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sábado, 17 de setembro de 2016

Notas sobre a incoerência dos libertários

1) O libertário é contra o Estado, contra a única garantia que dá lastro à propriedade privada: a proteção das transações, fundamento que gera a integração entre as pessoas e a responsabilização pessoal.

2) Sendo assim, é contra a propriedade privada, bem ao contrário do que insiste defender. Não é à toa que se julgam a nova esquerda, pois são realmente esquerdistas, dado que edificam liberdade para o nada - e liberdade para o nada favorece o relativismo moral, o que só aumenta o totalitarismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2016.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Da relação entre comunitarismo e a atividade intelectual independente

1) Ser escritor, como falei, é mais do escrever um livro. Ele também constrói uma comunidade com todos aqueles amam e rejeitam as mesmas tendo por Cristo fundamento, os seus leitores.

2) A atividade de um escritor edifica consciências sistematicamente, uma vez que ele é o professor de uma nação inteira, de modo a que esta melhor tome o Brasil como se fosse um lar, com base naquilo que foi edificado em Ourique. Enfim, é uma atividade essencial distributivista, pois uma família estruturada nasce das sólidas relações de amizade entre o escritor e seus leitores, já que o escritor é como se fosse um rei na matéria em que escreve e seus leitores são seus súditos, pois estão sujeitos ao constante aprendizado com ele. Quando o escritor é sério, ele se torna uma autoridade legítima, por força de Direito Natural.

3) Se o escritor é o patrimônio de uma nação, tal qual o rei, ele deve ser mantido, pois seus estudos ajudam e muito a nação. Não é à toa que o escritor e o rei se assemelham neste aspecto, embora o rei seja aquele que modera os debates políticos da comunidade, de modo a que isso não descambe em autoritarismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de setembro de 2016.

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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Lula, o câncer deste país

pchuły - pulgas, em polonês

Pixuleco - Lula, o rato de esgoto

1) Aqui em casa, nós chamamos o Lula de "rato de esgoto".

2) A peste negra, que dizimou muita gente na Europa, quando do tempo do Renascimento Comercial, vem das pulgas do rato.

3) O socialismo não só derrama o sangue inocente de suas vítimas, fazendo sacrifícios humanos voltados para o nada: ele é a própria morte negra, seja na fome, seja na peste bubônica, pois o rato de esgoto é o grande general desse mal. E mesmo que se limpem na própria sujeira, ele é o pai do famigerado Foro de São Paulo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2016.

Qual é o segredo do meu trabalho?

1) Para chegar aos mais de 2500 artigos que escrevi, eu não li muito. Na verdade, meditei mais do que li. Segundo o professor William Bottazzini Rezende, é isto que caracteriza um grande pensador.

2) Eu li um pouco do livro Belonging in the Two Berlins de John Borneman, sobretudo aquele debate com Ernest Gellner, contido numa das notas finais do livro. Enquanto Gellner dividia a História de um povo em vários períodos de nacionalismo, Borneman usou o termo nationness (que foi traduzido por nacionidade, no livro Um Mapa da Questão Nacional, no artigo "Para onde vão as nações e o nacionalismo?") para separar o senso de tomar o país como se fosse um lar de nacionalismo, do senso de tomar o país como se fosse religião.

3) Li um pouco das preleções de Pasquale Mancini, em que define a nação como um dado irredutível, a mônada racional da ciência, a qual deve ser tomada como se fosse uma segunda religião. E foi deste cara aqui que nasceu o princípio das nacionalidades no Direito Internacional.

4) A distinção entre a nacionidade e nacionalidade foi-me tão relevante que fui encontrando fundamentos na Bíblia. A questão da nacionidade eu encontrei na História de Ruth - e foi aí que encontrei o senso de tomar o país como se fosse um lar em Cristo, contrapondo-se ao nacionalismo dos hebreus, que tende a ser farisaico. Quando Cristo deu pleno cumprimento à lei mosaica através do ama o próximo como a ti mesmo, ele criou o senso de tomar o pais como se fosse um lar em Cristo, com base na pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

5) Tempos depois, através da indicação do Tarcísio Moura, eu tomei contato com a visão do Cristo Crucificado de Ourique - e percebi que tomar o país como se um lar em Cristo implica servir a Cristo em terras distantes. Como estamos em tempos virtuais, este conceito se atualizou.

6) A questão do conservadorismo e do conservantismo, eu encontrei através da introdução que Pedro Calmon fez da obra Da natureza e dos limites do Poder Moderador. Ao longo das minhas meditações, percebi que conservador é quem conserva a dor de Cristo, ao passo que conservantista é quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.

7) Enfim, através de sucessivas meditações e debates que tive ao longo desses anos com os meus contatos, com base nas leituras que fiz, eu fui desenvolvendo esse trabalho que estou a escrever.

8) É isso que fiz. E não é preciso ir muito longe. Deus foi tão generoso comigo que recebi do colega Haroldo Monteiro dois convites de hangout: um para debater sobre o milagre de Ourique e outro para discutir Voegelin, sendo que este último ocorreria num horário em que naquela hora já estaria dormindo, já que durmo cedo.

9.1) Embora nunca tenha lido Voegelin e outros clássicos, a experiência que acumulei investigando o que investiguei fornece novos elementos aos que estudam este pensador alemão recomendado pelo professor Olavo.

9.2) Não é à toa que minha pesquisa completa o trabalho do professor Olavo, pois analisei um outro aspecto que me pareceu interessante, a partir de algo que muitos julgam secundário, mas que se tornou a pedra angular do meu trabalho, dado meu interesse mortal sobre as verdadeiras razões pelas quais devemos tomar nosso país como se fosse um lar e não como fosse religião de Estado desta República, a qual edifica liberdade para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro 15 de setembro de 2016.

Esboço de um modelo de cursus honorum brasileiro

1) Se houvesse uma lei de cursus honorum no Brasil, todo aspirante a político devia começar sua carreira num pequeno município e o objetivo dele é fazer essa região ser bem desenvolvida de tal forma que este município passe a ser uma cidade importante para a região onde se encontra.

2) Se fizesse um bom trabalho, ele pode ir se candidatar a vereador ou a prefeito numa cidade média - ou ser chamado a administrar outro povoado menor próximo e integrá-lo ao outro povoado que administrou. Se ele for um bom administrador de três cidades menores, poderá se candidatar a deputado provincial. Se administrar ao menos 5 cidades, poderá ser escolhido ao senado da província, o lugar dos homens bons locais, que elegerão os senadores.

3) Se fizer um bom trabalho numa cidade média, poderá se candidatar a uma prefeitura de cidade grande, como Campinas, ou capital de Estado. Se fizer um bom trabalho, poderá se candidatar a governador da província ou a deputado federal.

4) Para se candidatar a presidência, ele deve ter um histórico de administrar pelo menos três províncias. Se fizer um bom trabalho em pelo menos uma, poderá se candidatar ao Senado.

5) Quem preside a União deve pelo menos ter sido presidente em 3 províncias e feito um bom governo nesses três territórios. Esse negócio de presidente aventureiro, como temos por aqui, só promove os piores. E se ele não pode se candidatar se não tiver sido um bom governador dentro desses três territórios.

6) A questão é: quem escolhe os presidentes, dentre os presidenciáveis? O Imperador do Brasil, pois quem exerce o Poder Moderador deve proteger o povo dos maus governantes. Se não houver um soberano moderando, a república brasileira será uma desgraça. Por isso que a monarquia, na verdade, é uma república baseada nas virtudes republicanas de Roma, na filosofia grega e na fé cristã. E como se não bastasse tudo isso, há a missão que herdamos do Cristo Crucificado em Ourique.

7) O presidente da União é o Chefe de Governo no Brasil - e a chefia de Estado é exercida pelo Imperador. Com isso, adotamos uma fórmula próxima a de 1824, aos tempos atuais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2016.

Ciclovia do Prefeito Suvinil é um mal de Montezuma

1) Se São Paulo fosse governada por um prefeito asteca, a ciclovia seria construída a partir do sangue de 50 mil inocentes sacrificados, dados em holocausto em honra ao deus do vento. E o pior é que iriam chamar isso de "pleno emprego", tal como os keynesianos dizem.

2) Como na República cada um tem a verdade que quiser, então isso acabará sendo tomado por Ordem e Progresso, apesar de ser barbárie, caos e retrocesso.

3.1) Não é à toa que o México nasceu do fim dessa barbárie, coisa que se deu a partir da conquista dos espanhóis.

3.2) Indo em busca de si mesma e sem mandato do Céu, a Espanha serviu a Cristo em terras distantes, libertando tribos inteiras dessa coisa tenebrosa - e por isso mesmo, merece uma parte das novas terras que seriam descobertas por força da missão que recebemos do Cristo Crucificado de Ourique, uma vez que essas terras constituem, pois, o território do vice-reinado da Nova Espanha.

3.3) É este o prêmio que deve ser dado aos espanhóis por força da mão invisível em que estes foram guiados, quando foram em busca de si mesmos - e é justamente por conta deste tipo de coisa que a República Mexicana, outro lixo igual ao nosso, quer negar, a tal ponto que padre não pode usar batina no México. Por isso que tomam como símbolo patriota esses bárbaros, esses astecas, a mesma lógica tapuia que é adotada aqui. Não é à toa que isso é apátrida.

4) Enfim, o indianismo, tal como o conhecemos desde os tempos do romantismo, nega a realidade que é Cristo - e por isso mesmo, utópico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2016.

Qual é o segredo do meu pensamento político?

1) Há quem me diga que eu tenho uma visão política pouco comum. Como cheguei a ela?

2) Eu cheguei a ela estudando. Estudei a História do Brasil até o ponto de ver o Crucificado de Ourique; quando Ele deu ao nosso primeiro Rei, D. Afonso Henriques, a missão de servirmos a Ele em terras distantes, dado que Cristo também queria um Império para si, vi que tinha visto os elefantes de Haníbal. Ou seja, estava pronto para a guerra, ainda que o tipo de guerra em que luto seja a cultural, coisa que faço online, todos os dias.

3) Se a pessoa não estudar a História do Brasil até esse ponto, ela simplesmente não será capaz de entender por que razão estamos aqui. Se tomarmos a realidade como se fosse coisa, tal como a maioria faz, terminará sendo desligada do Céu, por conta do relativismo moral e religioso que é sistematicamente semeado nesta terra.

4.1) Se a pessoa não se universalizar primeiro, ela não será capaz de entender as diferentes estratégias que os povos das outras terras adotam de modo a tomar os seus respectivos países como um lar - assim, não poderemos desenvolver nosso próprio caminho, pois não teremos um caminho a imitar, tendo por base nossa realidade local.

4.2) E é este tipo de coisa que mais falta no Brasil: esse senso, essa necessidade de se universalizar primeiro. Se isso não se der em Ourique, então seremos reduzidos a apátridas, a este espectro de Brasil que não é o Brasil verdadeiro, que é tomado por realidade como se fosse coisa, uma vez que esta mentira está sendo sustentada sistematicamente de modo a continuar sendo verdade, já que por si mesma ela ruirá, se houver homens corajosos para mudá-la, dispostos a morrer por essa causa que se funda no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2016.