1.1) Muitos falam de caráter do povo. E ao se medir o caráter do povo, tem-se a nacionalidade - geralmente é como o mundo costuma falar as coisas.
1.2) Isso está relacionado com o conceito de homem médio, que é um conceito sociológico, já que parte do pressuposto de que o homem é a medida de todas as coisas, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. E não é à toa que isso foi condenado pela Igreja Católica.
2.1) Dentre o povo que habita um determinada terra, há indivíduos - e cada indivíduo é diferente do outro, seja por força de seu caráter, da educação que recebeu em casa, ou por força de sua circunstância de vida ou de seus talentos, atributos dados por Deus, ao nascer. Na terra, há indivíduos justos e injustos.
2.2) Os justos tomam o pais como um lar e servem a Cristo na terra em que vivem ou em terras distantes; os injustos, o país como religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele - e é por conta disso que desligam a terra àquilo que vem de Deus, gerando apatria.
3.1) Os justos dizem sim a Deus - e nações virtuosas nascem a partir de uma pessoa justa, que tomou seu país como um lar.
3.2) Os descendentes dele são tão numerosos quanto as estrelas do Céu, imitando assim o exemplo de Abraão e distribuindo-o pelo mundo inteiro.
3,3) Se tivermos que medir o caráter do povo, a maneira mais segura é ver se este honra ou não o legado deixado pelo seu ancestral em comum, que deu origem a esta nação ao tomar a terra como um lar em Cristo.
3.4) Um bom português se mede honrando o legado de D. Afonso Henriques, que soube honrar a Cristo, o qual, por sua vez, honrou o legado de Abraão. Um mau português não passa de um apátrida.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 19 de de abril de 2017.