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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Novas notas sobre minhas experiências de facebook

1) Pela minha experiência, os melhores me vêm a partir da indicação do meu trabalho para eles. Não aquelas sugestões de facebook, sem critérios, mas indicações reais, decorrentes desta situação: em determinada conversa, meus pares indicam meu trabalho para os seus pares e estes me adicionam, por força da indicação. Isso eu aceito numa boa.

2) Quando alguém me adiciona sem me dizer a razão por que está me adicionando, normalmente eu tendo a rejeitar. E ela se torna ainda mais certa quando vejo que não há nada de relevante no perfil da pessoa ou quando esta é parte de uma religião anticatólica, como o calvinismo, por exemplo.

3) Quando vejo postagens relevantes de outras pessoas, eu não adiciono imediatamente. Eu a sigo primeiro e compartilho suas postagens - e tão logo eu possa, eu dialogo com elas sobre essas questões importantes. Eu prefiro dialogar inbox - pela minha experiência, há sempre uns intrometidos nos comentários que têm o péssimo hábito de cagar regra. Por isso que eu os bloqueio.

4) Por razões éticas, diálogos edificantes são mais fáceis de serem construídos inbox, uma vez que levam em conta o princípio da pessoalidade. Não é à toa que defendo que as pessoas, antes de virem para a rede social, aprendam ética primeiro, pois é preciso ser gente, antes de agir na rede.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2016.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A verdade sobre os desfiles de independência, nas nossas atuais circunstâncias

1) Há quem diga que o desfile de independência é para despertar o civismo.

2) Ora, o verdadeiro civismo está na Aliança do Altar com o Trono, edificada em Ourique. Fora disso, o 7 de setembro não passa de um "carnaval em versão fardada". Afinal, esse bundalelê chamado República não foi obra dos milicos?

3) Isso sem contar que há historiadores que estão comprovando que o 7 de setembro foi data fabricada - alguns estão mostrando que a verdadeira independência se deu no ato de aclamação do então Príncipe-Regente D. Pedro a Imperador do Brasil, coisa que se deu a 12 de outubro de 1822, que é também o dia de Nossa Senhora de Aparecida. E isso tem muito mais fundamento para se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, na conformidade com o Todo que vem de Deus, do que a presente data.

4) Certa ocasião eu falei que secessões, juridicamente falando, não se fazem com gritos do Ipiranga. A maior prova de secessão está na aclamação de uma autoridade legítima a Rei ou Imperador - e é isso o que realmente conta.

5) Enquanto comemorarem ufanismos, feriados fakes que são verdadeiros bezerros de ouro, este país será tomado como se fosse religião - e quem é conforme o Todo disso não será nada na vida, a não ser um apátrida, já que estamos desligados do Céu, por força de observarmos aquilo que decorreu de Ourique - e por conta disso, nada de bom florescerá, enquanto isto não for restaurado. E o Inferno está reservado a quem se mantém neutro em tempos de crise - no caso da República, em tempos de crise permanente, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade.

6) É por isso que trabalho feito louco para conscientizar as pessoas a respeito do que está em jogo - se eu não o fizer, as pedras falarão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de setembro de 2016.

Análise comparada de The Guild 2 x Patrician 2: Quest for Power

The Guild 2 x Patrician 2: Quest for Power

1) Embora tratem do mesmo tema, o renascimento comercial das cidades ao longo dos anos de 1400 a 1600, há também diferenças entre estes dois jogos: o The Guild 2 foca mais as relações sociais - e neste ponto, lembra o The Sims; já o Patrician 2: Quest for Power lembra mais o Sim City e o Capitalism Plus.

2) Os dois jogos são bons. Para quem queira fazer uma análise comparada das coisas, este é um bom exercício a se fazer.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de setembro de 2016.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Outros efeitos da indústria acadêmica: o retorno à barbárie dos antigos

1) Dano permanente, indenização permanente. Se há a indenização permanente, é porque há uma dívida permanente. E o homicídio entra neste drama.

2) Uma dívida permanente é algo impagável - nenhum dinheiro do mundo restituirá o que é devido por conta de se subtrair uma vida humana do convívio de seus semelhantes. Mais grave ainda é quando esta pessoa é jovem, ainda em vias de formar uma família: todos os que poderiam decorrer dessa pessoa terão seu direito de nascer negado, o que agrava ainda mais o problema.

3) Na Roma Antiga, a dívida era um direito real - a relação social por conta dessa obrigação era permanente. Quando ficava impagável, o devedor virava escravo e podia ser tratado como se fosse coisa. Como o corpo na época era visto como propriedade, então o proprietário do corpo alheio podia destruir esse corpo - e ele cortava o devedor em tantos pedaços quantos fossem os credores.

4.1) Enfim, para aqueles que buscam a solução construída no patrimonialismo, no amor ao dinheiro, isso aí é retornar à barbárie.

3.2) Melhor mesmo que o criminoso vivesse o resto da vida em penitência, pagando pelo seu pecado e viesse a ajudar a família da vítima com o seu trabalho. Não só a família, mas a comunidade onde terá seu domicílio necessário. Mas como moramos numa sociedade descristianizada, essa questão da humanização das penas e da reparação dos danos, coisa que pede uma penitenciária, perdeu completamente seu sentido, a tal ponto que cadeias viraram depósito de lixo, de lixo humano.

4) Enfim, esse argumento de cadeia não resolve é furada. O que faz com que as coisas percam seu sentido é buscar viver a vida tendo a verdade que quiser: isso leva a conflitos - como isso é antijurídico, isso leva ao crime. Não é à toa que buscar a liberdade fora da liberdade em Cristo é um verdadeiro crime.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de setembro de 2016.

Efeitos da indústria acadêmica no Brasil: a indústria das indenizações e o estímulo à cultura do conflito, do dissídio

1) 50 mil advogados são formados todos os anos no Brasil, num contexto em que morrem 70 mil pessoas por ano. Ou seja, todo advogado recém-formado vai pegar um homicídio. Como é mal formado, não será um bom assistente de modo a fazer o criminoso restituir em dinheiro indenizado aquilo que destruiu: a vida de alguém.

2) Se já não bastasse a indústria das indenizações, há ainda a indústria das indenizações que decorrem de danos permanentes, decorrentes de crimes permanentes, estigmatizantes. Crimes de homicídio pedem advogados com sensibilidade humanística, de modo a defender os interesses da família da vítima - e esses recém-formados, esses jumentos fabricados numa indústria acadêmica da vida, não têm.

3) Se isso é realidade no micro, imagine no macro: somos 200 milhões de habitantes e há cerca de 100 milhões de processos a serem julgados no país. Praticamente um processo para cada dois habitantes - é como se todo mundo estivesse brigando com todo mundo. De fato há uma guerra civil - e ela está nos tribunais. Eis o que dá a chamada cultura de litigância: ela leva a dizer o direito para o nada, o que edifica liberdade para o nada. É uma desgraça completa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de setembro de 2016.

Atividade governamental não é indústria governamental

1) Toda vez que instalo um software, eles sempre me perguntam qual é o meu ramo de atividade (industry). E atividade governamental é um desses ramos, dentre as opções de escolha.

2) Ninguém no Brasil é idiota a ponto de dizer que o governo é uma indústria, a não ser a República Sindical de Luiz Inácio Lula da Silva, que começou nos sindicatos do ABC - e este é um fato da realidade.

3) Esse industrialismo governamental gerou não só o inchamento dá máquina pública como também criou uma legião de desvalidos no Brasil. Durante os 13 anos de poder, o PT aumentou ainda mais o número de pobres. E pior: empobreceu a todos prometendo combater a pobreza. Foi uma enganação monstruosa.

4) Uma coisa é certa: traduzir "industry" por "indústria", em vez de "ramo de atividade", é demonstrar um desconhecimento tremendo não só da língua inglesa como também da língua portuguesa. É falta de bom senso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de setembro de 2016.

Notas sobre a indústria acadêmica

1) No artigo "Para onde vão as nações e o nacionalismo", de Katherine Verdery, ao longo do texto eu vi esta usar uma expressão tenebrosa: "indústria acadêmica".

2) Na língua inglesa, "industry" pode significar ramo de atividade - e o meio acadêmico é uma dessas especializações. No sentido luso-brasileiro do termo, a tradução mais adequada seria meio acadêmico.

3) Aqui no Brasil, a expressão "indústria acadêmica" seria algo extremamente pejorativo: a maior prova disso é que há fábricas e fábricas de monografias feitas por obrigação - e quem escreve não se dá nem o trabalho de estudar ou pesquisar, fora todo aquele padrão e estilo de linguagem que é uma verdadeira camisa-de-força, feito de tal modo a ser incompreensível e para ficar mofando numa prateleira de biblioteca. Não é à toa que só no Direito saem 50 mil novos diplomados, muitos dos quais verdadeiros jumentos.

4) Enfim, indústria acadêmica é isso: fábrica de diplomas. É como imprimir dinheiro sem lastro - no final das contas, o papel não terá valor nenhum, pois o meio acadêmico é uma farsa. Se o ensino é uma farsa, então o diploma é um atestado assinado por uma autoridade falsa, que prega coisas fora da lei natural - portanto, ilegítimas, dado que decorre da violação da lei eterna. O problema por que estamos a passar é que essa falsificação é genuína - ela não só é mantida por todos os que pagam impostos como também cria todo o aparato burocrático para compor a estrutura de Estado do Brasil.

5) Se a revolução industrial levou a proletarização da sociedade, então a indústria acadêmica proletariza o conhecimento - e de lá saem hordas de jumentos. A USP é o exemplo mais famoso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de setembro de 2016.