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domingo, 19 de junho de 2016

Fazendo escola finalmente

1) Esta semana, após passar dois dias de cama por motivo de doença, eu vi um sinal da graça de Deus: finalmente as pessoas estão imitando o meu estilo de narrar as coisas. A maior prova está nesta postagem de Genário Silva:

"Vejo muitos se proclamarem conservadores. Aí, paro para ler o que defendem, o que conservam. Para minha surpresa, grande parte desses ditos conservadores defende e conserva valores que não encontram eco no Conservadorismo autêntico, valores que não têm origem no Cristianismo, que não são respaldados no Evangelho. São conservadores que não conservam as dores do Cristo. São conservadores que se adaptaram às aberrações mundanas. Conservam de tudo, menos os princípios da Fé deixada pelo Redentor. Mal formados, acreditam num conservadorismo ateu. E são muito, muito mais perigosos que aqueles que lutam abertamente contra o Conservadorismo".

2) Enfim, isso é um indício de que o apostolado está produzindo frutos. Vou continuar fazendo ainda mais coisas.

3) Outra grande coisa que houve enquanto estive doente foi o fato de descobrirem um livro intitulado A formação da monarquia portuguesa, de António Augusto Teixeira de Vasconcelos. Graças a essa informação, eu vou atrás desse livro e vou adquiri-lo para a minha biblioteca, assim que puder.

O apostolado online deve partir da Igreja doméstica

1) Se Internet é apostolado, então este deve ser voltado para quem é plenamente capaz de realizar esse trabalho muito bem.

2.1) E isso não se mede pelo quantum de idade que alguém possui, mas, sim, pela maturidade que esta pessoa tem na fé, de modo a dizer as coisas com justiça, prudência e sabedoria.

2.2) Quanto mais reta for a fé de uma pessoa, maior a necessidade de uma vivência reta - e isso pede uma vida de clausura, seja no convento ou na Igreja doméstica, a família. O apostolado online é claramente incompatível com a vida própria de proletário, onde você vive para o trabalho e torra o dinheiro como se não houvesse amanhã.

2.3.1) É por essa razão que isso necessita de consciência reta, consciência necessária para se dizer sim a esse serviço, dizer sim a toda essa ordem fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3.2) Se você disser sim a tudo isso, então você é capaz de dizer sim a algo maior do que o mero sistema de direito civil que rege este país é capaz de dizer- você dirá sim à uma Lei Maior que se faz na carne, pois Cristo deu pleno cumprimento a esse Lei com base no amor à verdade, própria da criação. E a graça de Deus é maior do que a lei escrita, cuja sabedoria humana dissociada da divina a torna inconstitucional, fora da Lei Natural.

2.3.3) Se eu não amar o meu compatriota que inocentemente ignora todas as maldades revolucionárias que estão a serem semeadas nesta terra, então as pedras falarão por mim, pois documentos são monumentos e sua mera presença presta um serviço maior aos inocentes do que a omissão de muitos historiadores talentosos mas insensatos.

2.3.4) Exemplo disso é são as ruínas de algo outrora grandioso ou mesmo as gôndolas vazias de um supermercado na Venezuela - seja na forma morta ou na forma viva, são ruínas, um amontoado de pedras que falam mais a verdade do que o discurso que qualquer agente de mídia pode tentar distorcer ou atenuar, pois ninguém calará a verdade.

3.1) Eis a razão pela qual a vida online pede uma imensa responsabilidade. E para preparar meu filho para isso, eu devo ser capaz de representá-lo, criando toda uma cadeia de modo a que ele possa se informar devidamente, sem se deixar ser manipulado pelas coisas do mundo.

3.2) Nas atuais circunstâncias, manter-se desinformado é um pecado contra a bondade, contra o Espírito Santo, pois atenta contra a amizade de Deus - e é algo que não deve ser desejado a ninguém, pois isso leva à morte, uma vez que não podemos desejar a morte de nosso próximo. O que devemos desejar é a sua conversão, nem que para isso ousemos pedir a um padre que faça um trabalho de exorcismo sobre todo aquele que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, pois isso é servir à causa da demônio por insensatez de escolha.

4) Se eu fosse pai de família, eu faria tal como fazem os instrutores de avião: treinaria meu filho desde o solo.

4.1) Ele aprenderia a escrever e a ler livros de maneira tradicional - e só seria introduzido ao meio digital quando estivesse já formado e treinado nas letras. Assim, ele não aprenderia a antilinguagem do internetês.

4.2) Além disso, pelo papel, ele tem mais liberdade de fazer as coisas à mão livre do que no meio digital. É a cultura do rascunho, do planejamento. Ele pode desenhar, fazer esquemas, montar tabelas de maneira livre, coisa que não podemos fazer no computador, onde as coisas são programadas.

4.3) Some-se a isso o fato de que não terá um corretor ortográfico implicando com o fato de que ele estará escrevendo na ortografia antiga e não no português do PT. Ou seja, em plena liberdade ele estará buscando a excelência e não se sujeitando à protestantização idiomática que está a ser feita através dos corretores ortográficos, pois a língua não é crença de livro de gramático, mas um todo lógico que deve ser dominado de tal forma a que coisas grandiosas sejam servidas ao povo, de modo a que Deus seja o norte de todas as coisas, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo, já que a pátria está onde se fala a língua.

5) Enfim, uma vez dominado o trivial, o apostolado online pode ser exercido sem problemas.

A liberdade voltada para o nada implicar servir as coisas com um fim em si mesmo

Art for art's sake is an empty phrase

1) Isso é tão verdade que empreendedorismo levado a esse fundamento leva a servir a uma liberdade vazia, o que relativiza toda a verdade fundada em Cristo.

2) Da mesma forma a questão sanitária - se a política sanitarista for buscada da mesma forma como se busca estabelecer uma política favorável ao empreendedorismo, então a busca será a da produtividade em favor da produtividade, da eficiência em nome da eficiência. E isso é pensar a nação como se fosse uma máquina - se a solidariedade social é mecânica, então a sociedade é doente, totalitária.

3) Da mesma forma a questão ambiental - se a economia hídrica for buscada da mesma forma como algo é buscado com um fim em si mesmo, então é economia burra, pois nada é mais tolo do que economizar algo sem pensar numa boa razão para isso. Uma boa razão para se economizar água é que pode haver uma crise de abastecimento lá na frente - por essa razão, é mais sensato aproveitar a água da chuva e reaproveitá-la onde esta for mais necessária.

4) Desde que a comunicação se tornou impessoal, argumentar ou convencer tornou-se desnecessário. Apela-se mais ao emocional, tal qual se faz na linguagem publicitária.

5) Não é à toa que o publicitário se tornou uma classe profissional altamente influente no Brasil - e políticos estão cada vez mais requisitando os serviços desta classe, de modo a que sejam vendidos pelo preço que acham que valem, por conta de sabedoria humana dissociada da divina. Se formos parar para pensar, na verdade não valem nada, nem mesmo o feijão que comem, o qual atualmente vale mais do que eles todos reunidos no Congresso Nacional.

sábado, 18 de junho de 2016

A falência do Todo nasce da falência das partes

1) Francisco Dornelles, se houver algum cronista digno desse nome que seja capaz de escrever um apanhado histórico da realidade fluminense de 1982 para cá, será chamado de Chico Calamitoso, por haver assinado o decreto de calamidade pública, ao confirmar a falência do Estado do Rio de Janeiro após décadas de canalhice e demagogia comunista, coisa que começou com o nefasto Brizola, cujo partido fundado por ele é parte do Foro de São Paulo, que deve extinto.

2) Da conversa deste com o Chico Profundo (Francisco Razzo), que faz concessões medonhas aos libertários-conservantistas, temos a falência de um estado. Mais do que isso, de um país inteiro.

Da impessoalidade como uma forma de defesa pessoal contra a vigarice

1) Se você tiver condições de produzir um trabalho excelente, então faça as coisas você mesmo. Só deixe para outros coisas que não são da sua competência ou faça uma justa concessão a quem tem um estômago mais forte que o seu, tal como o Italo Lorenzon tem em relação a mim, já que não tenho um bom estômago para digerir tanta canalhice junto.

2) Em relação a todas as demais coisas que me exigirem um estômago de aço, coisa que eu não tenho, eu prefiro que uma outra pessoa melhor do que eu assuma isso - e se ela for boa no que faz, ela vira um porto seguro, pois o que não presta será filtrado. Afinal, certas coisas eu prefiro saber por outras pessoas, após uma devida filtragem.

3) Exemplo disso é o que vemos na Globo News. Toda a empulhação esquerdista está sendo noticiada lá. É o pravda disfarçado de iniciativa privada, mais eficiente que qualquer jornal público existente por ser justamente privado.

Notas sobre a necessidade de integração entre o jornalismo político e jurídico

1) Por conta da influência nefasta do positivismo, há uma tendência de se criar dois tipos de jornalismo: um jornalismo voltado para se cobrir a política que se faz em Brasília e um jornalismo voltado para cobrir as audiências que ocorrem nos Tribunais Superiores. Esses dois jornalismos tendem a ser estanques - e é justamente por não haver diálogo entre os dois ramos que não há cruzamento de informações relevantes e uma análise feita de tal modo a retratar um quadro relevante da realidade, uma notícia relevante que pode fazer com que os cidadãos estejam mais conscientes acerca do que ocorre no país em seu dia-a-dia.

2) Como decisão judicial visa a aplicar a uma regra de modo a que as pessoas possam viver em paz e em segurança, dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus, então o conteúdo decisório se funda no fato de que o poder tem sua parcela pedagógica, o que leva a ser uma boa medida política a ser adotada, no tocante de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo.

3) Esses dois setores do jornalismo deveriam dialogar com mais freqüência, uma vez que o jornalismo é uma ciência auxiliar ao poder no tocante à prestação de relevante serviço público à comunidade: a informação. Todo bom jornalista jurídico deveria ter uma formação tão sólida quanto aquela que se exige de um jurista, de modo a fazer um trabalho decente. E é por conta dessa sólida formação que muitos juristas são chamados a serem políticos.

4.1 ) A TV Justiça sozinha não dá conta desse trabalho. Até porque a TV Justiça é uma mídia chapa branca.

4.2) Se o verdadeiro profissional da informação deve ser independente, então ele deve vir do trabalho online organizado de vários profissionais independentes, cada um cobrindo a situação in loco.

4.3) Questões municipais tendem a se tornar questões estaduais importantes por conta do excelente trabalho feito em base local. Cito como exemplo o excelente trabalho que o Emmanuel Clélio Kekel faz em sua localidade - ele pôs a sua cidade no mapa. E do jeito como andam as coisas, se as coisas não estiverem sendo expostas ou ditas tal como devem ser, muitos tenderão a pensar que isso não existe, uma vez que as pessoas estão se omitindo de cumprir os seus deveres com lealdade.

5) Se ficarmos dependendo do regime concessionado para se fazer jornalismo sério, então a imprensa jamais será séria. A liberdade nasce da família e vem antes do Estado, então precisamos dar a graças a Deus pelo dom da vida e da liberdade, pois isso é próprio da Criação - e só assim faremos um trabalho sério e voltado para a excelência.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

A nobreza faz da monarquia uma nobre república

1) A monarquia se torna uma nobre república por conta da nobreza, que serve de classe intermediária entre a realeza e o povo.

2) Como os melhores da povo são escolhidos de modo a auxiliar alguém que recebeu mandato do Céu para reger o povo de tal maneira a que se tome o país como se fosse um lar em Cristo, então os membros da nobreza não sofrem dos problemas práticos decorrentes do casamento morganático, pois trazer para o seio da família reinante alguém que não tem preparo para a vida voltada a reger os assuntos da nação e do Estado é risco de conflito certo e até de divórcio. Nem todo mundo tem preparo para ser vitrine da nação 24 horas por dia - e isso exige preparo e vivência. Eis aí a necessidade de uma classe intermediária.

3) A nobreza tem em seu passado pessoas que serviram ao Estado - do exemplo de um ancestral nobre, estes aprendem os assuntos de Estado dentro de uma área particular. Por essa razão, é até natural que os membros da nobreza casem com membros da nobreza cujos ancestrais atuaram de maneira excelente em outros serviços de Estado - a tal ponto que vai ocorrer a situação em que haverá alguém da nobreza cujos ancestrais serviram em todos os postos do Estado, em algum lugar do passado. E é por conhecer todos os postos do Estado que este membro da nobreza pode vir a suceder naturalmente a realeza, quando a Casa Dinástica se extinguir.

4) Como a nobreza tem sua origem nos melhores do povo, eles não estão sujeitos ao problema do casamento morganático - por conta disso, o casamento de um nobre com alguém do estrado mais baixo distribui esse conhecimento, esse senso de servir ao país, a todos os membros do povo, pois o casamento é uma forma de chamar pessoas de classes menores a uma vocação mais elevada, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) Por conta desse distributivismo que se dá por força do casamento, a monarquia se torna uma nobre república, pois todos podem ser chamados a qualquer momento ser chamados a servir ao Rei - e esse chamado será um chamado do Céu, pois servir a um Rei é servir a Cristo, indiretamente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de junho de 2016