, não é só de pão que vive o homem; ele também se alimenta da palavra que sai da boca de Deus, que penetra em sua alma. E esta é uma das formas possíveis.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2017.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Assimilar a visão de um escritor ou de um projetista de jogos é uma forma de conseguir maturidade (e isso é uma luta constante)

José Ortega y Gasset conta que VÁRIAS VEZES na vida teve a impressão de haver chegado à maturidade. Sempre ficava faltando alguma coisa.

Olavo de Carvalho - Facebook, 25/04/2017 

(https://www.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10155191324587192)

1) O meu termômetro para a maturidade é ver se consigo assimilar os jogos que jogo, como os jogos da série civilization ou mesmo The Guild.

2) Até eu assimilar a estrutura do jogo no meu ser, isso leva muitos anos. E isso independe da quantidade de horas que jogo.

3) Quando travo contato com uma idéia que encontro em minhas leituras, até eu assimilá-la e usá-la no meu arsenal de análises, isso leva muitos anos. Precisarei escrever muito e meditar sobre isso até conseguir enxergar as coisas da forma como o autor viu. Da mesma forma, o design de um jogo de estratégia - fica muito mais fácil jogar quando você assimila a visão dos que projetaram o jogo. E aí você consegue a modificação necessária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

De que forma os erros de nossa formação enquanto nação resultaram nessa epidemia de má consciência que temos hoje?

1) O fato de o brasileiro ser muito dinheirista está intimamente ligado ao fato de não haver entre nós essa cultura de doação que mencionei no artigo anterior. As pessoas aqui são individualistas demais - e se somarmos o fato de que cada um tem a verdade que quiser, então a influência da ideologia liberal (no sentido que o mundo costuma dizer, é a que busca liberdade fora da liberdade em Cristo) foi nefasta para o povo desta terra.

2.1) Não é à toa que D. João VI estava mesmo preocupado com o avanço dessa ideologia perniciosa nesta terra - a maneira como o Brasil foi povoado não se deu por força de perseguições políticas, o que levou a que comunidades inteiras cruzassem um oceano inteiro de modo a ir fundar outro país, tal como se deu nos EUA.

2.2) Como o povoamento desta terra se deu por força de ir servir a Cristo em terras distantes, então era natural que a colonização se desse por meio de indivíduos que tivessem virtudes heróicas, como a dos bandeirantes que conquistaram esta terra. Naquela época não se conhecia botânica como se conhece hoje - por isso, muitos aqui morriam por força do clima tropical inóspito. Por isso, foi até política de Estado a miscigenação, de modo que o povoamento fosse possível, pois o mestiço teria toda uma carga genética preparada para suportar a dureza deste clima.

3.1) Talvez o grande erro tenha sido o de não ter dado educação a esta gente, o que pediria que o pai desempenhasse uma economia fundada em atividades manuais - e isso foi proibido por um tempo de modo que todos os homens disponíveis fossem usados para a empresa exploradora e conquistadora, que fez este território ser continental.

3.2) Isso cobrou um preço alto, em termos civilizacionais: a missão de ir servir a Cristo em terras distantes fez com que o mestiço, o mulato, ficasse privado da presença do Pai. E a ausência do pai numa criança, somada a tensões que há por conta dos casamentos irregulares, por conta da união de dois indivíduos de raças diferentes, chegava a criar um ambiente de neurose, pois as tensões da escravidão estavam marcadas na própria pele, o que é uma grande tragédia.

3.3.1) Talvez isso explique a cultura de fingimento que há nesta terra: as pessoas fazem isso de modo a serem aceitas por um grupo, de modo a serem protegidas por ele.

3.3.2) O problema, tal como o professor Olavo bem apontou, é que o grupo exigirá que você se adeqüe à ideologia por ele adotada - o que mata a autoconsciência, a voz interior que nos chama de modo a honrarmos a missão que herdamos nossos antepassados: ir servir a Cristo em terras distantes, sejam nestas terras ou fora do Brasil.

3.4) Se tivéssemos gente culta nesta terra, ela certamente não seria presa fácil dessas ideologias revolucionárias, que entraram por aqui sem resistência desde que fomos amputados do direito de venerarmos nosso Rei, enquanto vassalo de Cristo feito em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

Sobre a importância de gostar daquilo que não se gosta enquanto preparação para a pátria definitiva

"No livro de Mário Ferreira dos Santos, Cristianismo, a Religião do Homem, ele diz que o amor divino pelo homem não é o amor pelo que o homem é atualmente, mas pelo que ele pode vir a ser, pelo seu eu potencial. Para Deus, não existe essa história de "Ah, Ele me ama do jeito que eu sou". Não, Ele quer que você se transforme n'Ele. Transformar-se n'Ele significa que você vai ter que gostar de coisas que você não gosta, fazer coisas que você não gosta para agradá-Lo e, aí sim, conquistar a amizade íntima d'Ele. Não é assim, por exemplo, com uma garota que você quer muito conquistar? Você gosta de funk, e ela, de Beethoven. Você gosta de passar o dia inteiro assistindo ao Faustão, e ela, de ler livros. O que você faz? Começa a se esforçar para gostar dessas coisas também a fim de estreitar a intimidade com ela. E, lembre-se, Deus é uma pessoa muito sábia e nobre. Ele gosta dessas coisas. Quer ter amizade com Ele, e quem sabe até conversar pessoalmente com Ele um dia? Torne-se sábio e nobre também".
Roberto Santos - Facebook, 25/04/2017

(https://www.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10212940539091658?pnref=story)

Comentários:

1) Se eu fosse um medíocre que só gostasse de BBB, Chacrinha e Novela da Globo e gostasse de uma mulher que gostasse de ler, de estudar e de ouvir música clássica, então aprender a gostar daquilo que não gosto seria uma forma de passar pela porta estreita que me leva direto ao Reino dos Céus. Por isso, amar o meu próximo nesta circunstância valeria o esforço - e tudo o que devo fazer é me esforçar.

2) Na vida real, eu passo o dia em meio aos livros - eu costumo digitalizar meu material da biblioteca, de modo a ter algum material de consulta. Além disso, passo boa parte do meu tempo em meu quarto meditando sobre coisas importantes.

3.1) Minha vida se resume aos meus estudos, às reflexões que produzo. Minha vida não é rica de passeios, viagens ou baladas. Ainda que viva do modo mais recluso possível, tal qual um monge, foi a vida mais livre que pude ter apesar das circunstâncias, como a República, o petismo, o comunismo, o marxismo e a mediocridade dos apátridas nascidos nesta terra, que são muitos.

3.2) Além disso, eu tive a sorte de ver o nascimento da Era das Rede Sociais. Levei dez anos me preparando para ser o que sou hoje - e hoje não troco essa vida que tenho por nada.

3.3) O único porém é a falta de dinheiro - se o povo brasileiro tivesse essa cultura de doação que o americano tem, certamente estaria vivendo muito bem do trabalho que faço.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

A falsa noção de que o libertário-conservantista é de direita camufla a atividade subversiva dos mesmos, o que favorece o comunismo

1) Tomem cuidado com esse libertário-conservantista ("liberal", tal como o mundo chama) de sobrenome Mauad. Ele está fazendo um perigoso trabalho subversivo.

2) Ele está querendo destruir a civilização cristã do país em nome do humanismo e desse falso Deus chamado livre-mercado. E neste ponto, ele está a colaborar com o comunismo.

3) Quem tiver esse sujeito adicionado faça o trabalho de bloqueá-lo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

Libertários-conservantistas valer-se-ão do humanismo e do economicismo de modo a que os islâmicos invadam o país

1) Libertários-conservantistas não passam de joguete dos comunistas.

2) Sob a pecha do humanismo e do economicismo, falam que 80% a 90% das vítimas da guerra Civil na Síria são muçulmanos. Para isso, defendem que os refugiados venham aqui de modo a que tenham direito a uma nova vida e viver sua verdade, sem terem que observar as regras da casa de quem os acolhe. É em torno desse humanismo e desse economicismo que vêm o relativismo cultural e o multiculturalismo, o que favorece uma mentalidade libertária, sob a falsa alegação de que o supermercado cultural é também livre mercado. Só que essa liberdade é voltada para o nada, pois enfraquece a boa autoridade, que serve ao povo numa aliança entre o altar e o trono, tal como foi edificada em Ourique.

3) É insofismável que eles querem acabar com o cristianismo, tal como os comunistas querem. Afinal, eles preparam o caminho para o totalitarismo. E não é à toa que são tão esquerdistas quanto os comunistas. Quem pensa que eles são direita está em ilusão - quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade está à esquerda do pai, ainda que no grau mínimo.

4.1) Essa gente que defende essa idéia de jerico é tão apátrida que não percebe que o nosso país nasceu da reconquista da Península Ibérica para o cristianismo - e somos livres porque conservamos a dor de Cristo. Sabemos disso porque Ele é Deus e é a verdade em pessoa, coisa que essa gente quer relativizar, sob o argumento de que todo mundo tem a verdade que quiser.

4.2) Nós, que somos descendentes de portugueses, jamais devemos esquecer que nosso país foi fundado pela ação de Nosso Senhor Jesus Cristo e que o descobrimento de nossas terras para a cristandade representa desdobramento por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes. Nós é que devemos conquistar as terras islâmicas para Cristo - e não o contrário. E enquanto bem servirmos a Cristo nós seremos livres.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.

Da importância do diário de digitalização para o digitalizador

1) Assim como o piloto de avião tem um diário de bordo de modo a relatar todas as experiências e incidentes havidos na navegação, eu manterei um diário de digitalização relativo às experiências que tenho durante a digitalização de um trabalho.

2) Das experiências acumuladas em trabalhos específicos eu vou criando estratégias gerais sobre como abordar uma determinada obra, seja ela um livro de bolso ou um livro cheio de fotografias.

3) Digitalizar é como construir uma ponte sobre o rio, pois tem um quê de engenharia. Pena que não tenho engenheiros na família especializados em fazer câmeras digitais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2017.