1) Todos os caminhos, fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus, levam à Roma. Se quem tem o controle dos mares tem o controle de tudo, então Cristo, que quis construir um Império para si, deu aos portugueses a tarefa de servir a Ele em terras distantes. E para isso concedeu os caminhos dos mares - Cristo é o verdadeiro Senhor dos Mares, pois Ele é dono de tudo, pois Ele tem o Poder, pois é o Senhor de todas as nações. As nações verdadeiramente livres são livres em Cristo, por isso, a liberdade dos mares só existe se houver a prerrogativa de servir a Cristo em terras distantes - e Cristo a concedeu a Portugal, em Ourique.
2) Se em Portugal temos o interesse nacional casado na missão universal, então o mar fechado, fundado na vocação, se torna um mar aberto universalmente, se todos os povos se associarem a Portugal, de modo a que este cumpra a esse chamado. Por isso, os portos de Portugal sempre serão as portas do chamado, do destino (ports of call)
3) A liberdade dos mares está fundada num chamado, pois os mares se tornaram caminhos que levam continentes inteiros à Roma, na conformidade com o Todo que vem de Deus. A liberdade dos mares, fundada no amor ao dinheiro, pregada pelos holandeses, leva à liberdade para o nada, pois leva a uma corrida colonial e a uma Guerra Mundial.
4) A propriedade dos mares é universal, por atender ao Cristo Crucificado de Ourique. E neste ponto, o argumento de Welwod tem fundamento, se for fundado dentro daquilo que foi edificado em Ourique. Enfim, todo o Direito Internacional, fora daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, está errado - por isso, as leituras de Hugo Grotius são irrelevantes, por se fundarem em sabedoria humana dissociada da divina.